Quando Nietzche chorou - pequeno comentário sobre o filme
Obs.: O texto abaixo é apenas uma opinião crítica.
Todos aqueles que assistem muitos filmes podem expressar sua opinião crítica sobre a obra. Sempre gosto de conhecer o que outras pessoas têm a dizer sobre filmes, sejam eles simples ou renomados. Gosto de ver filmes por diversão, para ter acesso à cultura, para aprender, entre outros motivos. Mas, o gênero de filme que mais gosto é o drama. Principalmente, aqueles que instigam nossos pensamentos e sentimentos para acrescentar algo a nossa vida, a nossa história e a nossa capacidade de experimentar as próprias impressões e valores.
O filme “Quando Nietzche chorou” é curto demais. Dá vontade de ouvir muito mais aquele diálogo fabuloso travado entre o Dr. Breuer e o filósofo Nietzsche. O que é mais interessante está no fenômeno da transferência entre paciente e terapeuta. Isso é complexo e intrigante, apesar de não ser analisado no próprio filme. Independente da área, o filme revela nuances do autoconhecimento impressionante para todos nós. As inconscientes armadilhas do Dr. Breuer chamam atenção para o valor que tem a história de cada sujeito no mundo. Aprende-se com o personagem de Nietzche o fabuloso universo do discurso revelador que denuncia as dores implícitas dos nossos sentimentos. Ou seja, o que dizemos, todo o tempo, indica e tira o véu de questões inconscientes da nossa vida e nos coloca à frente de diversas fantasias. O filme é perfeito para área de saúde. Lança diversas questões sobre a relação com o paciente, amor, amizade, sexualidade, sofrimento, conjugalidade e o famoso dilema materno. A dublagem não é grande coisa, mas dá para ver sem legenda. O que faltou no filme foi explorar a participação de Sigmund Freud. Enfim, Freud já é ressaltado em “Freud, além da alma”. Voltando a Nietzche, a fantástica frase do filme é mesmo: “Amamos desejar mais do que amamos o objeto de nosso desejo - Nietzsche”. Mais um grandioso filme.