O Nome da Rosa

O NOME DA ROSA

O Nome da rosa. Produção de Jean-Jaques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo distribuidora, 1986. 1 Dvd (130 min.): Dvd, Ntsc, son., color. Legendado. Port.

Baseado na obra de Umberto Eco, “O Nome da Rosa” é um filme que retrata uma história passada no ano de 1327 quando a delegação Papal e a ordem Franciscana resolvem fazer uma conferência num mosteiro Beneditino no norte da Itália, porém seus objetivos são deixados de lado por causa de uma série de assassinatos.Guilherme de Baskerville e seu noviço Adson Melk, ao dar início as investigações descobrem que o motivo principal das mortes é a busca pelo conhecimento.

O cenário religioso na Idade Média era dominado pela Igreja Católica. Detentora, não apenas,do poder espiritual, ela influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento daquela época. Era detentora também de grandes riquezas e muitos servos.

Os mosteiros eram a morada dos monges que passavam seu tempo entre as orações e a cópia de livros e Bíblias. Esses monges deveriam manter-se em absoluto silêncio, pois de acordo com os princípios católicos, não deveriam falar o que pensavam, a menos que fossem interrogados.

No filme, a igreja, com o objetivo de manter uma fé cega e obediente, monopolizava os seus dogmas como verdades absolutas, limitando o acesso ao conhecimento, inclusive entre os clérigos, de modo que ela não pudesse ser questionada.

Protegido por um labirinto, ficava uma grande e rica biblioteca no interior do mosteiro Beneditino. Nesta biblioteca havia muitos livros que eram “proibidos” e entre eles estava o segundo livro da Poética de Aristóteles, que fala sobre a comédia. E este, seria a causa de assassinatos dentro do mosteiro.

Começaram a aparecer os corpos das vítimas, (sete corpos em sete dias) com as pontas dos dedos e a língua manchados de roxo.

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Durante a conferência chega ao mosteiro o grão-Inquisidor Bernardo Gui (F. Murray Abraham), inimigo antigo de William de Baskerville ( que fora chamado para desvendar os crimes). Segundo Bernado Gui ,o autor dos crimes estava inspirado pelo demônio e deveria ser queimado na fogueira da inquisição.

Por motivo de vingança, Gui, dá a autoria dos crimes a Baskerville e enquanto prepara a “Fogueira Santa” para a queima do herege, William e Adson descobrem o labirinto e posteriormente a biblioteca com uma extraordinária coleção de livros escritos por pensadores renascentista da época, entre eles Aristóteles.

E é exatamente o segundo livro da poética de Aristóteles, dedicado à comédia o “causador das mortes”, pois era estritamente proibido o riso, considerado pecado,só os bobos poderiam rir.

O objetivo dos assassinatos, através do envenenamento das páginas do livro de

Aristóteles era deter aqueles que buscassem prazer e conhecimento com aquela leitura e, assim, todos aqueles que o lesse ou tentassem fazê-lo, logo morreriam.

O filme deixa claro os acontecimentos daquela época onde o estado era controlado pela igreja, a qual infligia ao povo o sofrimento de não ter acesso ao conhecimento, onde os hereges “eram julgados” e queimados em praças públicas, sem um mínimo de piedade possível.

Época em que a violência contra as mulheres, a pedofilia e o homossexualismo eram coisas comuns entre os aristocratas. Uma biblioteca assim, no século das trevas era verdadeiramente “uma rosa”. Com seu acervo esplêndido, tratando dos mais diversos assuntos como: alquimia, filosofia, comédia entre outras obras. Esta rosa contestava as verdades incontestáveis do catolicismo. .

Para se analisar o filme levando em conta as entrelinhas e perceber toda a abordagem crítica, é necessário um conhecimento prévio sobre a idade média Os recursos visuais são utilizados durante todo o filme, excelente para estudantes de diversas áreas e principalmente ,história da educação.o filme é excepcional, de fácil entendimento e linguagem simples.

Escritor, filósofo e lingüista italiano Umberto Eco é mundialmente famoso por seus escritos,comunicação de massa ,lingüística e filosofia.Ele atuou como colaborador, ao longo de sua carreira, em várias publicações acadêmicas.Consagrou-se na literatura com a obra “o Nome da Rosa” seguido de “o Pêndulo do Foucault”.

Juciara Brito. Acadêmica do curso de pedagogia pela FACE (Faculdade de Ciências Educacionais ).

Juciara Brito
Enviado por Juciara Brito em 02/09/2010
Reeditado em 02/09/2010
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