O Grande Lebowski (The Great Lebowski)
Mais um dos irmãos Joel e Ethan Cohen. Tenho vagas lembranças de "Arizona Nunca Mais", com Nicolas Cage, gostei de "Fargo" e "Queime depois de ler", este último uma sátira bem feita da paranóia americana. Tenho que assistir "Um homem sério", ainda, aquela capa me chama a atenção sempre, mas precisava assistir o Lebowski antes.
Jeff Bridges é o típico nome que me causa uma leve brochada cinematográfica, já devo ter dito isso. Aquele Oscar, por aquele filme chatíssimo, sinceramente, deixa-me um pouco mais enfastiado com essa patotinha que vive sustentando filme de segunda. Agora, devo dizer, como Jeff Lebowski o cara é muito melhor. Não que ele desenvolva alguma coisa original, ou mesmo surpreendente, mas a química com o John Goodman fecha bem, como também acontece com o veterano Steve Buscemi.
Devo dizer aos leitores que a sinopse no verso da caixa intitulada "edição especial" é uma besteirada. Ali diz que a personagem gosta de ser chamada de "O Grande Lebowski" e que se acha o "rei do pedaço", bla bla bla. Nada disso. O que aconteceu foi um erro por influência da tradução. A verdade é que Lebowski gosta de ser chamado de "The Dude", que ao pé da letra, em português, significa "O Cara". Colocaram, então, como se no original eles usassem a expressão como nós, pra dizer que Lebowski "se achava O cara", e não é nada disso. Ao longo do filme, percebe-se que o título está relacionado ao modo de vida adotado pelo coroa. Em nenhum momento o filme dá a ideia de que Jeffrey Lebowski se acha demais, muito ao contrário.
Dei boas risadas em algumas partes. Gosto da mistura realidade, fantasia de Jeffrey, final intimista, com resoluções pouco dramáticas. Indico para aqueles que querem rir, mas não suportam besteirois e seus clichês pastelão.