A Cor do Paraíso – ou Rang-e Kodha - O Fime
Gênero: Drama.
Origem: Irã - 1999
Diretor: Kamal Mirkarimi
O Filme mostra a vida de uma criança com deficiência visual, nascida na zona rural do Irã. O menino Mohammad, tinha duas irmãs, um pai e uma avó, todos muito humildes, que viviam de pequenas plantações e criações de animais numa pequena fazenda.
Participam ainda deste filme, A Professora da Vila, o Professor da escola, o Professor, o carpinteiro, uma jovem mulher, a namorada do pai, e os moradores da vila, todos enredados numa belíssima lição de vida.
Estudava numa escola para deficientes visuais em Teerã, capital do país, mas seu pai, movido pela necessidade de se casar novamente, já que era viúvo, não quis dispor mais de gastos para a manutenção da criança na escola. Pensava ele, que a criança era um empecilho para a constituição de uma nova família, com uma nova esposa, conforme manda o costume dos viúvos daquele local.
A Religião, fator predominante na consciência daquele pai, ditava regras e normas de conduta, que não levavam em conta o fator pessoal e as necessidades inclusivas de seu filho, que o fariam participar ativamente da vivência familiar e do amor que necessitava.
Mohammad, como era chamado, em seu conceito de Deus, pregava que não precisava ver Deus para saber que ele o amava, mas sim, sentir. E foi através do sentir, que Mohamed teve que passar as mais variadas formas de rejeição do pai, que o considerava um fardo grande demais para ser carregado, e que contrariava e atrapalhava os seus sonhos e anseios pessoais.
Sua avó, percebendo a injustiça com que ele era tratado, e não podendo interferir nas decisões do filho, acabou por ficar doente e morrer, vítima do desgosto que a acometeu.
Mohammad foi aprender o ofício de carpinteiro com um homem, também deficiente visual, que identificou no menino, uma inteligência e uma sensibilidade fora do comum, e uma verdade absoluta do amor que Deus sentia por ele.
Um acidente, onde estavam pai e filho, revelou, por fim, a verdadeira essência do que significava o olhar daquela criança. Ao morrer em um acidente, e o pai, vivo, a olhar-lhe inerte no chão e sem vida, compreendeu então, o que significava Deus para cada uma das pessoas. Para seu filho, que mesmo morto em seus braços ainda mexia a mão como que a entrelaçando espiritualmente com o Divino, e o seu semblante de alegria como que a vislumbrar uma face linda e um paraíso cheio de cores que jamais vira em vida, com certeza significava que o mais importante não são os olhos carnais, e sim os olhos da alma. Olhos estes, que enxergam muito além do tato, dos sentidos, e que consegue perceber, mais do que qualquer ser vivente, a cor do paraíso.
Concluo que, o aprendizado humano deve despir-se de preconceitos, da arrogância e da falta de amor. Isto acontece quando vivenciamos o outro, em todas as suas limitações físicas, e, entendemos de fato, que estas limitações jamais nos tiram a essência humana, o direito de viver em paz, de partilhar sonhos e conquistas e de ser amado.
Gênero: Drama.
Origem: Irã - 1999
Diretor: Kamal Mirkarimi
O Filme mostra a vida de uma criança com deficiência visual, nascida na zona rural do Irã. O menino Mohammad, tinha duas irmãs, um pai e uma avó, todos muito humildes, que viviam de pequenas plantações e criações de animais numa pequena fazenda.
Participam ainda deste filme, A Professora da Vila, o Professor da escola, o Professor, o carpinteiro, uma jovem mulher, a namorada do pai, e os moradores da vila, todos enredados numa belíssima lição de vida.
Estudava numa escola para deficientes visuais em Teerã, capital do país, mas seu pai, movido pela necessidade de se casar novamente, já que era viúvo, não quis dispor mais de gastos para a manutenção da criança na escola. Pensava ele, que a criança era um empecilho para a constituição de uma nova família, com uma nova esposa, conforme manda o costume dos viúvos daquele local.
A Religião, fator predominante na consciência daquele pai, ditava regras e normas de conduta, que não levavam em conta o fator pessoal e as necessidades inclusivas de seu filho, que o fariam participar ativamente da vivência familiar e do amor que necessitava.
Mohammad, como era chamado, em seu conceito de Deus, pregava que não precisava ver Deus para saber que ele o amava, mas sim, sentir. E foi através do sentir, que Mohamed teve que passar as mais variadas formas de rejeição do pai, que o considerava um fardo grande demais para ser carregado, e que contrariava e atrapalhava os seus sonhos e anseios pessoais.
Sua avó, percebendo a injustiça com que ele era tratado, e não podendo interferir nas decisões do filho, acabou por ficar doente e morrer, vítima do desgosto que a acometeu.
Mohammad foi aprender o ofício de carpinteiro com um homem, também deficiente visual, que identificou no menino, uma inteligência e uma sensibilidade fora do comum, e uma verdade absoluta do amor que Deus sentia por ele.
Um acidente, onde estavam pai e filho, revelou, por fim, a verdadeira essência do que significava o olhar daquela criança. Ao morrer em um acidente, e o pai, vivo, a olhar-lhe inerte no chão e sem vida, compreendeu então, o que significava Deus para cada uma das pessoas. Para seu filho, que mesmo morto em seus braços ainda mexia a mão como que a entrelaçando espiritualmente com o Divino, e o seu semblante de alegria como que a vislumbrar uma face linda e um paraíso cheio de cores que jamais vira em vida, com certeza significava que o mais importante não são os olhos carnais, e sim os olhos da alma. Olhos estes, que enxergam muito além do tato, dos sentidos, e que consegue perceber, mais do que qualquer ser vivente, a cor do paraíso.
Concluo que, o aprendizado humano deve despir-se de preconceitos, da arrogância e da falta de amor. Isto acontece quando vivenciamos o outro, em todas as suas limitações físicas, e, entendemos de fato, que estas limitações jamais nos tiram a essência humana, o direito de viver em paz, de partilhar sonhos e conquistas e de ser amado.