Escritores da Liberdade

ESCRITORES DA LIBERDADE

(considerações por Stephanie Rayna)

O filme Escritores da Liberdade mostra a realidade da educação em um dos bairros pobres dos EUA, onde há conflitos étnicos, culturais, sociais.

Uma jovem professora de língua inglesa e literatura é recém chegada a uma escola de ensino médio, onde se depara com uma realidade desconhecida para o seu mundo, pois ao entrar na sala de aula ela percebe que sua turma não era o que ela esperava e nem da realidade em ela estava acostumada, mas sim, jovens problemáticos e envolvidos com disputas entre gangues.

A principio a jovem professora Erin, fica desapontada em conhecer sua turma e fica chocada com a realidade que seus alunos estão inseridos, mas acredita no poder da educação e tenta de forma alternativa chamar a atenção de seus alunos para sua disciplina, o que não agrada a direção da escola.

Ao longo do filme após inumeras tentativas da chamar a atenção de seus alunos, Erin decide comprar cadernos para servirem de “diário” para que escrevam todo dia contando sua história, ou coisas que eles acham importante como desabafos, lembranças, pensamentos; Esses diários eram deixados no armário para serem lidos pela professora se fosse da vontade dos alunos.

Os diários tornaram-se uma espécie de “elo” entre a professora Erin e seus alunos, pois a partir deles ela pôde conhecer um pouco mais de cada um, os alunos então passaram então a respeitar Erin.

A mudança dos alunos continuava causando espanto e desagrado a direção da escola que via esses alunos com preconceito e os consideravam incapazes de aprender ou mudar.

A professora estimulou os alunos a leitura e a escrita, trabalhando o livro “O diário de Anne Frank”, mostrando aos alunos as barbáries causadas durante o Holocausto, discutindo em sala de aula o preconceito e como lidar com isso.

A situação vivida por Anne Frank no livro causou interesse aos alunos que logo perceberam semelhança na realidade em que eles estavam inseridos: o conflito entre grupos étnicos e as dificuldades apresentadas diariamente.

A professora lutou para continuar com a turma durante todo o ensino médio e com muita luta conseguiu permanecer na escola e com a turma. As histórias e relatos foram reunidos em um livro publicado em 1999 nos Estados Unidos.

Vivemos numa sociedade que busca a igualdade, mas as coisas não são bem assim, estamos ainda cobertos pelo preconceito. A educação é o direito de todos, mas nem todos tem direito a educação, e muitas vezes é preciso emergencialmente que alguém tome alguma atitude a respeito.

A margem das grandes metrópoles vive uma parte da população que é sufocada e vetada de seus direitos, jovens encontram nas gangues e no tráfico uma alternativa para continuarem vivos, e nem sempre, essa situação é corriqueira dos EUA ao Brasil ou em um outro país qualquer.

Sendo assim, o filme Escritores da Liberdade nos trás uma mensagem muito importante: a esperança, o querer e o poder da mudança focando a educação como agente de transformação do individuo e de toda uma comunidade tornando de total relevância os esforços para vencer os obstáculos do preconceito, da violência e da desigualdade.

Stephanie Rayna
Enviado por Stephanie Rayna em 22/07/2010
Código do texto: T2394080
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