Lua Nova de Stephenie Meyer por Giselle Sato



Assisti a película três vezes, gostei demais dos efeitos, da direção e da fotografia. A continuação da Saga Twilight , Lua Nova, tem apelos fortíssimos, novas tramas, muita ação e um núcleo que certamente agradará aos amigos dos seres da noite.

Desta vez, temos clãs de lobos e de vampiros. Contrariando a ideia que todos são iguais aos Cullen, Bella conhecerá vampiros assassinos e desgarrados, que caçam por prazer e vivem sem qualquer preocupação em se misturar aos humanos.

E, é claro, os Volturi, vampiros de longa linhagem, que compõe uma espécie de conselho dos vampiros.
Eles vivem na Itália, possuem habilidade paranormal e terão importante participação no desfecho desta etapa. Ao longo da Saga, voltarão a aparecer para mostrar o quanto são poderosos e temidos.


Não há como discordar que a leitura, em primeira pessoa, sugere uma cumplicidade capaz de provocar no leitor,as mesmas emoções da personagem. Afinal, é pura fantasia, os amantes do gênero literalmente viajam na magia e não estão preocupados se é apelo ou não. É bom, diverte e prende a atenção, e no momento da leitura ou do filme,é o que basta.

Li todos os volumes, cada vez que iniciava um, achava que era melhor que o anterior e não conseguia parar até o final.
A impressão que tenho é que a Stephenie Meyer, autora, começou timidamente em Crepúsculo, depois foi ganhando segurança em Lua Nova. No entanto, o sofrimento de Bella , nesta continuação, ficou pesado demais, arrastou-se infinitamente e quase terminou em tragédia. A personagem em questão tem apenas dezessete anos. Considerei a mensagem negativa e obsessiva para o público alvo.

Nossa querida Bella Swan, tem a fragilidade e determinação dos apaixonados. Ela é cega em seu amor, quase entra em transe cada vez que encontra Edward Cullen, agora namorado oficial. Neste encantamento, Bella está sempre elogiando e comparando a perfeição do vampiro e sua condição desprezível de simples mortal. Bella se menospreza ao ponto de questionar, o interesse de um ser tão incrível como Edward, sempre descrito com adjetivos e exclamações exageradas. Bella é a imagem da insegurança típica de toda adolescente.

Algumas pessoas enxergam,neste comportamento, a completa submissão da personagem, uma atitude fraca e extremamente machista. Prefiro acreditar que é neste embate: Bella e sua baixo auto-estima versus Edward que a valoriza por tudo que Bella considera comum, um dos pontos mais fortes de toda a obra.

Edward venera as sensações físicas e emocionais de Bella.Para ele, transformar a menina em um vampiro é uma atitude egoísta. Ela o ama tanto que está disposta a abrir mão de sua vida, ele teme perder o controle e beber o que mais preza. Um conflito clichê, mas que empolga, principalmente quando mexe com extremos. Tudo neles é intenso, um amor impossível, entre seres incompatíveis, dá margem a atitudes incomuns.

Entra em cena um terceiro personagem, que não é totalmente humano, mas que está mais próximo, pois não é um monstro o tempo inteiro. O mitológico lobisomem que, nesta história, não segue as regras conhecidas. Aliás, todo o universo sobrenatural sofreu alterações, e não causou danos maiores nas crenças dos puristas.

Até agora, nossa família vampira ‘’vegetariana’’ e os índios lobos foram ingeridos, sem maiores alardes. Para quem não assistiu Crepúsculo, vale ressaltar que Edward e os seus bebem sangue de animais e jamais matam humanos.
E os lobos, não transformam-se a cada lua cheia, eles nascem da necessidade de proteger a reserva indígena, fazem parte dos ritos e crenças dentro de uma reserva de índios que conhecem o segredo dos vampiros. Nem morrem com balas de prata, eles sabem controlar suas transformações e formam um bando coeso.

Interessante. Muito. Neste filme, e também no livro, em maiores detalhes, sofremos com Bella, abandonada por Edward, chegando ao fundo do poço, imersa em dor, solidão e saudades.
Depois, conhecemos Jacob Black, um super charmoso índio que transforma-se em lobo, e é apaixonado por Bella, fazendo tudo para conquistar e ajudar a moça. A família Cullen, em especial Alice, tem papel importante, com suas visões e temperamento impetuoso.

A fotografia do filme é linda, em tons escuros, favorecendo o clima nublado de Forks, a cidade onde vivem os personagens, e a maior parte da trama acontece. Aos poucos percebemos a sutil claridade entrando, à medida que a vida da mocinha melhora e ela se fortalece. A produção é cuidadosa e ganha força da metade do filme em diante,terminando de forma surpreendente.

Sempre digo que vale a pena assistir adaptações, ler o livro sempre, antes ou depois, não altera o resultado. Ver na tela, os personagens ganhando vida e a historia ser contada, atingindo milhões de pessoas, deve ser fantástico para o autor.

A intensidade da relação dos personagens principais é testada: amor, decisões e conseqüências são apresentadas em crescente. A decisão de embarcar nesta aventura é pessoal, mas como sempre, tem um apelo irresistível.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 11/04/2010
Reeditado em 27/04/2010
Código do texto: T2190639
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.