A ILHA DO MEDO (SHUTTER ISLAND)
Cinéfilo apaixonado e diretor magnífico tudo que é feito por Scorsese sai,no mínimo,perfeito.
Não foi diferente com “A Ilha do Medo”,que está nas telonas.
Leonardo Di Caprio é Teddy Daniels (mas,será mesmo Teddy Daniels?),um investigador federal que,em 1954,ruma com seu parceiro (Mark Ruffalo) para uma remota ilha onde se estabeleceu um presídio – manicômio para assassinos com doenças mentais,considerados de alta periculosidade.
Forasteiros não são bem aceitos,principalmente policiais.
Mas,com o impasse provocado pela fuga de uma paciente de alto risco,o jeito foi pedir auxílio à polícia.
Teddy entra de peito na investigação que denota fatos muito suspeitos.
Nos interrogatórios,os funcionários mostram-se dúbios,resistentes e às vezes,hostis; como quando ele faz perguntas sobre um preso,um incendiário que matou sua esposa.
O enredo foi adaptado de um livro de Dennis Lahane,o mesmo que escreveu “Sobre Meninos E Lobos”;
Conhecedor profundo de cinema,Scorsese,cria um cenário de suspense que lembra os filmes de Hitchcock,com uma fluidez que vai desde o cenário,plúmbeo até os atores.Seu parceiro lembra muito Dana Andrews,um excelente ator dos anos cinqüenta,fugidio e misterioso.
Há toques de cinema – noir de Fritz Lang,dos melodramas de Douglas Sirk,dos climas de visões e sonhos aterrorizantes de Jacques Tourneur.
A paranóia de policiais clássicos deve-se ao macartismo,época em que todos desconfiavam de todos e tinham medo de todos e de tudo.
E,entre seus terríveis pesadelos Teddy lembra cenas horríveis que presenciou em Dachau,campo de concentração alemã,na Segunda Grande Guerra.
Como o leitor verá nada é o que parece ser.
Só Scorsese continua um cineasta magistral!
Já viu o filme? Gostou?
Então dê sua opinião.
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 19/03/2010
Código do texto: T2146936
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