"Amor Sem Escalas" (Up in the Air)
"Amor Sem Escalas" (Up in the Air)
Fico pensando que, partindo da tradução (e eles devem ter partido de algum lugar), o mais certo seria Escalas Sem Amor.
Notas oficiais se contradizem entre “comédia romântica” e “comédia dramática”.
A assessoria do estúdio - duvido que seja do astro, aterrizou por aqui em dezembro colocando sua foto em primeiras páginas de revistas com capas envernizadas. Aventa-se nas reportagens que ele seria o novo mago de Hollywood. A cada temporada os californianos das lentes preconizam um novo mago, muito embora George Clooney esteja muito acima de “Up in the Air”. O filme de Jason Reitman, (filho do Ivan), cai nas boas graças como um bom enlatado, jamais como um candidato a Melhor Filme do prêmio Oscar. Evidentemente, uma questão de opinião. E depois, dizem que o Oscar está mudando.
Clooney é o demitidor sem fronteiras (estaduais) e singra a América colecionando milhas e demitindo funcionários de sucursais. Até o dia em que aparece em seu caminho a jovem Anna Kendrick, com a filosofia posta na prática de que é muito melhor - e mais barato - demitir pela internet do que viajar até a baia do futuro infeliz e dar-lhe a notícia cara a cara.
Tem inicio a relação Mestre e Gafanhoto, Anna Kendrick mostra boa performance em cima de um texto sofrível.
Vera Farmiga seria o entre aspas par romântico de Clooney, mas quando a Academia cisma que uma face não serve pra ser mocinha, fica bem mais difícil inverter o papel. Como sempre, o tempo dirá. Vera esteve em “Os Infiltrados”, “O Menino do Pijama Listrado” e “Faces da Verdade”, entre outros e sua competência já foi decerto registrada nos autos.
Aeroportos, tomadas aéreas, escritórios, hotéis, nada de novo para o norte americano, ou estadunidense, já que nos 80 pesquisadores revelaram que a maior população de trânsfugas do mundo reside naquele país.
Recheios faltaram no roteiro de Sheldon Turner e do próprio Jason, (baseado em livro de Walter Kim), ou antes, os ganchos poderiam ser muitíssimo melhor aproveitados.
Filmes trazem conceitos e formam opiniões. “Up in the Air” desafina deveras no primeiro item e, por conseguinte, mostra estradas de pouca inspiração para os que precisam colocar alguma pedra angular na própria opinião.