INVICTUS
Como fazer para transformar um pais numa nação?
O presidente Mandela sabia.
E fez!
O último filme de Clint Eastwood,  Invictus, que estreou essa semana mostra a luta desse ex-prisioneiro para unificar seu pais,logo após o apartheid.
E,valeu-se ,claro,das coisas que o povo cultuava.Como o rugby,por exemplo...
Dirigindo-se ao seu povo numa linguagem simples que ele conhecia,e,sem nunca acusar a minoria branca,que o prendeu e oprimiu,Mandela,Mandiba,para o seu povo,conquistou o inconquistável:transformou e unificou o a África do Sul,mostrando aos brancos que não deixaria que ali se transformasse em Angola ou Congo,e,ganhando a confiança do seu povo,com uma presença firme e confiante.
O filme é centrado num episódio real,um campeonato de rugby,onde,a África do Sul,ganhou a taça,feito quase impossível,apenas porque Mandela se importou e transmitiu confiança ao capitão da equipe,não só com a história da sua vida,mas,mostrando suas crenças e a confiança na fé que conduz á vitória.
O flime, se não é uma obra prima,é bom;quando acaba – e a gente nem vê o tempo passar –dá vontade de apertar a mão de Eastwood,ou telefonar para ele.Não era assim que Salinger dizia reconhecer um bom escritor?Pois vale para o cinema,também...
Uma pausa para aplaudir a magnífica interpretação de Morgan Freeman como Mandela e o resto do elenco, sempre correto.
Muitos acham que o Clint exagerou com a música,que ,ás vezes,enchia toda a tela;não percebi.Quem sabe vocês percebem.
Ah,o segredo de Mandela,estava na força que lhe passava um poema vitoriano de H.W.Henley, Invictus,(vitorioso,em latim)que também deu nome ao filme.
Os últimos versos do poema eram:
“Eu sou dono e senhor do meu destino
Eu sou o comandante da minha alma!”
Forte,não é?
Ficha técnica:
Filme:Invictus
Diretor:Clint Eastwood
Atores:Morgan Freeman, Matt Damon, Scott Eastwood, Langley Kirkwood


O POEMA INSPIRADOR:

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Copyright © André C S Masini, 2000

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Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 11/03/2010
Código do texto: T2132273
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