Percy Jackson: o Ladrão de Raios
Chris Columbus. É capaz desse cara ser O cara. Não posso falar muita coisa, conheço pouco dele (tipo os dois primeiros filmes da série Harry Potter). Mas de uma coisa eu sei, o novo filme dirigido por ele ficou excelente.
Percy Jackson, o Ladrão de Raios tem uma história fantástica: imagina se os deuses gregos realmente existissem e ainda estivessem em atividade... nos tempos de hoje. Tal como ocorria nos tempos passados, por vezes os deuses desciam à Terra e por aqui "ficavam" (como foi dito no filme) com meras mortais. Do resultado disso nascia um semideus. Taí o contexto.
Percy Jackson é filho de Poseidon com uma mortal, logo, ele tem um tanto de sangue divino. E se dá bem embaixo d'água, como mostra logo no começo do filme. Daí acontece o desenrolar da história, ele descobre essa identidade semidivina e vai pra um acampamento junto de outros seres da mesma alcunha dele. Junto vai também seu guardião, um Sátiro de nome Grover. Sátiro, pra quem lembra, é tipo aquele cara que acompanhava o Hércules nos desenhos e filmes dele da Disney, um ser meio homem meio bode.
Chegando lá, ele descobre que seu professor de colégio, antes escondido sob cadeira de rodas com um cobertores nas pernas, é na verdade um centauro. E não é qualquer centauro, afinal, estamos falando de Pierce Brosnam! Ainda na linha das descobertas, Percy conhece Annabeth (interpretada por uma atriz belíssima), filha de Atena com um mortal. Pronto, na linha de protagonistas e coadjuvantes, essa é a trupe.
No enredo, alguém roubou o raio de Zeus (daí o subtítulo do filme) e o deus quer porque quer descobrir quem o fez. Se não descobrir, os deuses travarão uma guerra e isso terá consequências catastróficas. O jeito então é descobrir quem roubara o tal do raio, e todos os deuses desconfiam que fora Percy quem fizera isso. E não é spoiler, mas ele realmente não roubara. E agora? Agora é descobrir quem o fez.
Mas não é tão fácil assim. Logo ao chegar nesse acampamento, ocorre o primeiro de alguns ataques vindos de seres mitológicos. Quem deu as caras de início foi a Fúria, no museu; aqui no acampamento, é a vez do Minotauro. Mais adiante é a vez da Medusa (interpretada pela Uma Thurman), Hidra, e por aí vai.
Falando em Medusa, é sensacional a parte dela, pois o Percy, sabendo que não pode olhar direto nos olhos dela, usa seu IPhone pra refletir a monstrenga e assim poder olhar pra ela. Ainda na linha de apetrechos, teve uma parte que eu achei o auge. O filho de Hermes, no acampamento, incentiva Percy a ir atrás de seu objetivo, e como ajuda ele lhe dá um escudo e um par de... ALL STAR DE CANO BAIXO ALADOS! Não poderia ter sido melhor!
Outra coisa curiosa é a trilha sonora. O Minotauro captura a mãe mortal de Percy e a leva ao inferno. Então o jeito é ir até lá e se encontrar com Hades. Estão indo ao inferno, né? Qual a música pra isso? Higway to Hell, do AC/DC, oras! Essa busca pela mãe do Percy se ocupa de toda a trama do filme. Mais adiante, o trio vai a Las Vegas e fica chapadão com as Flores de Lótus. São docinhos dados pelas mulheres do cassino como cortesia, mas que na verdade chapa quem o consome. Então, pra esse período de pira, festas, e dinheiro, e Las Vegas... Lady Gaga! Não que eu goste do trabalho dela, mas oras, misturar AC/DC e Lady Gaga num mesmo filme não se vê todo dia.
O filme, num geral, é isso: uma história envolvendo mitologia, com tempos modernos, com boa trilha sonora, bons efeitos visuais e muitas, muitas piadinhas, tanto de tempos passados como do presente. Um ótimo filme, resultado de um ótimo mix de todas as qualidades descritas acima.
P.S.: desculpe pelo texto desconexo, mas fazia tempo que não escrevia nada, estava enferrujado e queria porque queria resenhar o filme.