2012
Ontem mesmo eu estava pensando nesse filme, me deu uma vontade incontrolável de escrever sobre ele. Não por ser grandes coisa, mas achei que seria engraçado.
É tudo tão clichê, mas tããão clichê, que até essa crítica será clichê. Repetitivo? Não espero mais do que isso do filme.
O primeiro elemento é a família desajustada e o pai carismático (John Cusack), que tenta escrever alguma coisa que preste enquanto luta para ganhar a confiança dos filhos. Do lado do governo, tem o presidente (negro, claro) e um ou dois líderes do mal como antagonistas. O alívio cômico fica com Woody Harrelson, em um papel caricato e um tanto exagerado.
Formado o elenco bacana, começa a paulera que dura todas as duas horas e pouco de projeção. A crosta da terra fica solta no planeta, invertendo polos, levantando continente como se fossem papelão, e nossa destemida família no meio de tudo, com um aeroplano, se safando de tudo.
Tá, impossível não se divertir nem um pouco com as bobiças. Os efeitos são realmente espetaculares e assustadores, apesar de não causarem tanto impacto hoje. A ação empolga, mesmo que inverossímil e previsível na maior parte do tempo, principalmente no primeiro terremoto, onde o grupo foge e desvia de prédios numa limusine(!). O roteiro não foge do que você já deve ter visto em outros filmes - nenhum dos protagonistas tinha algum amigo próximo para sentir falta, e conseguem até fazer piadas no meio do fim do mundo. Literalmente, fugindo de limusine, no meio de prédios caindo como gelatina, e fazem piadas. Ok, até que tem graça, mas só torna tudo ainda mais inacreditável, no sentido ruim. O fim do mundo deveria ser assustador, horrível, não divertido.
Conclusão: barulhento, visualmente incrível, divertido, e só. De alguma forma, o roteiro ainda transforma o fim do mundo numa boa notícia.
(OBS para brasileiros: não espere ver o Cristo Redentor detonar mil pessoas em alta definição, pois ele só aparece por dois segundos no filme, e numa TV bem vagabunda ainda.)
Nota: 2,5/5