Avatar: A Inovação da Crítica
 
Nunca fui muito fã destas novidades tecnológicas que nos tomam de assalto cada dia mais, nos fazendo questionar a cada momento para qual destino a humanidade está conduzindo a si mesma.

Mas eis que, quase sem esperar, me deparo com uma surpresa quando vi as luzes se apagarem na sala 1 do Cinemais (é isso mesmo, e não Cinemark...) semana passada. 

 Não somente pela inovação tecnológica na filmagem em 3D trazida pelo diretor James Cameron, mas também pela crítica política que existe por trás das cores extravagantes do filme, Avatar é uma ótima escolha para se passar quase 3 horas sentado em uma poltrona de cinema.

Sinceramente não tenho muito a falar sobre o tal 3D, pois assisti ao filme em um cinema normal, sem aquelas sensações de imersão que tanto se tem alardeado desde a estreia do filme no mundo. Só o que sei é o que li nos jornais e na internet, e não vou gastar minhas linhas aqui para repetir o que já se sabe.

O que mais me impressionou, portanto, foi a forma com que Cameron, o homem que filmou maravilhas como Exterminador do Futuro, ambos 1 e 2, e a mega produção Titanic, abordou um assunto que é, no mínimo uma polêmica nas terras do Tio Sam, assim como no resto do mundo.

Quem não assistiu ao filme e imediatamente pensou no maníaco Bush quando viu o Coronel Quaritch com fúria nos olhos se referir aos recursos de valor incalculável que se escondiam sob a morada de nativos supostamente não civilizados?

Quem não faz uma imediata associação com a Guerra ao Iraque quando vê as tropas humanas, com seus tanques e máquinas de guerra de última geração, avançarem sobre os nativos, destruindo suas casas e matando suas crianças?

E não sei quanto a você, leitor, mas eu não consegui conter um sorriso quando finalmente, tendo a seu lado a força da Justiça, representada pela Natureza quase personificada, adivinha quem vence no final?

Tanto pela inovação em termos de tecnologia como pela ferrenha crítica ao decadente imperialismo norte americano de uma era passada, este humilde cinéfilo tira o chapéu para James Cameron e sua brilhante ideia inspirada no clássico Star Wars, o qual não poderia deixar de mencionar aqui.
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 05/01/2010
Código do texto: T2013328
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.