DIÁRIO DE SINTRA
O belíssimo filme de Paula Gaitán, que assisti,ontem no Glauber Rocha é um documentário?Ou é um diário?
Diário,não é ,pois,não segue uma seqüencia;um documentário,sim,mas,diferente de tudo o que já se viu no gênero,pois é feito de silêncios que gritam,fragmentos de memória  e uma beleza plástica que se insinua,penetra nosso inconsciente e nos leva à agonia final do  grande artista exilado em Sintra,que afirmava ser esse um lugar bom para morrer.
Diário de Sintra é um filme refrescante,
Os Elementos fazem parte do elenco e aparecem sempre,assim como as vozes superpostas,as vibrações,as lembranças.
Fotos do artista aparecem em toda parte,levadas pelo mar,pelas ravinas,pelo vento e até nas mãos de portugueses que não conhecem Glauber ou conhecem pouco,por ouvir falar.
O exílio o torna um eterno anônimo,saudoso e inconformado com o seu destino de exilado.Mas,seu discurso não mudou confirmando a contemporaneidade do seu pensamento.
A cena final,onde roupas são penduradas numa árvore desfolhada pelo tempo e onde logo fotos são penduradas ao vento é intensamente comovente,mas,nunca piegas.
Não sei como a Paula lavou e secou suas memórias de viúva;mas,as imagens secadas ao suave sol de Sintra,recebendo o vento úmido que vem da Serra é realmente magistral.
Para ver:
Local:Espaço Cultural Unibanco Glauber Rocha
Praça Castro Alves (centro)
Sessões:15.15 /21.20
Valor:$16.00 (inteira) nos fins de semana
De segunda a quinta:$10.00(inteira)
O espectador que pagar com cartão de crédito Itaúcard ou Unicard e cartão de conta corrente dos mesmos bancos ganha 50% de desconto.(titular)
 



Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 16/12/2009
Código do texto: T1980849
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