2012

* Direção: Roland Emmerich

* Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser

* Gênero: Ficção Científica

* Origem: Canadá/Estados Unidos

Ator/Atriz Personagem

- John Cusack / Jackson Curtis

- Amanda Peet / Kate Curtis

- Chiwetel Ejiofor / Adrian Helmsley

- Thandie Newton / Laura Wilson

- Oliver Platt / Carl Anheuser

- Thomas McCarthy / Gordon Silberman

- Woody Harrelson / Charlie Frost

- Danny Glover / Presidente Thomas Wilson

- Liam James / Noah Curtis

- Morgan Lily / Lilly Curtis

Dirigido pelo alemão Roland Emmerich, o filme 2012 parte da premissa de que no ano que dá título ao longa, catástrofes irão acontecer, devido a um alinhamento planetário que ocorrerá no sistema solar.

O filme começa muito bem.

Ele mostra inicialmente a descoberta de um cientista indiano, de que os Neutrinos, que normalmente não afetam a matéria, passam a aquecer o núcleo da terra, gerando uma grande pressão, que consequentemente ocasionará no movimento agressivo da crosta terrestre. Tal acontecimento, preve o cientista, causará inúmeros terremotos por todo o planeta, o que traria o risco da extinção da raça humana.

O interessante, é que nas campanhas publicitárias do longa, sempre era citada a tal profecia do povo Maia, como se o filme tivesse no fundo, algo de sobrenatural... entretanto, a profecia é apenas banalmente citada, quase como que uma coincídência, tendo no enredo o puro embasamento científico para as catástrofes, e não a terrível ira de deus. Ponto para Emmerich!

Apartir dessa descoberta, o filme vai mostrando ano a ano, as atitudes tomadas pelos governos de todo o mundo, tudo em absoluto segredo, com o intuito de impedir uma histeria coletiva.

Arcas começam a ser construídas, e bilionários Árabes são convidados a futuramente se abrigarem lá; mas tudo isso tem um preço, literalmente, pois as passagens são vendidas por bilhões.

Obras de arte começam a ser recolhidas - tendo seus originais subsituidos por cópias -, animais de todas as espécies são preparados, e aqueles que tentam revelar esse segredo ao mundo, são rapidamente eliminados.

À parte de tudo isso, conhecemos Jackson Curtis, um escritor mal sucedido que trabalha como motorista de um russo abastado. Ele tem dois filhos, e é separado da mulher que se casou com um cirurgião plástico. Clichê? Sim, é clichê sim, afinal isso já foi feito em outros filmes. Guerra dos Mundos é um exemplo, o da família despedaçada que se une por causa de um evento trágico.

Contudo, esse clichê ainda não chega a afetar o filme, pois apartir da apresentação de Jackson Curtis (John Cusack) , uma injeção de adrenalina é dada ao filme, quando começam as catástrofes.

É de tirar o fôlego as cenas do terremoto na Califórnia, mas nada supera o espetacular aparecimento do vulcão, no parque nacional de Yellowstone. Essa é simplesmente a cena mais colossal da história do cinema, de longe a melhor cena do longa. Uma sequência de encher os olhos, capaz de causar convulsões nos fanáticos por filmes desse gênero.

Infelizmente, na parte final o filme dá uma esfriada.

As catástrofes ainda estão lá, sim (apesar de serem menos frenéticas), mas o roteiro apela para o drama. São vários minutos que enrolam nas imediações onde foram construidas as arcas, e isso faz o ritmo cair muito. Parece na verdade que tudo foi bolado apenas para matar um certo personagem, e permitir o final feliz de "família de comercial de margarina".

Falando em final, 2012 se parece nesse ponto e muito, com o filme anterior de Roland Emmerich, O DIA DEPOIS DE AMANHÃ.

Mas não é minha intenção tirar o mérito do diretor alemão. De forma alguma!

Roland Emmerich é um gênio dos filmes catástrofe, e sabe como ninguém executar a tarefa de destruir tudo, sempre de formas muito interessantes e convincentes. Alías, se o roteiro deixa a desejar, a parte técnica é perfeita durante todo o filme.

Os efeitos sonoros e os efeitos especiais agem juntos, dando maior "beleza" às cenas. Os efeitos especiais são tão bons, e foram empregados de uma forma tão talentosa, que você pensa: "nossa, como fizeram isso?" A fotografia também é muito boa, usada para deixar algumas cenas - como a de Las Vegas - meio "apocalípticas" ao extremo.

Se 2012 não é excelência em seu roteiro, com certeza é uma ótima diversão, principalmente se você está afim de ver o maior vulcão do mundo surgir ou uma cidade afundar no oceano.

Jean Carlos Bris
Enviado por Jean Carlos Bris em 14/11/2009
Reeditado em 14/11/2009
Código do texto: T1923450
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