Tá Chovendo Hambúrguer
Que criança nunca sonhou com uma chuva de guloseimas, como hambúrguer, sorvete, pizza e doces? A nova animação da Sony Pictures, Tá Chovendo Hambúrguer, toca em uma ideia presente no imaginário do público infantil e até mesmo dos adultos. O longa-metragem chegou nos cinemas brasileiros referendado pelas ótimas bilheterias alcançadas nos EUA e não decepcionou, ajudado também pelo dia das crianças. Em apenas duas semanas em cartaz, o filme já arrecadou quase R$6, 8 milhões, levando mais de 650 mil pessoas às salas de cinema em todo o país.
A história gira em torno do bem intencionado cientista Flint Lockwood, que na tentativa de acabar com a fome do mundo, inventa uma máquina que faz chover comidas e guloseimas deliciosas. Flint se torna uma celebridade na pequena cidade que tem o sugestivo nome de Chewandswallow (Coma e engula, mas na versão dublada transformou-se em "Boca Cheia"). No entanto, sua generosidade foge do seu controle e ele começa a ser hostilizado pela população local e precisa descobrir uma forma de contornar os problemas causados pela sua invenção.
A animação começa de forma criativa e divertida, mas durante o seu desenrolar, a ausência de um discurso consistente e o uso de referências de outros filmes provoca uma verdadeira salada de coisa alguma. No início, trata-se de um filme de um inventor de "fundo de quintal" nerd, depois transforma-se em uma produção de catástrofes naturais, como Twister e Armageddon. A mistura não para por aí. Os gêneros de aventura à la Indiana Jones e ficção científica marcam presença, evidenciando a falta de conceito dos diretores até cair no mais absoluto lugar-comum.
A preocupação dos diretores centra-se na estética e na sensação de imersão que a projeção em três dimensões proporciona. E tudo isso é, inegavelmente, muito bem feito. Um filme destinado ao público infantil, infantil mesmo. Para qualquer adolescente e adulto, com algum discernimento, tudo soa meio bobo e repetitivo.
Nota: 5,0
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