Em Nome e Deus
O Filme romântico e histórico intitulado Em Nome de Deus dirigido por Clive Donner gravado em 1988 na Inglaterra e distribuído pela editora NOB, trás como personagens principais o ator Derek de Lint como Pedro Abelardo, Kim Thomson como Heloisa, Denholm Elliott no papel do Cônego Fulbert, o tio de Heloisa e que tem um papel importante no desfecho do filme.
Um romance histórico baseado em fatos reais mostra a Igreja Católica numa época em que os dogmas eram a base para a cristandade. O diretor Clive Donner relata essa época com um dos personagens mais importantes da Igreja Católica. Pedro Abelardo (1079-1142) um Teólogo e professor de Filosofia, conhecido por suas teorias polemicas que, chegou ser acusado de praticar heresia e é nesse momento que Abelardo é convidado para dar aulas na escola de Notre-Dame. A primeira universidade livre da França é quando conhece Heloisa, (1100-1164) uma nobre garota vinte anos mais velha do que ele e por quem ele vive um amor proibido pela igreja porque Abelardo é um Teólogo e tem seus votos com o celibato e mais tarde pelo tio de Heloisa, o cônego Fulbert, um nobre que detem a guarda de Heloisa e quer que ela se case com outro nobre dono de vários castelos em toda a França, esse era o costume da Idade Média, nobres se casam com nobres.
A força do amor entre os dois coloca em choque os dogmas da Igreja, uma vez que um Teólogo jamais pode se envolver com uma dama e ao se apaixonar perdidamente um pelo outro eles se tornam “humanos” (com sentimentos e prazeres) e deixam o amor falar mais alto. Os dois se entrelaçam no quarto de Heloisa e praticam o pecado da formicação. É interessante que a cena é tão bem explorada pelo diretor do filme que fica evidente que os dois apesar de saber o que é certo ou errado pela igreja, eles transam sem o menor pudor e de uma forma que, aos olhos da igreja seria assinar sua sentença de morte, na fogueira ou na guilhotina, mas o diretor enfatiza essa cena para dizer que mesmo sendo proibido pela igreja eles não se preocuparam com os por menores e só queriam viver loucamente esse amor. Essa cena é uma das principais cenas, pois é nesta cena que todo o pecado da formicação brota, e todo o propósito da igreja de controlar até o ato sexual entre as mulheres cai por terra e na cena tudo pode ser feito pelos dois, inclusive ela ficar por cima dele e se engravidar sem ter casado, era sem dúvida, de que eles romperam com os paradigmas da Igreja na Idade Média.
Mas nem por isso a igreja os deixou em paz, quando Heloisa foi para Pallet no interior da França para esconder uma gravidez ficando aos cuidados da irmã de Abelardo. Depois eles voltam pede perdão ao tio de Heloisa, e são perdoados, se casam às escuras e antes mesmo de consumarem seu casamento, Abelardo e pego e castrado a mando do tio de Heloisa. Os dois ficam sem se falar e trocam suas juras de amor através de cartas Ela vai para o convento de Santa Maria em Argenteul e ele constrói um mosteiro ao lado do convento, mas mesmo assim só se falam por cartas.
Fica claro que os dois acabaram por atender os anseios da Igreja e terminaram suas vidas trabalhando em prol de uma Igreja mais madura e consciente dos atos humanos. Nota-se que a Igreja depois desse episódio envolvendo um Teólogo e uma nobre, ambos destinados a contribuir para o fortalecimento dela. Situação foi contornada, a Igreja e a História da Idade Média só ganharam com um romance épico que trás em cena principal o amor de um padre e uma nobre em pleno século XII.
“Abelardo morre aos 63 anos em 1142 e Heloisa ergueu um grande sepulcro em sua homenagem, e faleceu algum tempo depois, sendo, por iniciativa de suas alunas, sepultada ao lado de Abelardo.”
E se falam ainda que, “ao abrirem à sepultura de Abelardo, para ali depositarem Heloísa, encontraram seu corpo ainda intacto e de braços abertos, como se estivesse aguardando a chegada de Heloísa”.
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P.S.Arantes