A Mulher Invisível
A Mulher Invisível, um dos filmes mais esperados do ano, conta com uma divertida atuação de Selton Mello e a sensualidade de Luana Piovani.
Pedro (Selton Mello) é abandonado por sua esposa, por quem era apaixonado, e mergulha em uma grande depressão e isolamento, apesar da ajuda e o companheirismo do seu melhor amigo, Carlos (Vladimir Brichta). Esse estado de profunda tristeza só cessa quando a nova vizinha bate em sua porta pedindo uma xícara de açúcar. A partir daí, ele esquece completamente de sua esposa e fica absolutamente fascinado pela estonteante Amanda (Luana Piovani), não só pelos seus óbvios atributos físicos, mas por reunir todas as características que ele sempre imaginou e idealizou em uma mulher. O único defeito é que ela simplesmente não existe.
Com um argumento interessante e de certa forma original, A Mulher Invisível consegue divertir o público em algumas cenas, mas não vai muito além disso. Apesar da história ser interessante e diferente por si só, a narrativa não é muito bem conduzida e acaba se tornando um obra convencional e previsível, embora contenha algumas reviravoltas, mas que podem ser imaginadas até pelos menos astutos espectadores.
Com um tema que dá vazão para uma série de indagações e diálogos com teor psicológico e filosófico, em torno da procura da mulher perfeita, o filme parece mais preocupado em formar casais felizes, perde-se aí a oportunidade de criar algo mais substancial.
O longa é dirigido pelo jovem diretor Cláudio Torres que tem no filme Redentor um dos seus maiores "cartões de visita", mas não funcionou por querer abraçar o mundo e ser algo além do que poderia ser ao tentar abarcar a comédia, a fantasia e o drama em uma mesma produção.
O cinema nacional, capitaneado pelo gênero comédia, vive um dos melhores momentos de sua história, com ótimas bilheterias, no entanto as recentes produções ainda se preocupam em serem facilmente digeridas pelo grande público e pelos fãs das telenovelas. Se eu Fosse você 2 e Divã mostram exatamente isso. Abrem mão de um produto cinematográfico de qualidade e abraçam o lucro fácil e o discurso vazio de quem tem o que dizer, sabe o que dizer, mas prefere se calar e embolsar um pouco – ou bastante – mais.
Nota: 6,0
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