TEMPOS DE PAZ!
Qual a função da Arte num mundo conturbado?
Esta é a pergunta presente neste magnífico filme de Daniel Filho,extraído da peça de Bosco Brasil “Novas Diretrizes em Tempo de Paz”.
Toda a ação,restrita praticamente a dois personagens,se passa no Porto do Rio de Janeiro,anos 40,quando milhares de refugiados da guerra procuravam a América do Sul para começar vida nova.
Quando o navio encostava no cais da Praça Mauá era feita a triagem que decidiria quem ficava ou quem partia de novo,numa peregrinação sofrida até encontrar um país que os aceitasse.
O embate entre os dois personagens, um,funcionário da Alfândega no governo Vargas e o outro,um famoso ator polonês,que,desencantado com a arte queria virar agricultor,passa-se numa pequena sala,onde ambos sós consigo mesmos,confrontaram seus demônios.
O funcionário(Tony Ramos),ex-torturador,agora um homem assustado,pois,com o governo soltando comunistas e presos políticos barbaramente torturados por ele,sentia-se ameaçado.
Queime os arquivos e suma!diziam seus chefes sob as ordens de quem ele fazia o trabalho sujo.
O ator,que emocionava multidões no seu país,se perguntava qual a função do teatro,num mundo destroçado pela guerra e pela brutalidade,as quais ele assistiu impassível,sem nada fazer.
Quem era mais culpado:o que obedecia ordens e torturava e matava sem contestar nem discutir ou quem assistia impassível a tudo isso,quando tinha o dever (e os meios)de denunciar?
O filme nos leva a fortes emoções.A magistral interpretação de Dan Stulbach como o ator Clausewistz,é o ponto alto do filme.
Ameaçado de ter seu visto negado pelo funcionário,quando ambos travam diálogos memoráveis,recorre á emoção que o teatro passa ao público para direcionar o seu destino.
Ambos,decepcionados com suas profissões,ambos batidos pela vida e mergulhados num torvelinho de culpas e horrores.
Dois personagens frente a uma câmera,num espaço exíguo;e,nem por um momento o espectador consegue tirar os olhos da tela!
Daniel Filho,o diretor,faz um breve aparecimento na tela,como um médico torturado e Louise Cardoso faz a irmã do torturador,preocupada com o futuro dele neste mundo de novas diretrizes.
O filme homenageia alguns famosos atores,escritores,cientistas e dramaturgos que pularam deste navio para a fama,bem merecida,em terras brasileiras.
Qual a função da Arte num mundo conturbado?
Esta é a pergunta presente neste magnífico filme de Daniel Filho,extraído da peça de Bosco Brasil “Novas Diretrizes em Tempo de Paz”.
Toda a ação,restrita praticamente a dois personagens,se passa no Porto do Rio de Janeiro,anos 40,quando milhares de refugiados da guerra procuravam a América do Sul para começar vida nova.
Quando o navio encostava no cais da Praça Mauá era feita a triagem que decidiria quem ficava ou quem partia de novo,numa peregrinação sofrida até encontrar um país que os aceitasse.
O embate entre os dois personagens, um,funcionário da Alfândega no governo Vargas e o outro,um famoso ator polonês,que,desencantado com a arte queria virar agricultor,passa-se numa pequena sala,onde ambos sós consigo mesmos,confrontaram seus demônios.
O funcionário(Tony Ramos),ex-torturador,agora um homem assustado,pois,com o governo soltando comunistas e presos políticos barbaramente torturados por ele,sentia-se ameaçado.
Queime os arquivos e suma!diziam seus chefes sob as ordens de quem ele fazia o trabalho sujo.
O ator,que emocionava multidões no seu país,se perguntava qual a função do teatro,num mundo destroçado pela guerra e pela brutalidade,as quais ele assistiu impassível,sem nada fazer.
Quem era mais culpado:o que obedecia ordens e torturava e matava sem contestar nem discutir ou quem assistia impassível a tudo isso,quando tinha o dever (e os meios)de denunciar?
O filme nos leva a fortes emoções.A magistral interpretação de Dan Stulbach como o ator Clausewistz,é o ponto alto do filme.
Ameaçado de ter seu visto negado pelo funcionário,quando ambos travam diálogos memoráveis,recorre á emoção que o teatro passa ao público para direcionar o seu destino.
Ambos,decepcionados com suas profissões,ambos batidos pela vida e mergulhados num torvelinho de culpas e horrores.
Dois personagens frente a uma câmera,num espaço exíguo;e,nem por um momento o espectador consegue tirar os olhos da tela!
Daniel Filho,o diretor,faz um breve aparecimento na tela,como um médico torturado e Louise Cardoso faz a irmã do torturador,preocupada com o futuro dele neste mundo de novas diretrizes.
O filme homenageia alguns famosos atores,escritores,cientistas e dramaturgos que pularam deste navio para a fama,bem merecida,em terras brasileiras.