Os Seus, Os Meus, Os Nossos – Resenha

O filme americano “Os Seus, os Meus e os Nossos” lançado em 2005, é uma boa opção de entretenimento para a família por trazer um enredo leve, a história de Frank (Dennis Quaid), um almirante da Marinha que fica viúvo e cria seus oito filhos educando-os num regime de quartel, com regras e disciplina militares. A família vive mudando de cidade em cidade e numa dessas mudanças, o almirante reencontra Helen (Rene Russo), uma artista plástica, antiga namorada dos tempos da faculdade e percebe a chama do amor reacender-se em seu coração. Ela também está viúva e tem dez filhos que, ao contrário dele, cria-os completamente à vontade, de uma forma bem mais liberal. Eles resolvem casar-se para depois comunicar aos filhos. A partir daí começam os problemas de convivência entre a numerosa prole. As crianças e adolescentes após muitos conflitos unem-se para tentar promover a separação dos pais e assim terem de volta a rotina vivida antes do casamento. Frank declina de uma promoção ao posto de Comandante para poder passar mais tempo com a família, porém, após uma briga, a esposa o manda embora e sugere que ele aceite a indicação. Desolado, ele comunica a todos que está indo embora e avisa aos filhos que assim que se acomodar os relocará para uma nova moradia. As crianças percebem enfim que possuem afinidades e que querem continuar como irmãos numa grande família. Eles se organizam e os maiores partem ao encontro do pai para tentar demovê-lo da idéia de separar-se, enquanto os menores ficam em casa para organizarem as coisas e explicar à mãe que eles foram eles que planejaram separá-los, porém estavam arrependidos. Helen sobe até o farol e emite sinais de luz. Frank vê os sinais e entende a mensagem, retornando com os filhos ao encontro da “tranquilidade” do lar.

O que a película expõe é a realidade da família pós-moderna que deixou de ter o formato tradicional; os casamentos já não são para todo o sempre e quando eles acabam novos modelos familiares vão surgindo, embora no caso do filme a morte tenha sido o motivo das separações dos cônjuges. O assunto adoção também é abordado já que seis dos filhos de Helen North são adotivos.

O grande lance do filme é mostrar que o convívio entre pessoas com olhares diferentes é possível quando o amor está presente na relação.