INIMIGOS PÚBLICOS(PUBLIC ENEMIES)
O que origina a violência?A pobreza é um dos fatores,a ignorância,outro,porém,o cerne mesmo da violência nasce do desespero;a falta de perspectiva para o futuro,a ausência da esperança,o descrédito nas autoridades,enfim,o beco sem saída para muitas vidas “gauches” e ,em alguns casos,a certeza da impunidade,além do “laisser faire”:o que tocar eu danço,se vou morrer como um cão,que seja rápido e que,neste intervalo eu tenha do bom e do melhor.
Esta é a mensagem certeira que nos passa o excelente diretor diretor Michael Mann(Fogo contra Fogo,O Informante, Colateral) no filme “Inimigos Públicos”(Public Ememies) ,onde narra a saga de jovens desesperançados como Baby Face Nelson,John Dillinger,Pretty Boy Floyd,Bonnie and Clyde,entre outros.
Na Grande Depressão de 29 que se estendeu até 1934 o crime tinha que ser o caminho desta rapaziada oriunda do meio rural ou da classe média empobrecida que os levaria á conquista de uma vida decente e respeitada,no entender deles,é claro.
Para seguir seus objetivos, formavam grupos de “bad boys”, e munidos de metralhadoras Thompson ,as,”Tommy Guns”,cometiam assaltos ousados , em plena luz do dia, muitos deles com mortos.
Ao Dillinger ,(magistralmente interpretado por Johnny Depp)não faltava ética.Sempre dizia que queria o dinheiro do banco,nunca o dos clientes.
Também visualizamos um pouco a sua imensa solidão e a infinita capacidade de amar , cuidar e proteger o objeto dos seus amores, a moça Billie Frechette,interpretada por Marion Cottillard.
Evitava matar ou torturar,ao contrário dos G-Men do espetaculoso J.Edgard Hoover, para quem o fim justifica os meios.O que esse cidadão buscava era mais poder e ascensão pessoal ,( o governo tinha que vencer essa guerra,claro, não importavam os meios)um tipo sem códigos claros ,portanto muito mais perigoso que Dillinger,a quem quase todo o povo apoiava e dava guarida.
O honesto policial Purvis(Christian Bale) destacado para apanhar Dillinger ,fazia tudo que Hoover queria,porém,acabou destruindo a si mesmo e suicidou-se dois anos depois.
A genialidade do diretor nos leva a compreender o fato de que lei e a moralidade,além de não serem coincidentes,numa época dura ,podem até guardar uma distancia muito grande uma da outra.
Mann introduz um elemento novo na análise desta época:o pragmatismo tão enraizado no “american way of life”.Este pragmatismo algumas vezes conduz ao radicalismo,pois,deixando fechada
a porta da esperança ,manda a lógica que se viva cada dia como se fosse o último.
Aprendemos com a mensagem que o filme nos passa que ordem e desordem são duas facetas iguais da mesma sociedade,inimigas em público,mas,nunca distinguidas ,no privado.
Vale a pena assistir,mesmo porque vivemos uma guerra urbana não muito diferente da que foi descrita acima.
O que origina a violência?A pobreza é um dos fatores,a ignorância,outro,porém,o cerne mesmo da violência nasce do desespero;a falta de perspectiva para o futuro,a ausência da esperança,o descrédito nas autoridades,enfim,o beco sem saída para muitas vidas “gauches” e ,em alguns casos,a certeza da impunidade,além do “laisser faire”:o que tocar eu danço,se vou morrer como um cão,que seja rápido e que,neste intervalo eu tenha do bom e do melhor.
Esta é a mensagem certeira que nos passa o excelente diretor diretor Michael Mann(Fogo contra Fogo,O Informante, Colateral) no filme “Inimigos Públicos”(Public Ememies) ,onde narra a saga de jovens desesperançados como Baby Face Nelson,John Dillinger,Pretty Boy Floyd,Bonnie and Clyde,entre outros.
Na Grande Depressão de 29 que se estendeu até 1934 o crime tinha que ser o caminho desta rapaziada oriunda do meio rural ou da classe média empobrecida que os levaria á conquista de uma vida decente e respeitada,no entender deles,é claro.
Para seguir seus objetivos, formavam grupos de “bad boys”, e munidos de metralhadoras Thompson ,as,”Tommy Guns”,cometiam assaltos ousados , em plena luz do dia, muitos deles com mortos.
Ao Dillinger ,(magistralmente interpretado por Johnny Depp)não faltava ética.Sempre dizia que queria o dinheiro do banco,nunca o dos clientes.
Também visualizamos um pouco a sua imensa solidão e a infinita capacidade de amar , cuidar e proteger o objeto dos seus amores, a moça Billie Frechette,interpretada por Marion Cottillard.
Evitava matar ou torturar,ao contrário dos G-Men do espetaculoso J.Edgard Hoover, para quem o fim justifica os meios.O que esse cidadão buscava era mais poder e ascensão pessoal ,( o governo tinha que vencer essa guerra,claro, não importavam os meios)um tipo sem códigos claros ,portanto muito mais perigoso que Dillinger,a quem quase todo o povo apoiava e dava guarida.
O honesto policial Purvis(Christian Bale) destacado para apanhar Dillinger ,fazia tudo que Hoover queria,porém,acabou destruindo a si mesmo e suicidou-se dois anos depois.
A genialidade do diretor nos leva a compreender o fato de que lei e a moralidade,além de não serem coincidentes,numa época dura ,podem até guardar uma distancia muito grande uma da outra.
Mann introduz um elemento novo na análise desta época:o pragmatismo tão enraizado no “american way of life”.Este pragmatismo algumas vezes conduz ao radicalismo,pois,deixando fechada
a porta da esperança ,manda a lógica que se viva cada dia como se fosse o último.
Aprendemos com a mensagem que o filme nos passa que ordem e desordem são duas facetas iguais da mesma sociedade,inimigas em público,mas,nunca distinguidas ,no privado.
Vale a pena assistir,mesmo porque vivemos uma guerra urbana não muito diferente da que foi descrita acima.