O Curioso Caso de Benjamin Button
Foi uma surpresa assistir Benjamin Button. David Fincher, famoso por dirigir o violento Clube da Luta e o sombrio Seven – Os Sete Pecados Capitais, entrega um drama bastante introspectivo, que nada tem a ver com suas características, como a câmera ágil, e ritmo acelerado. É tudo o contrário: não existem movimentos bruscos, e o ritmo é lento, o que atrapalha sim, vendo que o filme tem duas horas e meia. O problema do longa é a falta de impacto. Já sabemos o que vai acontecer o tempo todo, com aquela sensação de que estamos relendo uma história pela quinta vez – um flashback constante. Mas também existem acertos, como a engenhosa maquiagem e efeitos especiais para envelhecer/rejuvenescer o ator Brad Pitt, as interessantes reflexões sobre a vida e a morte – que é basicamente do que se trata o filme todo. Foi um tremendo exagero ter 13 indicações ao prêmio máximo da academia, exceto por efeitos especiais, que são realmente impressionantes, e maquiagem. Era o mais fraco dos concorrentes. Mesmo não sendo um ótimo filme, vale a pena conferi-lo, pois trata-se de uma fábula interessante sobre a morte e como a vida é mal aproveitada.