O ilusionista

*Direção/Roteiro: Neil Burger

*Drama/Fantasia/Romance

*Estados Unidos/República Tcheca

*Duração: 110 minutos

-Ator/Atriz Personagem-

*Edward Norton: Eisenheim

*Paul Giamatti: Inspetor-chefe Uhl

*Jessica Biel: Sophie

*Rufus Sewell: Príncipe Leopold

*Eddie Marsan: Josef Fischer

*Aaron Johnson: Eisenheim jovem

O ilusionista (The ilusionist, 2006), conta a história de um garoto filho de marceneiro, que conheçe uma jovem condessa chamada Sophie, e entre eles surge uma grande amizade, que caminhava para um grande amor. O garoto aprende a fazer truques de mágicas, e com isso conquista o carisma da menina, com quem passa a ter encontros secretos. Porém, por serem de famílias bastante distintas, eles acabam se separando, e o menino acaba por ir embora da pacata cidade de Viena.

Anos depois ele volta à cidade, como o consagrado ilusionista Eisenheim. Durante um espetáculo, ele reencontra a sua amada que está prestes a se casar com o Princípe Leopold - um cético que pretende desmascarar o ilusionista a todo custo.

Novamente Sophie e Eisenheim passam a ter encontros secretos, e eles são descobertos pelo inspetor-chefe Uhl, encarregado de vigiar a Condessa. A moça então arma um plano de fuga junto do ilusionista, e revela ao princípe que não irá se casar com ele. O quê acontece depois vem a ser a linha mestra que conduz o filme até o seu fim.

O ilusionista mostra-se um filme belo desde seu início. A fotografia usada nos primeiros minutos para contar a historia de Eisenheim é bastante nostálgica, e lembra as imagens geradas pelos antigos projetores. Os cenários são belissímos e conseguem transmitir o clima por vezes bucólico; Sem contar é claro, com os firgurinos bastante requintados que em nenhum momento deixam a desejar.

Os efeitos visuais do filme são muito bons, e dão um toque realmente "mágico" ao longa. Mesmo quando são utilizados efeitos descomunais, o filme tem um aval: trata-se apenas de ilusão, então aquilo é totalmente possível; o própiro ilusionista afirma em certo momento, que aquilo não tem nada de sobrenatural.

A história do filme é criativa e interessante. Explora todo o fascínio das pessoas em relação aos truques de mágica, independente da época ou costumes de um povo. O roteiro reserva muitas supresas, e até mesmo falsas decepções.

Em dado momento, quando imaginamos que toda a engenhosidade de Eisenheim será usada, a condessa é assassinada, e o espectador acaba ficando frustrado. Mas essa sensação logo passa, pois o ilusionista surpreende novamente com seus truques, levando o filme para um lado mais sombrio e mórbido.

A trilha sonora combina bastante com a trama, mas em certos momentos soa repetitiva. Outro ponto negativo é a atriz que interpreta a condessa Sophie; Jessica Biel é linda, mas parece não se encaixar muito bem com o papel de uma moça tão nobre. A personagem da condessa acaba não combinando muito bem com Heisenheim - interpretado por Edward Norton -, e o envolvimento dos dois parece superficial.

O longa tem pequenos defeitos, mas ainda sim é um filme ótimo e divertido. O ponto alto com certeza são as incríveis mágicas, e não seria exagero dizer que o filme todo faz parte de um grande espetáculo, onde o mais fantástico truque de Eisenheim fica para os últimos segundos, mostrando que esse ilusionista não é apenas um homem sagaz, como também é um gênio.

Jean Carlos Bris
Enviado por Jean Carlos Bris em 31/05/2009
Reeditado em 31/05/2009
Código do texto: T1624949
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