Milk - A voz da igualdade

Milk – A voz da igualdade

(Milk, Drama, 2008, EUA)

Introdução

MILK é a biografia do primeiro político assumido dos EUA. É uma história cheia de nuances, baseada na luta dos direitos iguais para os homossexuais e Harvey Milk, em seu modesto cargo e encurtamento do seu mandato, influenciou a cultura do país, e teve um grande impacto na política nacional, confirmando o seu status de pioneiro e mártir. No período das suas quatro campanhas, ele lutou incansavelmente para recrutar o maior número de pessoas, e com o seu poder político, reformular o pensamento da sociedade e comprovar, segundo a Constituição, que todos merecem direitos iguais.

Descrição

O filme Milk – A voz da igualdade é a biografia do político Harvey Milk – o primeiro militante gay eleito dos EUA. Retrata a trajetória dele a partir do 40º aniversário, no qual ele se lamenta por não ter realizado algo de importante na vida dele. A partir daí, muda – se para a região de Castro, reduto de San Francisco, com seu parceiro Scott Smith. Eles decidem abrir uma loja de artigos fotográficos, e logo percebem a discriminação que há sobre os homossexuais, tanto dos civis como da polícia. E assim, Milk começa a revolucionar sobre os direitos iguais a partir da sua pequena loja que começa a atingir outras lojas cujos donos eram homossexuais. Porém, isso não bastava para conquistar os direitos iguais, então Milk resolve se candidatar. E, a cada campanha, Milk recruta as minorias da sociedade, e após quatro anos, consegue finalmente se eleger, e torna – se o porta – voz dos homossexuais dos EUA. Onze meses depois de assumir o mandato, é assassinado pelo seu ex-colega e militante anti-gay Dan White.

Apreciação Crítica

Sean Penn interpreta Harvey Milk de maneira tão geniosa que é impossível lembrar – se do ator em outros papéis durões e machistas. Penn absorve a generosidade, o bom humor, a extroversão, a ironia de Milk e transmite – a através da tonalidade da sua voz e gestualidade durante o filme. Um ator heterossexual que sumiu no papel homossexual pela grandiosidade da atuação.

Com direção de Gus Van Sant e roteiro de Dustin Lance Black, “Milk” se entrega a um humor provocativo afável com as expectativas de um filme importante baseado em fatos históricos. Pelo fato de 2008 ter sido um ano medíocre para Hollywood, Van Sant e Black conseguiram fazer do filme o melhor do circuito comercial pela sua estrutura acessível e instrutiva, e a estória de uma luta impossível, e por detrás dela, um homem longe de ser um herói, porém o pioneiro e mártir em prol da igualdade dos direitos.

O roteiro de Black é forte, pela capacidade de incorporar a força e a suavidade do personagem principal, ao mesmo tempo. E a direção de Van Sant que mostra o desenrolar da história de maneira quase cansativa, porém alimenta com toques de beleza e certo encanto.

Algumas citações que definem a grandiosidade e a humanidade de Harvey Milk:

Anne Kronenberg, a sua última gerente de campanha, escreveu sobre ele: "O que diferenciava Harvey de você ou de mim era que ele foi um visionário. Ele imaginou um mundo virtuoso dentro de sua cabeça e, em seguida, ele tomou providências para criá-lo de verdade, para todos nós. ".

Randy Shilts observou que "alguns afirmam que Harvey era um socialista ou vários outros tipos de ideólogos, mas, na realidade, a filosofia política de Harvey nunca foi mais complicada do que a questão dos excrementos dos cachorros; o governo deveria resolver os problemas básicos do povo.".

Karen Foss escreve: "Milk veio a ser uma figura carismática e altamente energética com gosto pelo teatro e nada a perder ... Usando riso, reversão, transcendência, e seu status de incluído/excluído, Milk ajudou a criar um clima em que o diálogo sobre questões se tornou possível. Ele também forneceu um meio para integrar as vozes díspares de seus variados eleitores."

Considerações Finais

Versão do Discurso da Esperança:

“E os jovens gays em Altoona, Pennsylvanias e em Richmond, Minnesotas que estão saindo saindo do armário e ouvindo Anita Bryant na televisão e sua história. A única coisa que eles têm pela frente é a esperança. E você tem que dar-lhes esperança. Esperança para um mundo melhor, esperança de um amanhã melhor, a esperança de um lugar melhor para ir se as pressões em casa são muito grandes. Espero que todos fiquem bem. Sem esperança, não só os gays, mas os negros, os idosos, os deficientes, os americanos, os americanos vão desistir. E se você ajudar a eleger para o comitê central e para outros cargos mais pessoas homossexuais, isso dá uma luz verde para todos os que se sentem privados, uma luz verde para avançar. Significa esperança para uma nação que tem abandonado, porque se um homossexual consegue isso, as portas estão abertas a todos.”

Declaração final de Harvey Milk:

“Eu não posso impedir ninguém de ficar zangado, ou louco, ou frustrado. Posso apenas esperar que transformem essa raiva e frustração e loucura em algo positivo, de modo que duas, três, quatro, cinco centenas darão um passo a frente, assim que médicos gays sairão do armário, advogados gays, juízes gays, banqueiros gays, arquitetos gays ... Espero que todos os profissionais gays digam 'basta', avancem e digam a todos, usem um sinal, deixem que o mundo saiba. Talvez isso irá ajudar.”

Harvey Milk foi a primeira figura pública norte – americana que se assumiu diante do país e lutou pela igualdade dos direitos. E o filme retrata fielmente toda a trajetória e mostra a gratificação que ele tinha por conquistar aquilo. Apesar do final trágico, ele conseguiu se prevalecer e as suas opiniões e lutas cresceu ao longo dos anos e invadiram o espírito de cada homossexual no mundo inteiro. O filme relata de maneira magnífica a biografia e a perseverança de Harvey Milk, e essa magnitude foi conquistada pela vontade de mostrar ao mundo toda a batalha por uma coisa que o mundo sempre e irá lutar: igualdade dos direitos.

Daniela Mota
Enviado por Daniela Mota em 14/05/2009
Código do texto: T1594523
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