Intriga Internacional ( North by Northwest)
Vi ontem à noite esse filme. É um clássico do Mestre Hitchcock. Sempre me divirto em seus filmes procurando a sua marca pessoal: sua pequena aparição como ator. Dessa vez, aconteceu logo no princípio: buscando entrar em um ônibus, deu com a porta na cara.
Intriga Internacional é um filme de 1959 e se passa nessa mesma época e toda a trama decorre de um equívoco: o protagonista, George Thornhill é confundido com outra pessoa e seqüestrado por dois indivíduos mal encarados. A partir daí o suspense movimenta o filme fazendo jus a classificação que lhe foi dada em uma dessas listas de melhores: está entre os dez melhores filmes de suspense de todos os tempos.
Várias cenas do filme são puro deleite – as que acontecem entre Thornhill (Gary Grant) e sua mãe (Jessie Royce Landis) me fizeram lembrar do modo como minha mãe nos trata: como idiotas, oh, quero dizer, como crianças.
No filme quem é quem não importa nem mesmo o porquê as coisas acontecem: o que importa é a incrível perseguição ao protagonista, do princípio ao fim. Não há explicações sobre o mistério do filme, mas isso não fez a menor diferença. Ninguém é quem o próprio Thornhill supõe ser. Aliás, a própria platéia está o tempo todo na ignorância.
O principal papel feminino é de Eva Marie Saint, a mocinha (Eve) por quem o galã se apaixona. Aliás, convém lembrar aqui que as heroínas de Hitch eram sempre louras. Outras participações interessantes foram as de Martin Landau e James Mason, os quais eu nunca tinha visto tão novinhos.
Para mim a marca do filme além do óbvio suspense é a leveza. É um filme bom de ver, divertido e com gente bonita (Cary Grant é um charme). Em um leilão de artes, quando George se faz de louco para confundir seus perseguidores é impossível não rir com prazer. Dá até vontade de fazer igual. Mas a delícia suprema do filme é ouvir Gary Grant assobiando no banheiro singin’ in the Rain. (06/05/09)
(da série Resenhas muito pessoais ´- apenas para não esquecer.