O CASAMENTO DE RAQUEL (RACHEL GETTING MARRIED)
Casamentos, na classe média,costumam ser grandes acontecimentos;as famílias aproveitam para exibir suas posses e seu poder social;parentes,próximos ou distantes,amigos,sócios ou chefes,vizinhos,ex-colegas de faculdade que há muito não se viam,todos são convidados.E tudo tem que sair perfeito.
Nas bodas de Raquel não foi diferente; muita comida,muita bebida,gente alegre,músicos que tocavam o dia inteiro,jardins bem decorados ao gosto americano,tudo estaria ótimo,não fosse a obrigatória e pouco desejada,chegada de Kym,(a excelente Anne Hathaway)a irmã mais nova de Raquel(Rosemarie DeWitt) e nem um pouco certinha,como era a mais velha.Kym tivera licença para sair da clínica de reabilitação de viciados para assistir ao casamento da irmã,e,sua presença entre eles,provocou um sentimento de medo e inquietação.A garota,por sua vez,se sentia uma estranha no ninho,e ,embora pisando em ovos para não fazer nada errado,acabava na contramão,causando uma espécie de pânico na família e constrangimento entre os convidados.
Pois foi este clima de desarmonia e receio que o diretor Jonathan Demme tentou passar para nós. E ao mesmo tempo,derrubar,como se fosse um castelo de cartas,a falsa harmonia da família,seus desajustes postos a nu,quando seus membros estão reunidos.
Este é sem dúvida um dos melhores filmes de Demme;e a interpretação de Anne Hathaway, cheia de arestas cortantes,de uma pessoa pouco empática,que passa por todos como um rolo compressor,apesar de,no fundo,desejar apenas compreensão e carinho,apesar do peso terrível que carrega, ter provocado a morte de seu irmãozinho mais novo,alguns anos atrás.
Demme aproveita para mostrar o desejo maior do clã: voltar a ser uma família feliz,tirar o s esqueletos do armário,e,sobretudo perdoar uns aos outros.O desespero de Kym,rezando para ser melhor,de sua mãe,que também se sente culpada pela tragédia,a doçura do pai,sentindo-se como ostra em rochedo,tudo isto,e,inclusive as cenas de um casamento multirracial,tornam esse filme imperdível.Os americanos nem precisavam de psicanalistas, de quem tanto dependem;desde o Vietnam(Platoon),que fazem suas catarses através de Hollywood,que aliás,significa “bosque sagrado”;lá é o monte das oliveiras dos nossos primos ricos.
Casamentos, na classe média,costumam ser grandes acontecimentos;as famílias aproveitam para exibir suas posses e seu poder social;parentes,próximos ou distantes,amigos,sócios ou chefes,vizinhos,ex-colegas de faculdade que há muito não se viam,todos são convidados.E tudo tem que sair perfeito.
Nas bodas de Raquel não foi diferente; muita comida,muita bebida,gente alegre,músicos que tocavam o dia inteiro,jardins bem decorados ao gosto americano,tudo estaria ótimo,não fosse a obrigatória e pouco desejada,chegada de Kym,(a excelente Anne Hathaway)a irmã mais nova de Raquel(Rosemarie DeWitt) e nem um pouco certinha,como era a mais velha.Kym tivera licença para sair da clínica de reabilitação de viciados para assistir ao casamento da irmã,e,sua presença entre eles,provocou um sentimento de medo e inquietação.A garota,por sua vez,se sentia uma estranha no ninho,e ,embora pisando em ovos para não fazer nada errado,acabava na contramão,causando uma espécie de pânico na família e constrangimento entre os convidados.
Pois foi este clima de desarmonia e receio que o diretor Jonathan Demme tentou passar para nós. E ao mesmo tempo,derrubar,como se fosse um castelo de cartas,a falsa harmonia da família,seus desajustes postos a nu,quando seus membros estão reunidos.
Este é sem dúvida um dos melhores filmes de Demme;e a interpretação de Anne Hathaway, cheia de arestas cortantes,de uma pessoa pouco empática,que passa por todos como um rolo compressor,apesar de,no fundo,desejar apenas compreensão e carinho,apesar do peso terrível que carrega, ter provocado a morte de seu irmãozinho mais novo,alguns anos atrás.
Demme aproveita para mostrar o desejo maior do clã: voltar a ser uma família feliz,tirar o s esqueletos do armário,e,sobretudo perdoar uns aos outros.O desespero de Kym,rezando para ser melhor,de sua mãe,que também se sente culpada pela tragédia,a doçura do pai,sentindo-se como ostra em rochedo,tudo isto,e,inclusive as cenas de um casamento multirracial,tornam esse filme imperdível.Os americanos nem precisavam de psicanalistas, de quem tanto dependem;desde o Vietnam(Platoon),que fazem suas catarses através de Hollywood,que aliás,significa “bosque sagrado”;lá é o monte das oliveiras dos nossos primos ricos.