Terra Fria
 
Terra Fria, conta a história de Josey Aimes (Charlize Theron). Mãe de dois filhos, após um casamento fracassado, resolve voltar para sua cidade natal e se vê obrigada a procurar emprego para que possa sustenta-los e ter uma vida digna, longe do marido que a espancava. Chegando à cidade, encontra sua amiga, Glory (McDormand), uma das poucas mulheres que integrava o quadro de funcionários da mineradora de ferro, principal responsável pela geração de renda da cidade e seus moradores.
 
Diante da situação, Josey aceita o emprego de operaria, enfrentando o ritmo pesado e a periculosidade do trabalho. Já no primeiro dia, se depara com um ambiente hostil, no qual as mulheres são submetidas ao preconceito. Seus colegas as tratavam com total desrespeito, e não as poupavam de piadas e brincadeiras de cunho sexual. O dia de trabalho era um verdadeiro tormento psicológico. Não demorou muito para que Josey Aimes fosse vitma de assédio sexual, situação contra a qual, se rebelou desde o primeiro momento.
 
Após ser atacada, por um de seus colegas, Josey se demite e leva a mineradora ao tribunal, como única reclamante. As colegas, que passavam pelo mesmo problema, resolveram se calar por medo de perder o emprego. Curioso observar que a mineradora contratou uma advogada para defender seus interesses, o que não passou de uma jogada de marketing, cuja mensagem a ser passada, era a de uma empresa que valorizava e acreditava na competência das mulheres.
 
 A coragem de Josey Aimes levou seu caso à vitória, fazendo com que o primeiro caso de assédio sexual no trabalho fosse vitorioso. A partir daí, muitas mudanças significativas foram implantadas repercutindo mundialmente e criando leis que protegem as mulheres do assédio sexual no trabalho.
 
O filme nos faz refletir sobre a realidade atual. Tanto homens, quanto mulheres, se sujeitam a condições precárias de trabalho que incluem maus tratos, mau pagamento, assédio moral, trabalham sem amor pelo que fazem, como vitmas das circustâncias, vivendo situações que colocam a qualidade de vida em segundo plano. Assim, o silêncio e conformismo faz a exploração crescer e ganhar espaço.
 
Até quando os “bons” vão se calar?