O LEITOR (THE READER)
Até onde pode ir a nossa culpa?Até onde pode nos destruir,devagar e insidiosamente,mesmo que nunca estejamos pensando nela?E a culpa coletiva de toda uma nação?
Este é o tema do magistral filme O Leitor (The Reader),ora em exibição nas telonas.Este filme não veio para divertir e,sim,para nos fazer pensar.Despertei hoje pela manhã pensando nele.
Na verdade,o filme é uma catarse alemã,uma das muitas tentativas de exorcizar o sentimento de culpa em que o país mergulhou,após os horrores da guerra de 39/ 45.
Um adolescente,Michael (David Kross) conhece uma mulher muito mais velha,que o ajuda quando passou mal na rua e começa um estranho caso de amor e sexo com ela;depois de meses tudo o que sabe é que ela se chama Hannah e trabalha na companhia de carris como cobradora;um belo dia,ela desaparece sem um adeus e o mergulha num sofrimento atroz que pelo visto nunca curou totalmente.
Muitos anos depois,cursando Direito,ele a reencontra nos tribunais,onde se julgava crimes de guerra;ela era uma das acusadas.Aí começa o drama pessoal de Michael(Ralph Fiennes),pois não teve coragem de contar a verdade e livrá-la da prisão perpétua.
Há muitas verdades a ser analisadas neste filme,muitos esqueletos que relutam a sair dos armários;a culpa de Michael,o alemão comum,cúmplice de tudo,muitas vezes sem nem tomar consciência do que se passava á sua volta.A culpa inexistente de Hannah,a mais pura e sincera,na sua não existência,pois simplesmente fazia o que lhe mandavam,o que aprendeu a fazer muito bem,cumprir ordens.
´E impossível que a interpretação extraordinária de Kate Winslet não lhe valha o Oscar.Embora este boneco comercial não queira dizer nada).Há muito,muuuito tempo não vejo uma interpretação assim.
O diretor Stephen Daldry (As Horas),tem consistencia e arte;traduz perfeitamente a idéia do autor do livro,o alemão Bernhard Schlink.
Imperdível para quem aprecia(o hoje tão raro)bom cinema.
Até onde pode ir a nossa culpa?Até onde pode nos destruir,devagar e insidiosamente,mesmo que nunca estejamos pensando nela?E a culpa coletiva de toda uma nação?
Este é o tema do magistral filme O Leitor (The Reader),ora em exibição nas telonas.Este filme não veio para divertir e,sim,para nos fazer pensar.Despertei hoje pela manhã pensando nele.
Na verdade,o filme é uma catarse alemã,uma das muitas tentativas de exorcizar o sentimento de culpa em que o país mergulhou,após os horrores da guerra de 39/ 45.
Um adolescente,Michael (David Kross) conhece uma mulher muito mais velha,que o ajuda quando passou mal na rua e começa um estranho caso de amor e sexo com ela;depois de meses tudo o que sabe é que ela se chama Hannah e trabalha na companhia de carris como cobradora;um belo dia,ela desaparece sem um adeus e o mergulha num sofrimento atroz que pelo visto nunca curou totalmente.
Muitos anos depois,cursando Direito,ele a reencontra nos tribunais,onde se julgava crimes de guerra;ela era uma das acusadas.Aí começa o drama pessoal de Michael(Ralph Fiennes),pois não teve coragem de contar a verdade e livrá-la da prisão perpétua.
Há muitas verdades a ser analisadas neste filme,muitos esqueletos que relutam a sair dos armários;a culpa de Michael,o alemão comum,cúmplice de tudo,muitas vezes sem nem tomar consciência do que se passava á sua volta.A culpa inexistente de Hannah,a mais pura e sincera,na sua não existência,pois simplesmente fazia o que lhe mandavam,o que aprendeu a fazer muito bem,cumprir ordens.
´E impossível que a interpretação extraordinária de Kate Winslet não lhe valha o Oscar.Embora este boneco comercial não queira dizer nada).Há muito,muuuito tempo não vejo uma interpretação assim.
O diretor Stephen Daldry (As Horas),tem consistencia e arte;traduz perfeitamente a idéia do autor do livro,o alemão Bernhard Schlink.
Imperdível para quem aprecia(o hoje tão raro)bom cinema.