Vicky Cristina Barcelona

O novo filme de Woody Allen comprova o quão a simplicidade é capaz de tornar uma história aparentemente banal em uma ótima produção cinematográfica.

A trama é narrada em terceira pessoa, como é comum nos filmes de Woody Allen, e essa narração acaba por conceder ao filme um ritmo e uma dinâmica bem interessante e original, com um texto leve, carregado de ironia.

A história gira em torno de duas amigas de infância - Vicky e Cristina - nitidamente diferentes. Uma madura, sensata e com casamento marcado, a outra mais passional, disposta a viver aventuras e a sofrer por amor - nada mais clichê, não? Pois bem, ambas viajam para Barcelona e acabam por conhecer o galanteador artista plástico Juan Antonio de uma forma nada convencional.

O longa nos mostra uma Barcelona mágica que respira arte em cada esquina, repleta de artistas e paixões arrebatoras que nutrem a alma. Uma obra simples que fascina o telespectador desde a primeira cena, tudo se encaixa perfeitamente a essa Espanha mística, tanto a trilha sonora como a fotografia.

As amigas, outrora tão diferentes, não só se aproximam como trocam de papéis. Vicky Cristina Barcelona é uma história muito bem contada, de uma forma deliciosa que conseguiu unir elementos estéticos de forma homogênea e integrada. Não espere qualquer discussão aprofundada acerca do despertar de paixões e sentimentos intensos no ambiente mágico de Barcelona. Se Woody Allen não conseguiu fazer de Vicky Cristina Barcelona seu filme mais notório, sem dúvida nos presenteou com um filme delicioso muito superior às produções atuais e que merece ser visto.

Nota: 7,5

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