"Bobby" (Bobby)

"Bobby" (Bobby)

Antony Hopkins, Helen Hunt, Willian H. Macy, Demi Moore, Martin Sheen, Christian Slater, Sharon Stone, Elijah Woods, Laurence Fishburne, Emilio Estevez, Harry Belafonte.

Não, não se trata de um obituário de astros num jornal daqui cem anos. É uma parte do elenco. A parte dos nomes que saltam à vista. Tem outra parte, que fazem vista e atuam tanto quanto.

Não, não é um filme do Robert Altman, cuja marca registrada era colocar em marcha um grande elenco.

Um dos produtores executivos de “Bobby” atende pelo nome de Antony Hopkins. O diretor atende por Emilio Estevez. O que me surpreendeu foi que o Emilio também escreveu. Enquanto diretor, agiu correto nesse filme, não sei se é a estréia dele na direção mas o fato de ter escrito lhe garante outra dimensão. Emilio é irmão do Charlie Sheen, sendo ambos filhos do Martin Sheen. Papai se imortalizou no “Apocalipse Now”, é um ator que vende caráter justamente porque possui, desde há muito engajado nas causas por um mundo melhor.

Se você gosta de réplicas dos anos 60, com todos os acessórios, incluindo a trilha, mais constelação descrita e a não descrita, não vai ficar indiferente ao “Bobby”. Nem tem como, porque de um jeito ou de outro ele te pega. Nem que seja para ouvir de novo The Sound Of Silence, (Simom e Garfunkel). Entretenimento com cara de documento.

A primeira vez que eu vi a “caixinha” na locadora, o título mais a foto do Willian Macy, pensei, era só o que faltava, mais um filminho à toa...Impressionante a capacidade de julgar. Assistindo, descobri que o Macy não estava representando RFK, mas sim o gerente do hotel.

Em “Bobby”, arrisco, ninguém está em destaque, tudo funciona na medida certa, diálogos bons de se falar e de se ouvir.

Eu não sabia que RFK estava praticamente eleito presidente dos EUA. Se o senador era mesmo o autor daqueles discursos, se todas aquelas palavras vinham do coração, então digo – uau! Se tudo não passa de mais uma fantasia do Big Brother, pra mim também está ok, porque de boas palavras me alimento, fantasiosas ou não.

Encerramos com a última canção, na voz de Aretha Franklin, “você nunca destruirá a minha fé”.

Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 07/06/2008
Reeditado em 13/10/2013
Código do texto: T1023477
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