PATRÍCIA  - O AMOR QUE DEUS NÃO QUIS!

17 - A MAIOR DE TODAS
PATRÍCIA SANTOS DE ARAÚJO
LOCAL: CAMANDUCAIA/MG
NASCIMENTO: 06.DEZ.1977
TEMA: SAID I LOVED YOU... BUT I LIED...
( Michael Bolton )
Ano(s) em tela: 1998, 1999, 2000, 2001, 2002,
2003, 2004, 2005, 2006, 2007
Houve relacionamento: SIM
Títulos de destaque durante sua esfera:
* Torneio Hernani Sanches (1998)
* Campeonato Mundial (2000)


História:





Em 1997, já Servidor Público (Auxiliar Administrativo) da Prefeitura Municipal de Camanducaia, inegavelmente eu sentia um fortíssimo vínculo com Patrícia, chegando até a comentar uma vez com Servando de Campos acerca dessa atração inevitável e por mim benquista. Ele me alertou dos perigos, dogmas e preconceitos... Eu não quis ouvi-lo...

Com sua confirmação para o 2º Técnico Contábil “A”, na Escola Municipal José Alves/Extrema/MG, tornou-se possível uma aproximação. Esse laço que, ingenuamente, eu fingi tratar-se de amizade caiu por terra em data de Quarta-feira - 18.02.1998, numa chuvosa noite em Extrema/MG, quando iniciamos uma sensual amizade, em verdade.

Desde então, vivi uma fase intensa de um sonho que, à primeira vista, pareceu-me muito lógico e real... Uma relação estranha e muito linda nos cercou e já não fazíamos nada sem que o outro estivesse por perto. Isso gerou comentários, pois minhas mudanças fizeram-se radicais, imediatas e perceptíveis a qualquer um.

Contudo os ventos se alteraram no princípio do mês de abril/1998. No dia 08, Patty viajou para Curitiba/PR. Antes lhe solicitei uma posição quanto a nós... Esta não veio... Aqui, senti-me frágil em notar o quanto amava Patrícia. Naquele instante, soube que ela seria a maior entre todas as minhas amadas, indefinidamente. Mesmo tendo Aline, Kléber e muitos outros amigos me cercando, queria apenas a presença de Patrícia.

Nisto, era Semana Santa, havia muita festa... Foi o clima perfeito para que eu cometesse bobagens: Numa fabulosa noite, encontrei Tatiana Salles. Conversamos, abraçamo-nos e, por fim, cedemos à tentação do proibido. Isto se repetiu no Sábado de Aleluia e no Domingo da Páscoa.

Tentei, então, abafar a situação. Mas quem tem algumas certas “mui amigas”, não necessita de inimigas e, de volta, Patty foi “informada” sobre o ocorrido. No dia 18.04.1998, fui até Cambuí/MG assistir a um casamento de um primo de Tatty Salles. Lá, selamos Tatiana Salles da Silva e eu uma amizade, frágil, porém verdadeira de minha parte.

Um dia antes, deixei uma carta para Patrícia relatando-lhe aquilo que ela já sabia. Então, ela marcou um encontro para às 10:00h de 19.04.1998, na Praça Capitão Antonio Domiciano (Bosque). Fui e lá conversamos sobre nossa situação e ela mostrou-se profundamente irritada com o Interlúdio de Salles. No entanto, ela não reforçou seu sentimento, afirmando-me que eu poderia lutar por seu amor.

Na Quinta-feira, 30.ABR.1998: na véspera de eu embarcar para a minha primeira competição oficial pelo CIRCUITO CULTURAL DO LÍRIO, obtive em Patty tudo aquilo que eu havia sonhado em toda vida. Foram atos tão mínimos, singelos que assumiram proporções astronômicas naqueles instantes em meu viver. O resultado foi minha conquista do título da TAÇA CULTURAL DE OUTONO "HERNANI LECCI SANTOS" em 03.05.1998, no município de Guarulhos/SP contra o que era considerado o melhor naquele momento: DAVID HIROSHI. Mais do que isso, Patty mostrou que o amor estava ali e que eu deveria ser o senhor do meu Destino.

Infelizmente, algo não foi perfeito e eu sucumbi na missão. Foi meu mais fatal e ingrato erro... Em 11.05.1998, travamos uma discussão que muito mal me fez. Iniciava-se meu declínio que se acentuou em 14.05.1998 quando, ao ver Cecília numa pior, eu fui auxiliá-la e, como não poderia deixar de ser, eu sofri com a dor que lesionava o coração da Deusa da Canção naquela circunstância.

Isto despertou ainda mais os ciúmes de Patty. Afastamo-nos. Ela conheceu Ricardo.

Em 11.07.1998, no Rodeio, Patty me conta estar apaixonada por Ricardo. Queria ela que regressasse a antiga amizade entre nós. Mas, de minha parte, já não dava mais...

Em 24.07.1998, ela me desfere o golpe fatal. Este mesmo que seu pai sacramenta em 31.07.1998 sendo que deste surgiu o poema em que eu solicitei a morte. De fato, morri. Até ser salvo em 05.09.1998...

Felizmente, Luana esteve por perto e me conduziu, posteriormente, para os cuidados de Luciana Ramos, todavia essa é outra saga...

Em 1999, ela voltou para Extrema, desta vez para o curso de AUXILIAR TÉCNICO DE ENFERMAGEM. As recordações de 1998 me perseguiram e eu, outra vez, como em 1998, embalado pela angústia que feria vorazmente meu peito, abandonei, nova e definitivamente, a Escola Municipal Técnica em Contabilidade José Alves de Extrema/MG.

Em Março de 2000, após um surto de consciência, retornamos àquela “amizade de outrora” e, obedecendo cegamente ao seu pedido que buscava recompor os bons tempos, conquistei o CAMPEONATO MUNDIAL DE CONHECIMENTOS DO CIRCUITO DE CULTURAS DO LÍRIO DE MADRID . Também, imediatamente após, retornei para a Escola Estadual Virgínia Marcondes Escobar para ser aluno no Segundo Magistério. Queria ficar perto da mulher que a alma mais quis... A alegria pouco que durou... A derrota veio pra jamais cicatrizar.

Em 29.03.2000, dia do meu 23º aniversário, porém, ela abandonou o curso e me impôs o afastamento, Definitivamente.

Então, em junho/2000, envio-lhe uma carta e o teor dos poemas púrpuros existentes até aquele momento. Pedi-lhe que analisasse todos para que eu os publicasse.

Como resposta, veio-me uma notificação judicial com calúnias e difamações em 07.11.2000. Uma semana após, entre lágrimas e sentimentos de vingança numa Contra-Notificação veio minha resposta. Forte, mas a contragosto...

Nenhum outro contato foi feito e de uma forma, de certo modo, tragicamente findou-se meu mais lindo amor. Meu mais belo interlúdio. O sonho que minha alma jamais se cansou de lutar. Mas, abatida, foi necessária sua desistência... E sua morte...

Em Janeiro de 2002, reencontrei-a no local onde por ironia mais gostamos. Naquela tarde de 06 de Janeiro de 2002, na Fonte do Itororó, nenhuma palavra dita, ela se retirou e sua alma despediu-se de mim... Tempos depois, soube por Juliana Caroline (Camanducaia/MG) que Patrícia havia se casado e que estava residindo em São Paulo/SP, tomando ciência em tempos idos que Patty rendeu seu destino a um “ex”-drogado... Curiosamente por nada eu não fui considerado adequado para os padrões de sua família, presbítera. Sempre fui julgado uma boa pessoa por seu pai Breno, todavia indigno de desposar sua filha mais velha, seguramente o meu mais poderoso amor...

Patrícia foi a mulher que mais amei, a detentora máxima e absoluta do meu coração sem oponência alguma. Ela induziu a criação do poder absoluto do VAN LYRA e me fez crescer em todos os aspectos da minha existência e fez isso num período muito veloz: em 4 meses eu havia me convertido de forma impecável e aguardava consumar uma relação que jamais chegaria a se concretizar.

Os dogmas religiosos e pressões familiares foram mais eficazes e venceram a poesia que havia se declarado em meu senso. Quase cheguei ao fim... Restou-me a conversão para um KNIGHT FIRE e algumas andanças a esmo pelo mundo até conhecer Kely, com quem acabei me casando tempos idos.

Tento ser feliz sem Patrícia, consigo, às vezes... Até me recordar de tudo que vivi ao seu lado... E na solidão após... Aguardo apenas a morte para, quiçá, ressurgir em uma outra Era e reter a chance de convivermos e de fazer diferente todas as bobagens que cometi... Sem Tatty Salles, sem musas, sem este Destino de Lírio de Madrid que agora se faz martírio e solidão face à multidão...

Em fins de abril de 2007, nasce o seu filho LUAN. O decreto final de minha desgraça e a lápide sobre a minha confiança em Deus... Daquele momento em diante, deixei minha alma aberta a quem quiser... Qualquer ente que se dispuser a recompor meus últimos lapsos de felicidades terá como pacto a promessa de minha alma. Enfim, naquele dia, morri e agora em vida vegeto...

Kely é minha companheira, eu a amo, todavia jamais sentirei novamente a doçura da paixão que inflama e se converte em respeito, admiração e ternura tão próxima ao Divino... Esta é a tragédia de Van Lyra... O meu fim!...

Desse momento adiante, pude contemplar minha nova solidão... Uma sensação ao eterno onde em meus sentimentos eu me perdi...