ULTRAKILL - Resenha
ULTRAKILL é um jogo eletrônico do estilo FPS que consegue, em um mercado tão saturado de jogos FPS, se sobressair com mecânicas novas e interessantes e com uma gameplay extremante frenética, rápida e estilosa, o objetivo final é sempre o mesmo, chegar até o final da fase, fazer “truques estilosos” são os produtos secundários de uma movimentação fluida e balanceada acompanhadas de um arsenal de armas únicas e interessante.
Apesar de ULTRAKILL ter sim uma história muito bem formulada e construída ela definitivamente não é o foco do jogo, as únicas informações que você recebe são
“humanidade está morta, sangue é combustível, o inferno está cheio”
E realmente é somente isso que é preciso saber para se imergir nesse universo, nesse pequeno trecho é comentado uma das mecânicas mais interessantes, “sangue é combustível”, uma das maneiras de recuperar a sua vida é matando os inimigos de perto, o que cria uma dinâmica muito interessante, recompensando aqueles que tomam maiores riscos e são mais agressivos em seu estilo de jogo.
E comentando sobre as mecânicas, eu tenho uma pergunta para você leitor, já imaginou-se ricochetear os projeteis dos seus inimigos socando-os? Não? E que tal socando as suas próprias balas para elas irem mais rápidas? Também não? Pois bem, nesse universo isso é só não possível como também umas das mecânicas principais, recompensando o jogador com vida e pontos extras no medidor de estilo, outra mecânica muito interessante também é o próprio dito, medido de estilo, que, em certas ações, como por exemplo matar um grupo de inimigos grandes em conjunto ou explodir um inimigo no ar ou até mesmo, fazendo as duas coisas ao mesmo tempo, o jogador é recompensado com “pontos de estilo” possibilitando recuperar maior quantidade de vida, ao final de cada fase são medidos 3 parâmetros, Tempo, quantidade de inimigos mortos e estilo, caso o jogador consiga uma rank Perfeito nas 3 categorias e ele não morrer nenhuma vez ele é recompensado com um rank final P (perfeito), caso o jogador conseguir um rank P em todas as fazes ele desbloqueia um Boss extra.
Os bosses de ULTRAKILL são fenomenalmente bem feitos, seja suas mecânicas e peculiaridades ou história rica, cada boss é especial e acaba tendo um papel extremamente especial no jogo, sendo desbloqueando uma arma nova, ou dando mais pistas sobre a história por traz de um universo tão devastado e caótico.
E por final seria impossível não comentar sobre sua rica e energética música, a música é do estilo breakcore, um estilo com o ritmo “quebrado” e muito energético, quase caótico eu diria, a musica encapsula perfeitamente a sensação de jogar ULTRAKILL, um caos organizado e agitado, a musica é como se você pegasse a mente de uma pessoa com TDAH e destilasse em uma musica só, e mesmo assim artista sabe perfeitamente encapsular a “vibe” da fase, sendo mais séria/calma em certas fases (Escutar: https://music.youtube.com/watch?v=JviF4u8qSyk para referência).
ULTRAKILL definitivamente não é para todas as pessoas, entretanto oferece diversos níveis de dificuldades para pessoas que não estão acostumadas a um estilo de jogo mais frenético, enfim, esse jogo é maravilhoso, é de um autor indie, porem da pau em múltiplos títulos triple A do gênero, é visível o carinho que o autor teve com sua obra, e o quão importante é a qualidade para dito autor, 11/10, já rejoguei múltiplas vezes e jogaria ainda mais vezes se pudesse.