CHICO BUARQUE NÃO TEM MEU RESPEITO.
Em 1966 Chico Buarque, venceu com A Banda o II Festival da Record, música defendida por Nara Leão.
No ano de 1967 eu passei a frequentar, o bar do Zé, e uma quitanda que servia bebidas para os estudantes do Mackenzie e da Faculdade de Arquitetura da USP, da R. Maria Antônia, no bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo.
Nesse lugar eu tive a oportunidade de encontrar com Chico algumas vezes, como outros estudantes, ele ia beber espremidinha (cachaça com limão) ou bombeirinho (cachaça com Cinzano), bebidas que na época estava no alcance financeiro dos alunos.
A década de 1970, eu fui um apaixonado pela poesia do Chico, achava ele um novo Noel Rosa.
Confesso que na época, eu era um cristão conservador, sem ainda saber que era, não entendia nada de política.
Em 1980 foi fundado o famigerado Partido dos Trabalhadores, que teve como um dos seus fundadores Sérgio Buarque de Holanda, pai do Chico.
Aí começou minha decepção com o compositor, comecei a estudar mais profundamente sobre o comunismo, e não me conformava como sabendo de toda história de genocídio pelos vários países por onde o comunismo passou, o Chico ainda assim era adepto dessa ideologia.
Uma profunda decepção.
Ainda na década de 1980, Chico briga com o jornalista Millôr Fernandes, de quem eu sempre fui um grande admirador.
Quando Chico em um bar, cuspiu na cara do Millôr, após ele ter dito “Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal”, se referindo ao Chico. O vídeo do programa Roda Viva em que ele se expressa encontra-se no Youtube. Infelizmente hoje 2024 se confirma a afirmação de Millôr feita naquela época.
Chico se aproximou do Lula, e durante seus governos usou todas as benesses possíveis, da Lei Rouanet, sem nenhuma necessidade, e até emprego público para sua família.
Em 1998 eu conheci o Prof Olavo de Carvalho, foi um divisor de águas na minha vida, inclusive sobre o aprendizado de política, eu pude ter certeza de toda a perversidade da esquerda no Brasil, só lendo as indicações de livros que o Prof sugeria aos seus alunos.
Há muitos anos perdi completamente o respeito pelo Chico Buarque como homem. Uma vez que você deixa de acreditar na pessoa, pelo menos para mim, é impossível desassociá-lo da vida artística.
Na música VAI PASSAR, em que ele diz que os paralelepípedos iriam se arrepiar pelas tenebrosas transações no regime militar, quando houve o mensalão, petrolão, e agora o arrozão, no governo do PT, simplesmente ele sempre afirma que Lula está no caminho certo, enquanto não um paralelepípedo, mas uma pedreira inteira se arrepia.
O que é isso além de oportunismo?
As comemorações por Chico Buarque completar 80 anos, não me dizem nada.