Sobre Architectura,de Soares Feitosa
clevane pessoa de araújo lopes
ARCHITECTURA,
DE SOARES FEITOSA
Um poema de amor in/condicional se desenha na resenha da alma apaixonada.
A condição necessária a que se erga a casamiga, acasarte acasalados os sonhos, os corpos, os tempos, é que pés sejam encantadas para que a massapão, argila massapé, seja de fato misturada ao erótico olor da baunilha.
Mãos podem ajudar, mas pés de andar, de se encaixar, colheres de pedreiro próprias à maciez da pedra sabão, pedrinhas sabonetes, saboneteiras da amada, são preferenciais.
Tijolos um-a-um levados no colo sob canções de ninar amadas...
Sobrará no alto da estatura, a força do olhar. Olhar trocado, somado, atraindo querências.
Soltura nas frestas, argamassadas, telhas já saídas do forno de esperanças quentíssimas, para telhado de refrescar/proteger amores abrigados abaixo.
Trepadeiras hão de pintalgar as tintas da sensualidade.Amoras desmanchadas hão de rosear as mãos e os pés e o corpo inteiro, barreiro de arteiro artista, artesão,artífice, ardente construtor de signos sutis que levam a fazer versos de rima gasta mas sempiterna, terna, eterna:amor.
Amoridade. Amorosa idade. A idade da ROSA. A idade do tronco. E a casa, lindura em architectura inventada apenas para o olhar da amada...
Belo Horizonte, em 30/03/2005,
Clevane Pessoa de araújo Lopes, para Soares Feitosa, em análisenluarada de sua poesia architectada na alma...
Confira o texto em:
htttp://www.secrel.com.br/jpoesia/feito19.html
N:Fui buscar e eis aqui o belíssimo texto de Soares Feitosa
.Architectura
Um dia, Ela
desenhará em chãos longínquos a casa só nossa,
que eu farei com estas mãos.
Os tijolos, eu os amassarei com os meus pés.
Às telhas —
hei de aprontar o barro mais macio,
e as formas serão por mim,
uma a uma, completadas;
Ela as alisará longamente —
seus dedos molhados de um profundo silêncio:
só os pássaros.
Fortaleza, manhã de 19.11.1998
clevane pessoa de araújo lopes
ARCHITECTURA,
DE SOARES FEITOSA
Um poema de amor in/condicional se desenha na resenha da alma apaixonada.
A condição necessária a que se erga a casamiga, acasarte acasalados os sonhos, os corpos, os tempos, é que pés sejam encantadas para que a massapão, argila massapé, seja de fato misturada ao erótico olor da baunilha.
Mãos podem ajudar, mas pés de andar, de se encaixar, colheres de pedreiro próprias à maciez da pedra sabão, pedrinhas sabonetes, saboneteiras da amada, são preferenciais.
Tijolos um-a-um levados no colo sob canções de ninar amadas...
Sobrará no alto da estatura, a força do olhar. Olhar trocado, somado, atraindo querências.
Soltura nas frestas, argamassadas, telhas já saídas do forno de esperanças quentíssimas, para telhado de refrescar/proteger amores abrigados abaixo.
Trepadeiras hão de pintalgar as tintas da sensualidade.Amoras desmanchadas hão de rosear as mãos e os pés e o corpo inteiro, barreiro de arteiro artista, artesão,artífice, ardente construtor de signos sutis que levam a fazer versos de rima gasta mas sempiterna, terna, eterna:amor.
Amoridade. Amorosa idade. A idade da ROSA. A idade do tronco. E a casa, lindura em architectura inventada apenas para o olhar da amada...
Belo Horizonte, em 30/03/2005,
Clevane Pessoa de araújo Lopes, para Soares Feitosa, em análisenluarada de sua poesia architectada na alma...
Confira o texto em:
htttp://www.secrel.com.br/jpoesia/feito19.html
N:Fui buscar e eis aqui o belíssimo texto de Soares Feitosa
.Architectura
Um dia, Ela
desenhará em chãos longínquos a casa só nossa,
que eu farei com estas mãos.
Os tijolos, eu os amassarei com os meus pés.
Às telhas —
hei de aprontar o barro mais macio,
e as formas serão por mim,
uma a uma, completadas;
Ela as alisará longamente —
seus dedos molhados de um profundo silêncio:
só os pássaros.
Fortaleza, manhã de 19.11.1998