“X” volume 17: repete-se o caso de Ben-Hur
“X” volume 17: repete-se o caso de Ben-Hur
Miguel Carqueija
Com seu novo cachorro místico, Inuki (que talvez seja o mesmo que anteriormente morreu, mas agora tem aparência de filhote), Yuzuhira, junto com Arashi, criam uma barreira para proteger Tóquio de mais destruição e enfrentam Satsuki e a “Besta”, o ser artificial já antes aparecido na série. Sorata envia um “elemental” para ajudá-los mas os danos neste refletem no seu criador; Sorata tem de ser hospitalizado. Enquanto isso Hinoto, a “contempladora de sonhos”, tem seu corpo e sua mente dominados por uma irmã maligna que dá instruções erradas à turma do Kamui.
Como podem ver, um angú de caroço bem indigesto.
Resenha do volume 17 de “X”, da CLAMP, “Kusanagi X Shiyu”. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Editora Kadokawa, Tóquio, Japão, 1992. Tradução: Arnaldo Massato Oka. História e roteiro: Nanase Ohkawa. Desenhos: Mokona Apapa. Direção de arte: Mick Nekoi. Assistente de arte: Satsuki Igarashi. Capa de Mokona Apapa.
“Tóquio está sendo destruída. E se for destruída, o Japão e a Terra também serão destruídos.”
(Satsuki)
O melhor neste volume é a historieta final que mostra como, na infância, Kamui e Fuuma se conheceram e fizeram uma grande amizade, daquele tipo que você não sabe como pode terminar e virar conflito e inimizade. Existem casos assim na ficção, como Kagura e Yomi em “Ga-Rei”.
De fato, a cordialidade e doçura de Fuuma com o mais jovem Kamui tornam espantosa a futura transformação de Fuuma num monstro assassino.
Como já tenho dito, o mangá “X” não é dos melhores do grupo CLAMP, que tem criações bem mais leves como “Kobato”, “Angelic Layer” e “Guerreiras Mágicas de Rayearth”;
Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2022.