“X” volume 16: situação crítica em Tóquio

 

“X” volume 16: situação crítica em Tóquio

Miguel Carqueija

 

Aqui, o assunto principal é a luta de Subaru contra o tal Sakurazukamori, e as esquisitices que eles conversam. A morte do Sakurazukamori parece ser a primeira baixa dos “dragões da Terra”, em tese os vilões da história.

E Tóquio já se encontra em grande parte destruída (os japoneses adoram destruir sua capital em obras de ficção), com a população fugindo. E se a barreira principal for destruída pelos terremotos, Tóquio será destruída e depois, a Terra.

Um exagero e tanto. Aliás tudo em “X” é exagerado, com as lutas quase incompreensíveis além de exorbitantes e que as autoridades parecem ignorar. Além disso personagens são assassinados sem que aparentemente a polícia investigue.

 

 

Resenha do volume 16 de “X”, da CLAMP, “Tohru Magami X Tokiko Magami”. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Editora Kadokawa, Tóquio, Japão, 1992. Tradução: Arnaldo Massato Oka. História e roteiro: Nanase Ohkawa. Desenhos: Mokona Apapa. Direção de arte: Mick Nekoi. Assistente de arte: Satsuki Igarashi. Capa de Mokona Apapa.

 

“Será que as palavras que uma pessoa diz à beira da morte são verdadeiras?”

(Subaru)

 

Os combates continuam vertiginosos e confusos e a sobreposição do elemento fantástico no mundo real moderno é meio indigesta.

O personagem Kakyo, “contemplador de sonhos”, embora se alie aos “dragões da Terra”, tornando-se um deles, é mais simpático que os outros; deseja morrer embora seja imortal e sua atitude não revela ódio mas fatalismo. A Yuzuhira é outra personagem simpática com seu cão místico, o Inuki.

Infelizmente os personagens passam longo tempo conversando bobagens meio filosóficas que enchem linguiça. Esse aspecto pedante torna a história maçante e pesada; entretanto a série parece ter seus fãs.

 

Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2022.