O ARTISTA PLÁSTICO NO PROCESSO DE CRIAÇÃO.
SOBRE O ARTISTA NO PROCESSO DE CRIAÇÃO
Alguns pontos de orientação.
1- A ação criadora tem um dimensionamento próprio, não há um objetivo específico, o que conta é a experiência no plano da prática, o que não condiz com a preocupação com o resultado;
2- O percurso da criação precisa de complexidade, desafios, uma vez que, o campo da produção é amplo;
3- A realidade de um objeto vai além da aparência, se o artista visual ficar preocupado apenas com a aparência dos objetos (o plano representativo), ele não está produzindo dentro de uma perspectiva artística;
4- É somente o tempo e as sucessivas etapas dedicadas ao fazer artístico que será possível perceber o crescimento/amadurecimento na produção; Não adianta apressar, uma etapa sempre depende da outra, sendo que o olhar observador é o melhor recurso que um artista tem para a sua positiva formação como construtor de imagem.
5- Nas Artes plásticas, a criação não se resume às questões puramente técnicas, mesmo tendo problemas técnicos... o produtor precisa investigar, ir além das aparências. É a forma desenvolvida que incide sobre o processo formador da imagem e não o objeto representado;
6- No processo da construção da imagem artística, existem 2 modos de apreensão da forma: a visualidade e a imaginação, formando uma dualidade de sentidos na criação artística.
A visualidade fica mais no plano da representação e a imaginação caminha mais para uma direção poética, onde há é possível mergulhar em provocações, acontecimentos que surgem de uma série de motivações do produtor, abrindo sentidos que vão além das aparências.
Dhy Carvalho
Agosto 2021.
Os pontos de orientação foram escritos por Dhy Carvalho, tendo como base os textos e ensinamentos do Professor Nelson Macedo - Belas Artes (EBA - UFRJ).