RIO – HOSPITAIS PÚBLICOS DESAPARELHADOS - (05/11/2007)

Se fosse contada como uma anedota, das muitas conhecidas, ninguém acreditaria, ou poderia imaginar, que o fato acontecido e noticiado era real e verdadeiro. A falta de material cirúrgico, para ser usado pelos médicos, era improvisado, e instrumentos e ferramentas, como ferraduras com brocas, para atender pacientes.

Eu nunca vi, ou ouvi falar, tamanha falta de imaginação, e acredito que todos os médicos, que viram a reportagem, reaproveitariam este procedimento. Estes aparelhos, constituídos de ferramentas, ferraduras e instrumentos considerados como material cirúrgico devem ter sido usado na época da idade da pedra ou na época da idade do ferro, quando os serviços prestados aos clientes eram gratuitos.

A direção dos hospitais afirma que vai, na medida do possível, substituir as atuais ferramentas por instrumentos cirúrgicos mais modernos. Eu acho que os informantes não sabem o significado da palavra direção, porque se encontra na direção errada, ou melhor, na contramão, e nunca deveriam ter entrado nos hospitais nem como simples visitantes. Como punição, deveriam ser confinados a trabalharem numa pedreira, usando uma britadeira.

Onde estão os responsáveis do Ministério da Saúde, engravatados, bem-falantes, ausentes na palavra “verdade”, gastadores de um cérebro vazio, deveriam apelar, no mínimo, como descargo de consciência, a sua própria demissão, para o bem e a felicidade de toda a população.