Vocês sabem que eu, nesta época do ano, curto mais os filmes de Natal, porque já entro no clima. Na verdade, por mim, começaria a esperar o Natal antes mesmo da Páscoa... risos... Mas resolvi intercalar minhas incursões e maratonei a série Você (acho mais bonitinho o nome original, “You”). Sei que a série é baseada em uma obra impressa You, de Caroline Kepnes, e provavelmente tem diversas alterações nos personagens para que o roteiro fique mais coerente. Também sei que personagens ganharam características diferentes, e por isso, pretendo ler o livro, embora só o primeiro volume tenha sido traduzido (se alguém souber dos demais, por favor, me conta, porque pesquisei e só achei o primeiro mesmo).

Quem estava acostumado com a doçura de Penn Badgley em Gossip Girl, aquele rapazinho do subúrbio que não se adaptava ao Uper East Side, perdidamente apaixonado pela mocinha rebelde e promíscua, esqueça!!! Joe não tem nada disso e traz uma interpretação excelente e repleta de credibilidade.

You tem uma trama muito interessante, porque descreve a vida de um serial killer apaixonado por livros, com sérios conflitos pessoais que vem desde sua infância (acho que isso é meio comum quando falamos de psicopatas), e que mata por amor, totalmente convencido de que está fazendo tudo isso para proteger seu objeto de amor e desejo. Sua visão distorcida da realidade o faz ter “momentos de bondade”, quando protege personagens secundários que cruzam seu caminho. Mas isso não o torna uma pessoa melhor, não se iludam com esta faceta de Joe... Ele ainda é um assassino em série, e bem cruel.

A falsa consciência do certo e errado, a tentativa de justificar seus atos cruéis e obscenos, ao mesmo tempo em que tenta ajudar Paco e Ellie em seus conflitos pessoais e familiares, nos leva a pensar se ele é capaz de sentir empatia em momentos específicos de sua vida. Os monólogos que ele mantém consigo (a história é, de certa forma, narrada por ele quando tenta se convencer que tudo é justificável), na verdade, mostram a faceta de alguém extremamente perturbado e com sérios desvios morais.

A série traz à tona assuntos muito pertinentes, como a violência contra a mulher e relacionamentos tóxicos, bem como a forma como ainda são tratadas as vítimas (prestem atenção em Candace, na segunda temporada) a ponto de serem desqualificadas e tratadas como loucas, e, às vezes dá a impressão machista de que a culpa por serem perseguidas e assassinadas é do seu comportamento libertário ou de personalidades atormentadas e problemáticas. Sim, porque todas as mulheres ditas “bem resolvidas” com quem ele se relacionou saíram ilesas e vivas.

Mas vou parando por aqui, porque não quero cometer o pecado de trazer spoilers para quem ainda não viu, então vou dizer apenas uma coisa: qual a possibilidade de haver duas almas distorcidas em igual intensidade que se encontram em um relacionamento amoroso? Pois é, vocês vão ver isso quando ele conhecer a Love.

Só faço uma ressalva: não sei se a indicação de faixa etária de 16 anos é adequada, ou eu estou ficando velha mesmo, e os jovens estão mais maduros hoje do que o eram na minha época com esta idade. E não romantizem Joe, ele é não merece... não é adorável e nem bonitinho... É assustador pensar nele desta forma.

 

#EuRecomendo, mas aviso, o tema é pesado para algumas faixas etárias.  Beijinhos.

 

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Me perdoem as falhas de texto, é minha primeira tentativa de escrever uma resenha... prometo que vou melhorar... Convido-os a curtir e seguir o meu canal de dicas de filmes: Um baú cheio de arte.

 

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Imagem retirada da internet - Wikipedia

Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 07/11/2021
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