Pássaros de Papel em Nuvens de algodão(Auto-resenha-crônica)
19/11/2005 07h15
Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão
Sempre tive um olhar fascinado sobre a síntese.Gosto de coisas pequenas,que revelam mais,ou muito.
Na década de 60,nos meus tempos de Gazeta Comercial(Juiz de fora,MG),recebi de um poeta que era carteiro,morador de Itajubá,um livrinho onde expunha seus dístico.O mais simples deles ficou-me na memória:
"Como o café é o amor,
se esfria,perde o sabor."
Não sei se estou enganada,mas penso que seu nome completo é José Nogueira da Costa-e já mandei um e-mail para a Terzinha Ophélia Rennó,presidente da Academia de Letras de lá,que confira,para mim.
Passei um bom período escrevendo o que intitulei minipoemas.Era a moda da minissaia,lançada pela inglesa Mary Quant e que tanto escandalizava os pais mineiros.Morava em Juiz de Fora.Eu filha de nordestinos,rígidos em questões demoral,mas liberais com "menos roupa",por causa dos hábitos de vida praiana,claro,usava vestidos e saias sobre meias arrastão ,meias brancas cintilantes,com a aprovação paterna.Artistas também adoraram a moda,e sempre lembro da Suely Costa com suas irmãs ,Telminha e Lisieux:lindas vozes,lindas pernas.A primeira é compositora de renome nacional.Quando chegamos à "Manchester Mineira",na década de 50,estranhávamos porque quase ninguém viajava ou conhecia praia,de perto,só os mais ricos ou os mais atirados.Nos Anos 60 começou a moda de irem passar férias em Cabo Frio,depois nas praias capixabas.Depois que se é batizado pelo mar,não se consegue mais viver tanto tempo sem ele.Era comum casais economizarem o ano inteiro para essas férias praianas...
Eu falava antes de minipoemas,que divagação!.
Colecionava um tanto,contrastantes com meus verdadeiros derrames de versos brancos,ou os cordéis.Lembro uma vez de ter mandado minha enxurrada poética para dois poetas amigos,Kiko Consulin,paranaense radicado no Maranhão(do qual estou preparando uns comentários para postar)poeta de primeira linha e originalidade absoluta e Hegel Pontes,trovador e sonetista apurado.Eles se espantaram com a torrente verbal.
Na Internet,meu antigo divulgador cultural,Jorge Gonçalves inscreveu-me em Palavreiros,pois eu ainda não tinha PC.Dessa forma,iniciei uma troca de e-mails com o webmaster José Geraldo Neres,afeito a releituras que geravam belezas como o seu Projeto de Poemínimos.
Um dia resolvi fazer um e-book e convidei-o para integrá-lo.Não fizemos aqueles livros onde um escreve e o outro responde.Na verdade,são dois livros em um e que fez considerável sucesso no Brasil e em países de Língua latina.O Neres chamou à parte dele "Pássaros de papel,"numa referência ao origami,penso.Eu intitulara ao meu,"Nuvens de Algodão".Não se abalem se lhes parecer um nome pueril.O excelente poeta-arquiteto Almandrade chamou a um de seus livros,do qual gosto demais,de "Arquitetura de Algodão".Lindo.Chamei-o de livro definitivo,em um comentário.
Pois bem,o e-book do Neres e meu chamou-se "Pássaros de papel em Nuvens de algodão",o próprio título,um minipoema,com feitio oriental,mas sem a modelação do haicai(tercetode 5,7 e 5 sílabas poéticas).Poderia ser poetrix,com até trinta sílabas.A maioria não gosta muito dessa palavra(*).
Há um texto ótimo do Jurandir Argolo,explicando o que é essa modalidade de Poesia e suas diferenças com o haicai.
Os meus,podem ter mais ou menos versos,de forma que mantenho o termo minipoemas.Neres mantém o poemínimos.
No final do livro virtual há uma série dele ,à parte,à qual respondo(ver no final).
A MariaInês ,da AVBL,fez a primeira versão e o Baçan, do CEN, a segunda.
O endereço das bibliotecas virtuais é:
www.ebooknet.com.br/clevanepessoa
www.portalcen.org/bv/clevane/clevane.htm
Essa capa é a da Maria Inês Simões.Depois colocarei a do Baçan aqui.
Um trecho de meu prefácio:
****************************************************************
Título: Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão
Autores: Clevane Pessoa de Araújo Lopes
José Geraldo Neres
"...Amo a pequenez das coisas: o minivergel sob a relva, cujas flores mínimas em tudo lembram as de tamanho normal... Na adolescência, pensava: será um jardim de duendes? Fadinhas?... Colecionei miniaturas de muita coisa: casinhas, corujas, tartarugas, borboletas, elefantes... Em cada cantinho de minhas agendas, há numerosos pequenos desenhos... Menina, queria ouvir mais a história do Pequeno Polegar, da Polegarina..." (Clevane Pessoa)
******************************************************************************************
E eis algums das respostas que dei à série do Neres(apêndice):
ORQUÍDEA______Neres:
Traz a rama
na trama do tempo
ORQUÍDEA_______Clevane:
Tear do tempo
tessitura ardente...
>>>***>***>***>***
OUTONO________Neres:
azul-orvalho
gotas de dias
OUTONO________Clevane:
amarelo ouro
folhas que caem...
>>>***
19/11/2005 07h15
Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão
Sempre tive um olhar fascinado sobre a síntese.Gosto de coisas pequenas,que revelam mais,ou muito.
Na década de 60,nos meus tempos de Gazeta Comercial(Juiz de fora,MG),recebi de um poeta que era carteiro,morador de Itajubá,um livrinho onde expunha seus dístico.O mais simples deles ficou-me na memória:
"Como o café é o amor,
se esfria,perde o sabor."
Não sei se estou enganada,mas penso que seu nome completo é José Nogueira da Costa-e já mandei um e-mail para a Terzinha Ophélia Rennó,presidente da Academia de Letras de lá,que confira,para mim.
Passei um bom período escrevendo o que intitulei minipoemas.Era a moda da minissaia,lançada pela inglesa Mary Quant e que tanto escandalizava os pais mineiros.Morava em Juiz de Fora.Eu filha de nordestinos,rígidos em questões demoral,mas liberais com "menos roupa",por causa dos hábitos de vida praiana,claro,usava vestidos e saias sobre meias arrastão ,meias brancas cintilantes,com a aprovação paterna.Artistas também adoraram a moda,e sempre lembro da Suely Costa com suas irmãs ,Telminha e Lisieux:lindas vozes,lindas pernas.A primeira é compositora de renome nacional.Quando chegamos à "Manchester Mineira",na década de 50,estranhávamos porque quase ninguém viajava ou conhecia praia,de perto,só os mais ricos ou os mais atirados.Nos Anos 60 começou a moda de irem passar férias em Cabo Frio,depois nas praias capixabas.Depois que se é batizado pelo mar,não se consegue mais viver tanto tempo sem ele.Era comum casais economizarem o ano inteiro para essas férias praianas...
Eu falava antes de minipoemas,que divagação!.
Colecionava um tanto,contrastantes com meus verdadeiros derrames de versos brancos,ou os cordéis.Lembro uma vez de ter mandado minha enxurrada poética para dois poetas amigos,Kiko Consulin,paranaense radicado no Maranhão(do qual estou preparando uns comentários para postar)poeta de primeira linha e originalidade absoluta e Hegel Pontes,trovador e sonetista apurado.Eles se espantaram com a torrente verbal.
Na Internet,meu antigo divulgador cultural,Jorge Gonçalves inscreveu-me em Palavreiros,pois eu ainda não tinha PC.Dessa forma,iniciei uma troca de e-mails com o webmaster José Geraldo Neres,afeito a releituras que geravam belezas como o seu Projeto de Poemínimos.
Um dia resolvi fazer um e-book e convidei-o para integrá-lo.Não fizemos aqueles livros onde um escreve e o outro responde.Na verdade,são dois livros em um e que fez considerável sucesso no Brasil e em países de Língua latina.O Neres chamou à parte dele "Pássaros de papel,"numa referência ao origami,penso.Eu intitulara ao meu,"Nuvens de Algodão".Não se abalem se lhes parecer um nome pueril.O excelente poeta-arquiteto Almandrade chamou a um de seus livros,do qual gosto demais,de "Arquitetura de Algodão".Lindo.Chamei-o de livro definitivo,em um comentário.
Pois bem,o e-book do Neres e meu chamou-se "Pássaros de papel em Nuvens de algodão",o próprio título,um minipoema,com feitio oriental,mas sem a modelação do haicai(tercetode 5,7 e 5 sílabas poéticas).Poderia ser poetrix,com até trinta sílabas.A maioria não gosta muito dessa palavra(*).
Há um texto ótimo do Jurandir Argolo,explicando o que é essa modalidade de Poesia e suas diferenças com o haicai.
Os meus,podem ter mais ou menos versos,de forma que mantenho o termo minipoemas.Neres mantém o poemínimos.
No final do livro virtual há uma série dele ,à parte,à qual respondo(ver no final).
A MariaInês ,da AVBL,fez a primeira versão e o Baçan, do CEN, a segunda.
O endereço das bibliotecas virtuais é:
www.ebooknet.com.br/clevanepessoa
www.portalcen.org/bv/clevane/clevane.htm
Essa capa é a da Maria Inês Simões.Depois colocarei a do Baçan aqui.
Um trecho de meu prefácio:
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Título: Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão
Autores: Clevane Pessoa de Araújo Lopes
José Geraldo Neres
"...Amo a pequenez das coisas: o minivergel sob a relva, cujas flores mínimas em tudo lembram as de tamanho normal... Na adolescência, pensava: será um jardim de duendes? Fadinhas?... Colecionei miniaturas de muita coisa: casinhas, corujas, tartarugas, borboletas, elefantes... Em cada cantinho de minhas agendas, há numerosos pequenos desenhos... Menina, queria ouvir mais a história do Pequeno Polegar, da Polegarina..." (Clevane Pessoa)
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E eis algums das respostas que dei à série do Neres(apêndice):
ORQUÍDEA______Neres:
Traz a rama
na trama do tempo
ORQUÍDEA_______Clevane:
Tear do tempo
tessitura ardente...
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OUTONO________Neres:
azul-orvalho
gotas de dias
OUTONO________Clevane:
amarelo ouro
folhas que caem...
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