Miyuki no lugar de Alice
MIYUKI NO LUGAR DE ALICE
Miguel Carqueija
Resenha do mangá (volume único) “Miyuki-chan no País das Maravilhas”, da CLAMP. Editora JBC, São Paulo-SP, 2010. “Miyuki-chan in Wonderland” em inglês, ou “Fushigi no Kuni no Miyuki-chan” em japonês: Kadokawa Shoten Publishing Co., Ltd., Tokyo, Japão, 2001. Tradução: Karen Kazumi Hayashida.
O quarteto que formou o Estúdio CLAMP (as mangakás Nanase Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi) tornou-se muito conhecido internacionalmente pelo grande número de mangás de fantasia de grande sucesso e que geraram séries de animês, entre os quais “Guerreiras Mágicas de Rayearth”, “Kobato”, “Sakura Card Captor”, “Chobits” e “Angelic Layer”.
As séries CLAMP costumam ser divertidas, interessantes e até (caso das “Guerreiras Mágicas”, por exemplo) com mensagens de valor.
Todavia parece-me que o quarteto errou a mão com essa paródia da obra de Lewis Carrol. Miyuki é uma adolescente que vai sendo atirada em mundos estranhos e desconcertantes, onde ela nem sabe direito o que fazer. São eles o país das maravilhas, o do espelho (até aqui como nos equivalentes de Lewis Carrol), da tv, do trabalho temporário (sic), do “mahjong”, do “videogame” e de “X” (alusão a uma série da CLAMP). De cada vez uma sucessão de coisas confusas, com piadinhas.
Infelizmente o quarteto CLAMP acabou fazendo uma revista cheia de erotismo, aliás bastante descabido, mesmo sem chegar a coisas pesadas. Na capa diz realmente: “proibido para menores de 16 anos”. Mas há muitas cenas de semi-nudez e atitudes nada inocentes, apesar do ridículo que cerca toda a história. De fato, erotismo à arte, é possível considerar a história em suas sete partes bem pueril. Isso por causa do traçado e do caráter ridículo do enredo. Se existe alguma mensagem subliminar eu não consegui alcançá-la; para mim é um mangá anárquico, apenas isso.
Rio de Janeiro, 15 de junho de 2021.
MIYUKI NO LUGAR DE ALICE
Miguel Carqueija
Resenha do mangá (volume único) “Miyuki-chan no País das Maravilhas”, da CLAMP. Editora JBC, São Paulo-SP, 2010. “Miyuki-chan in Wonderland” em inglês, ou “Fushigi no Kuni no Miyuki-chan” em japonês: Kadokawa Shoten Publishing Co., Ltd., Tokyo, Japão, 2001. Tradução: Karen Kazumi Hayashida.
O quarteto que formou o Estúdio CLAMP (as mangakás Nanase Ohkawa, Mokona, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi) tornou-se muito conhecido internacionalmente pelo grande número de mangás de fantasia de grande sucesso e que geraram séries de animês, entre os quais “Guerreiras Mágicas de Rayearth”, “Kobato”, “Sakura Card Captor”, “Chobits” e “Angelic Layer”.
As séries CLAMP costumam ser divertidas, interessantes e até (caso das “Guerreiras Mágicas”, por exemplo) com mensagens de valor.
Todavia parece-me que o quarteto errou a mão com essa paródia da obra de Lewis Carrol. Miyuki é uma adolescente que vai sendo atirada em mundos estranhos e desconcertantes, onde ela nem sabe direito o que fazer. São eles o país das maravilhas, o do espelho (até aqui como nos equivalentes de Lewis Carrol), da tv, do trabalho temporário (sic), do “mahjong”, do “videogame” e de “X” (alusão a uma série da CLAMP). De cada vez uma sucessão de coisas confusas, com piadinhas.
Infelizmente o quarteto CLAMP acabou fazendo uma revista cheia de erotismo, aliás bastante descabido, mesmo sem chegar a coisas pesadas. Na capa diz realmente: “proibido para menores de 16 anos”. Mas há muitas cenas de semi-nudez e atitudes nada inocentes, apesar do ridículo que cerca toda a história. De fato, erotismo à arte, é possível considerar a história em suas sete partes bem pueril. Isso por causa do traçado e do caráter ridículo do enredo. Se existe alguma mensagem subliminar eu não consegui alcançá-la; para mim é um mangá anárquico, apenas isso.
Rio de Janeiro, 15 de junho de 2021.