BARDAS,COSTUMES E MANIAS

Modismos chegam a toda hora

Vem e vão, assim como o vento.

Alguns colam como chiclete,

Outros nem tanto.

Os que viveram no Brasil lá pelos anos de 1500

Foram praticamente índios e portugueses.

Assim o tempo foi passando,

E nem quero me inteirar do modismo daquela época.

Um dia, por acaso, parei para ouvir um certo "papagaio"

E que viveu até meados do século XXI

Essa alma falante tinha muita estória pra contar.

E dizia:- "Quem viveu aquela época, viu os barões do café,

Com suas carruagens e seus cocheiros,

Vendendo e comprando escravos por pouco, ou muito dinheiro,

Viu tantos trajes e ultrajes épicos, típicos e atípicos!

Viu trapos e farrapos do homem que pisava na lama de chão batido,

Conheceu o uso do chapéu, do relógio de bolso de modelo antigo,

No terno de linho e com suspensórios e o canivete na cintura.

Viu as mulheres com suas roupagens, sombrinhas e seus corpetes.

Quantos usos e desusos, bardas, manias e costumes!

Além da moda francesa, da arte de vestir-se e de por a mesa

Das maldades e dos seus panos.

Quanta babaquice já fez parte desse cotidiano"!

OS BARBUDOS

E o relógio do tempo acusando que chegou o ano 2000,

E num tilintar de nada, alguém tascou uma pedrada

Pensando ser uma casa de marimbondos!

Era a famigerada moda dos barbudos!

Antes era coisa de velho e de mendigo,

A moda mesmo era só no Oriente Médio,

Entre muçulmanos e outros manos,

Aí, os pelos da cara tomaram conta, mundo afora.

E tornou-se a poluição da cara suja

O hospedeiro maior de protozoários:- A barba.

Aparando toda a sujeira na asa da “andorinha”

Que supostamente entrou pela boca.

Fazendo a alegria dos donos de barbearias.

Não sei se a mulherada gosta ou não,

De beijar aquela coisa louca.

Eta, modismo do cacete,

Se você usa é porque gosta e porque pode!

Junto da barba pode se usar o bigode

Algo parecido, trás a lembrança de uma taturana deitada

Carregada de fungos e bactérias,

Restos de saliva, sarro de cigarro, cerveja, aguardente...

Com tantos tipos e modelos diferentes.

Limpa, lava e suja, aquela “escova” novamente.

Sem contar os cavanhaques

(Pelas barbas do profeta)

Parecendo barbas de bode

Eta, modismo do cacete, que usa só quem pode!

GERAÇÃO ROLÉ

Essa é de pouco tempo! A mania do calção caído mostrando a cueca!,

E a caçada aos pokemons?

A moda mendiga, (a roupa rasgada)

O boné de aba larga, (indumentária no funk).

E os shortinhos desfiados e rasgados das meninas!

Mostrando o último ponto entre a cobiça e a realidade!

Há os que a chamam de gatinhas ou novinhas

E outros já chamaram de “Cachorras”

Isso é o que chamo de Punk.

Aos que criam e recriam toda essa zorra

Deixando o mundo tonto com tanta zoeira.

PESSOAL DA ACADEMIA

Quanta gente musculosa, geração “saúde”?

A galera das corridas a pé, ou de bicicleta,

São as feras da academia e suas reverenciadas manias

Eles com seus bíceps e peitorais avantajados e felizes

Com seus sacos escrotais e “bilaus” entre calças e calções apertadinhos!

E elas com suas fendas estufando shortinhos e sainhas coloridas num "levanta e abaixa"

Alguém pode pensar que estão se preparando para botar um ovo fora do ninho..

Há quem diga ou faça o que as más línguas sussurram...

Só no Brasil, deve ter em torno de 200 milhões de vidas

Distribuídas entre bundas de academia, cronistas políticos,

Técnicos/críticos de futebol e intelectuais, falsos religiosos,

E influenciadores das redes sociais e os fofoqueiros de plantão.

Eta gado do cacete!..,

Quem faz ou curte e porque gosta ou porque pode!

Chupa essa manga!

Sem fazer careta ou cacoete.

AO PESSOAL DA MÚSICA

Falando de música: - Depois que a baianidade deu uma trégua no Axé,

Os universiotários resvalam na pieguice

Todos cantando iguais

Tudo está na mídia, inclusive as dancinhas infantis...

Os cortes de cabelo, estilo “Ninho de calopsita”

As sofrencias e acordes que marcaram Pablos, Ludmillas e Anittas

Tudo veio com o Sertanojo, um segmento do sertanejo diferente

São gritos e babados duvidosos, marcados por grunhidos deprimentes,

Misturado as irritantes gargantas estridentes.

É a era de ouro desse povo e dos Mcs, rasgando aquelas repetidas letras,

Entrando na marra nos ouvidos apurados e mentes inteligentes,

Entre trancos e solavancos

Vão arrastando tudo o que veem pela frente

Veados, cornos, lebres...

E arrancam até tatu da toca.

Eta, modismo do cacete,

Quem faz ou curte e porque gosta e porque pode!

Quem não gosta se sacode

Mas ninguém precisa amarrar um “bode”.

Chupa essa manga!

Sem fazer careta ou cacoete.

Com certeza outras bardas, costumes e manias virão.

DEPOIS EU CONTO OUTRA...