Se nada mudar, mudanças climáticas a partir de 2030 serão catastróficas.

Se nada mudar, mudanças climáticas a partir de 2030 serão catastróficas, diz novo estudo da ONU

Os principais estudiosos do clima estão enlouquecendo por conta do último relatório da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), um corpo internacional que representa os 197 signatários do Acordo de Paris. O estudo foi lançado na última sexta (26) e se chama Relatório de Síntese Inicial das Contribuições Nacionalmente Determinadas e mede as promessas dos países para atingir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura global “bem abaixo” de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. As promessas, dizem os autores, são muito menos do que o necessário para evitar os piores impactos da crise climática.

As nações atualizaram suas promessas no final de 2020. A maioria dos países, no entanto, perdeu o prazo, incluindo os principais poluidores como China, EUA e Índia. Mas, ao menos 75 signatários, que representam 30% das emissões globais, apresentaram novos planos e atualizaram suas metas para incrementar seus compromissos com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Há algumas coisas boas relacionadas às atualizações, dizem os autores. Todas elas refletem compromissos mais ambiciosos do que antes e incrementaram suas medidas de adaptação. Além disso, muitos se empenharam em destacar a importância da proteção das comunidades indígenas na luta contra as mudanças climáticas. Mas, mesmo essas propostas ambiciosas, diz o relatório, são insuficientes.

Combinadas, as 75 propostas reduziriam apenas 1% das emissões de gases de efeito estufa até 2030. E para manter o mundo abaixo de 1,5ºC nós precisamos de uma redução de 45%. Para chegar lá, mais países precisam apresentar seus compromissos, especialmente as nações ricas que são as principais responsáveis pelo aquecimento global. Os cientistas da ONU já fizeram muitos outros relatórios de clima com urgência. Mas, no último, eles elevam muito o tom. “O relatório interino da UNFCCC é uma bandeira vermelha para nosso planeta”, disse o Secretário Geral Antonio Guterres em um comunicado. Segundo ele, se o mundo ainda tem alguma chance de evitar o caos, 2021 é o ano do “ou vai ou racha”. Embora melhorar as promessas aos níveis necessários para atingir os objetivos do Acordo de Paris seja um desafio histórico, também é uma oportunidade importante. Em dezembro o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas avisou que, se as emissões de carbono continuarem a crescer, as temperaturas globais podem subir muito mais do que 3ªC até o final do século. Eles também sugeriram que os planos de recuperação econômica verde que alguns países apresentaram para o pós-pandemia de Covid-19 são uma boa oportunidade para acelerar os compromissos climáticos, Se líderes mundiais usarem os incentivos de forma correta eles podem acelerar o processo de descarbonizar a economia global.

Em novembro de 2021 os signatários dos Acordo de Paris irão se encontrar em Glasgow para a COP26, onde espera-se que eles atualizem seus planos. O relatório deixa claro que as propostas dos líderes precisam ser muito mais ambiciosas ou iremos direto para uma catástrofe. Antes que a COP26 comece a UNFCCC ainda lançará outro relatório, na esperança de que mais países apresentem seus planos. Os autores torcem para que, até lá, eles tenham alguma boa notícia.

Matéria tirada do site: https://gizmodo.uol.com.br/se-nada-mudar-mudancas-climaticas-a-partir-de-2030-serao-catastroficas-diz-novo-estudo-da-onu/

Opinião do Autor

Os seres humanos estão cada vez mais perto do desastre climático que acontecerá dentro de poucos anos, no entanto não conseguem perceber o mal que está por vim e continuam ou acreditam que o futuro caótico que está chegando não os atingirá. As mudanças na economia, na sociedade e na matriz energética não foram feitos. A transição para uma fonte de energia renovável não aconteceu como muitos burocratas prometiam quando foram defendidas no Acordo de Paris em 2015. Hoje fazem 6 anos desde que as intenções foram traçadas entre medidas tímidas e pouco ambiciosas. As mudanças não aconteceram principalmente por que iriam de frente contra as indústrias mais poderosas de nossa atualidade como a indústria petrolífera, empresas essas que por possuir um peso político muito grande impediu que as energias renováveis se tornassem um projeto viável. Com os seus lucros ameaçados os grandes CEOs e executivos destas ditas empresas tentaram confundir a opinião pública com informações falsas e questionamentos contra o Aquecimento Global.

Porém o perigo das mudanças climáticas nos parece a cada ano que passa mais realista, pois vemos que os eventos atmosféricos que antes eram mais brandos e pouco frequente estão piorando muito. Com tempestades, insolação, nevascas, furacões e deslizamentos de terras sendo cada vez mais frequente e intenso. Todos estes fenômenos mais violentos e repentinos irão causar prejuízo material e de vidas para nós, porém tem algo que irá causar um impacto muito maior que é a fome. Sim, a fome. Por que prenuncio isso? Com fenômenos capazes de destruir cidades inteiras é fácil perceber que muitos campos irão sofrer por excesso de chuvas ou por excesso de calor, algo que irá influenciar diretamente a perda de lavouras inteiras. Com 7.8 bilhões de pessoas para alimentar, podemos supor que a distribuição será afetada e muitas pessoas irão passar mais fome do que já costuma passar nos dias de hoje. Essa desigualdade na alimentação irá desencadear guerras e conflitos e irá mergulhar o nosso mundo em um caos que todos terão que esquecer as regras de civilidades para sobreviver.

Acredito eu que somente uma mudança drástica feito agora neste ano, onde mudaríamos toda a nossa economia dependente de petróleo, nosso consumismo exagerado, nossa destruição da natureza e dos mares e a queima generalizada de nossas florestas haveria jeito. Sem isso é somente promessas vazias de burocratas e líderes mundiais que não tem compromisso com o futuro. O ser humano quando surgiu não tinha efeito de uma ameba sobre o planeta, no entanto hoje nosso estilo de vida ameaça a existência de todo nosso planeta e de outros seres que habitam nele.

Davi Freitas

01/03/2021

Kaynne
Enviado por Kaynne em 01/03/2021
Reeditado em 01/03/2021
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