SAMURAI X volume 1: o espadachim ingênuo
SAMURAI X volume 1: o espadachim ingênuo
Miguel Carqueija
Os japoneses dividem sua História em muitas eras, não tão longas assim. Este mangá aborda a Era Meiji,,pegando o ano de 1878 e começando em Shitamachi, distrito no leste de Tóquio. É curioso que comece de forma assustadora, fazendo referência a certo Battousai, um samurai real, apelidado o “Retalhador”. Tendo desaparecido anos atrás numa época de muitos conflitos, é incertamente reconhecido depois num rapaz de doce sorriso com uma grande cicatriz em X na face esquerda, um andarilho que usa o nome de Kenshin. Ele é tão gentil, filosófico e nada machista, que a gente não crê ter sido ele o Retalhador.
O fato é que ele surge defendendo a jovem Kaoru Kamiya, espadachim que dirige um “dojo” (espécie de academia), no momento sem alunos.
Quando um bando de usurpadores violentos tenta se apossar do dojo, o rurouni (mais ou menos, andarilho) Kenshin aparece e enfrenta todo mundo com sua técnica ousada de espada. Para ele, Kaoru está equivocada em ensinar a usar a espada “para a vida”, porque espada é uma arma mortal. Mesmo assim ele prefere a paz à violência.]
Hospedando-se na casa da jovem, o relacionamento entre ambos é cômico: Kaoru acha difícil entender a tranquilidade mortal de Kenshin, que chama a si mesmo, humildemente, “este servo”.
Resenha do volume 1 do mangá “Samurai X” (“Rurouni Kenshin” no original), de Nobuhiro Watsuki. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Tradução: Luiz Octávio Kobayashi. Editora Shueisha, Tokyo, 1994, 2001. No primeiro volume os atos 1, 2 e 3.
“Este servo seu é apenas um espadachim sem lugar para ir.”
(Kenshin Himura)
“Qual é o problema? Todo mundo tem uma ou duas coisas ruins em seu passado.”
(Kaoru kamiya)
“É importante saber os seus limites.”
(Kenshin Himura)
Este primeiro volume, como a gente percebe, vai construindo o clima da história em torno do dojo da Kaoru. A apresentação de Yahiko Myoujin é feita no ato 3 do volume, quando ele, ainda uma criança, aparece como trombadinha, que ao ser pego ainda demonstra atrevimento. Kenshin enxerga qualidades nele e irá ajudá-lo a se livrar da quadrilha que o obriga a roubar. Myoujin acaba no dojo de Kaoru, com quem andará às turras; mas Kenshin, esse nunca se enerva.
Figura sensacional, o samurai Kenshin!
A lamentar a tradução vulgar que espalha “cê” em vez de “você” ao longo da história.
Rio de Janeiro, 11 a 17 de agosto de 2020.
SAMURAI X volume 1: o espadachim ingênuo
Miguel Carqueija
Os japoneses dividem sua História em muitas eras, não tão longas assim. Este mangá aborda a Era Meiji,,pegando o ano de 1878 e começando em Shitamachi, distrito no leste de Tóquio. É curioso que comece de forma assustadora, fazendo referência a certo Battousai, um samurai real, apelidado o “Retalhador”. Tendo desaparecido anos atrás numa época de muitos conflitos, é incertamente reconhecido depois num rapaz de doce sorriso com uma grande cicatriz em X na face esquerda, um andarilho que usa o nome de Kenshin. Ele é tão gentil, filosófico e nada machista, que a gente não crê ter sido ele o Retalhador.
O fato é que ele surge defendendo a jovem Kaoru Kamiya, espadachim que dirige um “dojo” (espécie de academia), no momento sem alunos.
Quando um bando de usurpadores violentos tenta se apossar do dojo, o rurouni (mais ou menos, andarilho) Kenshin aparece e enfrenta todo mundo com sua técnica ousada de espada. Para ele, Kaoru está equivocada em ensinar a usar a espada “para a vida”, porque espada é uma arma mortal. Mesmo assim ele prefere a paz à violência.]
Hospedando-se na casa da jovem, o relacionamento entre ambos é cômico: Kaoru acha difícil entender a tranquilidade mortal de Kenshin, que chama a si mesmo, humildemente, “este servo”.
Resenha do volume 1 do mangá “Samurai X” (“Rurouni Kenshin” no original), de Nobuhiro Watsuki. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Tradução: Luiz Octávio Kobayashi. Editora Shueisha, Tokyo, 1994, 2001. No primeiro volume os atos 1, 2 e 3.
“Este servo seu é apenas um espadachim sem lugar para ir.”
(Kenshin Himura)
“Qual é o problema? Todo mundo tem uma ou duas coisas ruins em seu passado.”
(Kaoru kamiya)
“É importante saber os seus limites.”
(Kenshin Himura)
Este primeiro volume, como a gente percebe, vai construindo o clima da história em torno do dojo da Kaoru. A apresentação de Yahiko Myoujin é feita no ato 3 do volume, quando ele, ainda uma criança, aparece como trombadinha, que ao ser pego ainda demonstra atrevimento. Kenshin enxerga qualidades nele e irá ajudá-lo a se livrar da quadrilha que o obriga a roubar. Myoujin acaba no dojo de Kaoru, com quem andará às turras; mas Kenshin, esse nunca se enerva.
Figura sensacional, o samurai Kenshin!
A lamentar a tradução vulgar que espalha “cê” em vez de “você” ao longo da história.
Rio de Janeiro, 11 a 17 de agosto de 2020.