Ateísmo, essência conceitual e dois grupos predominantes de ateus

O ateísmo é a descrença em divindades. Basicamente isso. De resto, nada impede que um ateu seja: sociopata, egoísta, imprudente ou um altruísta patológico. Também não impede de acreditar em deuses terrenos, em mitos de carne e osso e/ou a seguirem cartilhas ideológicas rígidas, sem qualquer pensamento crítico. Está aí a razão de me identificar como ateu mas de não me identificar com a maioria dos ateus, porque se dividem em dois grupos predominantes: imorais e ideólogos (este segundo que me parece o mais comum). O primeiro justifica seu ateísmo para agir imoralmente. Parece que a maioria daqueles que relativizam a moralidade, chamando-a de ilusão ou desconhecendo-a, são de ateus, desse tipo. O outro grupo não acredita em deuses metafísicos, mas é tão vulnerável a fanatismos e preconceitos quanto o resto da população (e, também, muitos do tipo imoral de ateu), resultando em seu abraço a "mitos" humanos, seguindo ideologias tal como se fossem seitas ou "religiões", mais pela crença do que pelo conhecimento. O ateísmo sozinho é apenas ateísmo, não transforma ninguém em "sábio" por isso. Mas todo "sábio" precisa aceitar os conhecimentos existenciais e, inevitavelmente, o ateísmo.