O ÚLTIMO SUSPIRO DO MEU PAI (17/01/2013)
Naquele momento em que Deus me concedeu a graça de presenciar teu último suspiro, entrelacei minhas mãos em tuas mãos. Ainda senti nelas um pouco de calor, mas notei que estavam inertes. Segurei-as lembrando-me de quando me confortavas pelo meu filho arrancado.
Naquele leito quando o teu último suspiro foi anunciado...uma paz invadiu aquele quarto de hospital..., pois um justo estava sendo chamado para junto do Pai Eterno... Então, segurei a tua mão esquerda e sussurrei: descanse em paz...
E senti que o teu espírito iluminado seguiu para uma nova caminhada, não mais " como cortiça dentro d’agua: ia para onde o vento levava...” como o senhor assim definiu que foi sua vida...Já não fazias parte da dimensão terrena: Teu espírito adormeceu velado pelo Divino Mestre: Jesus.
Não resisti, não me contive. Uma grande emoção tomou conta de mim: As lágrimas escorreram por minha face e tocaram as tuas mãos, como a minha última homenagem.
Foi o que de mais valioso pude te dar naquele momento supremo: o meu pranto de saudade, respeito e de gratidão pelo pai maravilhoso que o senhor sempre foi...
Naquele momento da partida, um paradoxo: Quanta harmonia e serenidade vinda do meu pai invadiu o meu ser. E foi por isso, que ainda tive forças para te dizer sussurrando: Papai vá com Deus, descanse em Paz.
(Noelma Cavalcante de Sousa)