Educação Comparada: Brasil e Japão

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE EDUCAÇÃO (USP)

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FEUSP)

Cristina Barcelos Rodrigues Pinto

Educação Comparada: Japão e Brasil

São Paulo - 2019

1. INTRODUÇÃO

A pesquisa em questão intenciona apresentar o sistema educacional japonês desde o início de seu desenvolvimento até os dias atuais, abordando de forma analítica crítica os fatores sociais, econômicos e políticos que, direta ou indiretamente, influenciaram em sua constituição. Além disso, pretende-se abordar a organização desse sistema de ensino no que se refere a legislação vigente, administração,

financiamento e estrutura pedagógica, em suas diferentes frentes.

Conferindo o teor conceitual da disciplina cuja pesquisa se refere, tem-se

exposto a descrição e características do sistema educacional brasileiro, bem como índices e taxas pertinentes a educação, para fins comparativos.

2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para execução da pesquisa é embasada na análise de fontes e referências bibliográficas referente a temática, sendo algumas delas primárias mas, sobretudo, secundárias em razão da disponibilidade das mesmas, além de páginas oficiais disponíveis na internet tais como a da embaixada do Japão e do Consulado japonês.

Assim sendo, trata-se de uma pesquisa qualitativa documental.

3. HISTÓRICO DO SISTEMA EDUCACIONAL JAPONÊS

A história do Japão é dividida por eras e períodos denominados de acordo com o governo e com a localização da sede desse mesmo governo. Conforme o momento

político, a educação foi sendo desenvolvida, portando características que, direta ou indiretamente, refletiam as próprias características do período em questão.

Considerando o exposto acima, para maior compreensão e organização do trabalho, o histórico educacional japonês será apresentado em consonância com suas eras históricas.

3.1 Século VII ao século XII

3.1.1 Períodos: Asuka 604; Nara 710 e Heian 1192.

Desde os primórdios das eras e períodos, pelos quais a história japonesa se divide e se constitui, tem-se grande influência chinesa no que se refere a pensamentos filosóficos, escrita, religião e política. Dessa forma, a escrita chinesa é introduzida no Japão e, pouco antes do segundo período mencionado é criado o “Código de Taiho”, em 701, estabelecendo a construção escolas para filhos da nobreza e nas províncias.

No decorrer terceiro período apresentado ocorre a proliferação de templos budistas, local onde eram fornecidos ensinamentos e religião.

3.2 Século XII ao século XIX: 1192 - 1603

3.2.1 Períodos: Kamamura a Azichimomoyama

A organização política e militar nipônica se divide entre o poder imperial e local, esse último, representado pelos shoguns e samurais, pertencentes a classe aristocrática guerreira. Nesse momento inúmeras escolas budistas são estabelecidas, sendo que, monges japoneses viajavam para a China e, posteriormente, retornavam trazendo e compartilhando as experiências e ensinamentos adquiridos. Cresce o

número de samurais que recebem educação.

3.3 Século XII ao século XIX: 1603 - 1868

3.3.1 Período: Edo

Esse período foi denominado por estudiosos de “A Paz de duzentos anos” tendo em vista que, em comparação com períodos anteriores, os confrontos e guerras praticamente inexistiram. O Japão passava por um momento de isolamento em um sistema feudal de produção.

No tocante a educação tem-se o prosseguimento da difusão de conceitos

confucianos, respaldados na moral prática e no ensino aplicado dos saberes, além dos métodos de memorização e estudos de clássicos chineses sendo, em sua maioria, textos filosóficos. Tais elementos de ensino seria a base dos estudos práticos do período posterior.

Dois principais tipos de escola se desenvolveram:

1°Tipo: Escola “hanko”, particular e destinada a educação das crianças da classe samurai, chegando a soma de 207 estabelecimentos até o fim do período.

2° Tipo: Escola “terakoia”, localizada nos templos budistas eram destinadas a educação das crianças comuns e da classe samurai, ensinavam valores morais, escrita, literatura e aritmética contando com dezenas e milhares delas até o fim do período. Em alguns dos materiais analisados para compor essa pesquisa, consta a estimativa de 40% de alfabetização entre homens e de 15% entre as mulheres, sendo maior que em alguns países ocidentais da mesma época e, constituindo a base

educacional que possibilitou a rápida modernização dos anos seguintes.

3.4 Século XIX ao século XX

3.4.1 Era meiji: Do feudalismo ao Estado moderno

Período de mudanças e reformas, a Era Meiji representa um salto considerável quanto ao desenvolvimento educacional japonês, conforme destaca Hall (1973):

Em nenhum outro campo de reformas haviam atuado os japoneses com

mais rapidez nem com mais decisão do que no desenvolvimento de um

novo sistema educativo, porque os chefes Meiji comprovaram a

importância da educação como fator primordial da modernização.

(APUD ZAMPIERON; MURASSE, 2005 , p. 38).

3.4.2 Contexto político e antecedentes:

O poder político, econômico e militar concentrava-se nas mãos da aristocracia feudal uma vez que, a figura do imperador, nesse momento, tinha um caráter muito mais decorativo do que de atuação prática. A massa camponesa era explorada e o Japão, como já mencionado, passara por um período de isolamento de duzentos anos em razão do fechamento das estradas e portos aos estrangeiros.

Durante aproximadamente vinte anos, entre 1853 e 1871, os japoneses

sofreram demasiada influência das pressões externas, sobretudo dos Estados Unidos e de alguns países europeus. No ano de 1859 ocorre a abertura dos portos, muito pela pressão exercida pelos Estados Unidos que estava em processo de expansão industrial, posteriormente, em 1868, chega ao fim a hegemonia Tokugawa emergindo, de fato, a Era Meiji sendo que, já em 1871 os senhores feudais são abolidos levando a

queda do poder local, até mesmo em razão do poder imperial centralizador que estava se consolidando por conta da construção de uma nova unidade nacional.

O aparato administrativo do Estado é reelaborado, com a criação de Conselhos e Ministérios, dentre eles o da Educação. Tem-se uma rápida “ocidentalização” da ciência, tecnologia, educação e economia - com relativa preservação da cultura - até mesmo pela absorção das culturas modernas dos Estados Unidos e Europa pela nação moderna japonesa.

3.4.3 Economia:

O Estado japonês passava por grandes mudanças e o desenvolvimento

industrial andava a passos largos. Esse mesmo Estado planejou, construiu e financiou as indústrias que julgou necessárias, preocupando-se com os conhecimentos necessários para a consolidação de uma rede industrial sólida e produtiva sendo que, o governo financiava a vinda de técnicos estrangeiros para o Japão e, da mesma forma, enviava japoneses ao exterior para que pudessem adquirir conhecimentos e práticas industriais. Nesse intuito de preparação e qualificação da mão-de-obra, a educação exerceu um papel fundamental.

3.4.4 Educação

O viés ideológico embutido na educação se mostrava na formação de fiéis servidores do Estado e do imperador, solidificando ideais embasados na disciplina, obediência, pontualidade e religioso respeito (adoração) ao imperador. Era também utilizada como instrumento para formar o homem necessário para a construção de um Estado moderno, sendo a aprendizagem aplicada ao sistema industrial que estava em rápida expansão.

Em meio a tantas mudanças um novo sistema educacional foi formado, com notória aproximação ocidental. Em 1871 foi criado o Ministério da Educação e no ano seguinte, foi promulgado o “Código Fundamental de Educação” que tornava obrigatória a educação primária e estabelecia o sistema de três camadas de ensino sendo elas, a educação básica, o ensino colegial e o ensino superior. A ideia norteadora era de instituir a obrigatoriedade de educação para todos, como aponta Aso e Amano (1883, p.i).

De agora em diante, a educação deverá ser propagada entre o povo

(nobres, ex- guerreiros, agricultores, artesãos e mercadores bem como

as mulheres) de modo que não possa existir nenhuma família analfabeta

nas aldeias e nenhum membro analfabeto nas famílias. Os pais devem

estar totalmente atentos para esta política e, com tratamento cuidadoso,

jamais deixar seus filhos sem receber educação. (APUD ZAMPIERON;

MURASSE, 2005 , p. 39)

3.4.5 Resultados da Reforma Educacional Meiji

Em 1872 tem-se o início do processo de criação de escolas, sendo que em 1883, pouco mais de dez anos, chega-se a marca de trinta mil estabelecimentos escolares além de um crescimento evidente das taxas de escolarização da população japonesa:

1883 - 81%

1900 - 88%

1902 - 92%

1920 - 99%

As políticas e ações públicas não se detiveram a educação elementar, aplicando esforços também na educação de segundo grau e no ensino universitário. Duas das principais universidades do Japão foram criadas nesse período, como a Universidade de Tóquio em 1877 e a Universidade de Quioto em 1890. A primeira delas incluia o primeiro Departamento de Engenharia do mundo (1886) e o primeiro Departamento de Agronomia do mundo (1890).

3.4.6 Pós Segunda Guerra Mundial

Nesse momento o Japão encontra-se ocupado pelas forças Aliadas dos Estados Unidos após sua derrota no confronto. A inflação e o desemprego atingem marcas exorbitantes e o país sofre com a falta de alimentos. Sob comando Aliado, iniciam-se os esforços para reconstrução do território japonês e o processo de reformas ocorre em diferentes frentes, porém, com especial destaque para a reforma educacional.

Em 1946 uma nova constituição é elaborada sob os princípios da democracia. A democratização e desmilitarização do Japão ocorre em paralelo. No ano seguinte, em 1947, é formulada a nova Lei de Educação que ficou vigente, na íntegra, até o ano de sua reformulação em 2006. A educação obrigatória aumenta para nove anos, e o sistema educacional passa a ser de quatro camadas 6-3-3-4.

Além das alterações mencionadas, os métodos de ensino e sua função também sofrem mudanças, sobretudo em decorrência do envio de missões educadoras dos Estados Unidos, composta por professores e profissionais de alto nível, segundo eles.

De qualquer forma é encorajado nos alunos o pensamento independente, o desenvolvimento da personalidade e o direito e responsabilidades da cidadania democrática. Buscava-se da mesma forma incluir mais liberdade de discussão pautada na originalidade, resolução de problemas e pensamento crítico.

Houve a revisão de textos escolares intencionando eliminar propagandas

militarista e ultranacionalista. O sistema educacional foi descentralizado. Adotou-se a filosofia da igualdade e o ensino da paz e da democracia ocorreu por meios não democráticos, assim, Tsuchimochi (1993, p. 214) argumenta que:

A Reforma educacional realizada após a guerra teve por objetivo

eliminar a educação militarista e ultranacionalista, que estava no seu

auge durante o período do conflito, e estabelecer a democracia e ideais

de liberdade e igualdade na educação, tais como o desenvolvimento do

caráter, respeito para com o indivíduo e oportunidades iguais para todos.

A Reforma educacional foi uma imposição dos Estados Unidos, que

mandaram várias missões de educadores de alto nível ao Japão durante

a ocupação. Estas missões, contudo, tiveram a preocupação de

respeitar as tradições culturais do país e de trabalhar em cooperação

com o grupo de educadores japoneses (Apud VALERIA, 2006, p.70).

Em 2006 ocorre a primeira revisão da Lei Fundamental de Educação que passa de onze para dezoito artigos, incluindo medidas que orientam o sistema de ensino a estimular nos alunos uma postura altruísta, o respeito a tradição e a cultura e o patriotismo. Dois anos depois, em 2008, ocorre também a revisão das Diretrizes Curriculares da educação básica, buscando melhorar a educação por meio da promoção de habilidades, conhecimentos gerais e aumento das horas de aula. A

introdução das novas medidas entraram em vigor em 2012 para o ensino primário e 2013 para o ensino fundamental.

4. HISTÓRIA DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

4.1 Brasil Colônia 1500 - 1822

Nesse período tem-se o domínio da educação jesuítica que durou mais de duzentos anos (1549 até 1759), quando foram expulsos sob orientação de Marquês de Pombal. A fé cristã é propagada por meio do ensino religioso sobretudo aos nativos. A aculturação indígena é de grande interesse para os colonizadores, promovendo a “domesticação” dos nativos. Em uma escala muito menor, também são fundadas escolas de ler e contar.

Em 1808 a família real portuguesa abarca no Brasil e a educação e cultura são impulsionados com a criação de instituições culturais e científicas, ensino técnicos e até os primeiros cursos superiores. Porém os esforços são voltados para atender as necessidades imediatas da corte, com foco para educação secundária em detrimento da instrução primária. O caráter da educação segue elitista e desigual com a grande

massa populacional analfabeta.

4.2 Brasil Império 1822 - 1889

4.2.1 Primeiro Reinado - Investida Legislativa

Após dois anos da independência do Brasil, é promulgada a constituição de 1924 que fazia menção à gratuidade do ensino. Em 1827 é criada a Lei de Educação que previa escolas em todas as vilas, todavia, por falta de esforços e investimentos, a proposta não é efetivada.

4.2.2 Período Regencial - Ato Adicional de 1834

Com o Ato Adicional de 1834, a legislação da educação primária passa a ser delegada para as províncias, favorecendo a descentralização das políticas educacionais, afastando o governo central de qualquer tentativa de criação de um sistema de ensino unificado. A vigência dessas diretrizes pode ser verificada em momentos posteriores.

4.2.3 Segundo Reinado - Instituições Culturais

Por conta da cultura e instrução atribuídos ao imperador Dom Pedro Segundo, tem-se nesse período a criação de centros e instituições de cultura e de ensino que, todavia, continuam direcionados a elite ao passo que pode-se verificar ausência de políticas públicas e investimentos em educação. Por isso já no fim do século XIX a grande maioria da população continua com pouca ou nenhuma instrução

4.3 Brasil República - Espada e Café com Leite 1889 - 1930

O sistema educacional continua descentralizado e voltado para a elite, porém, após a primeira guerra mundial surgem os movimentos educacionais que reivindicavam igualdade e obrigatoriedade da educação, contando com a primeira grande geração de educadores.

4.3.1 Era Vargas - Entre avanços e retrocessos 1930 - 1945

Em consonância ao surgimento dos movimentos educacionais, dois anos após a entrada de Vargas no poder, ocorre em 1932 o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, sob a ótica dos ideais da Escola Nova. A nova constituição, de 1934, cedeu um capítulo para a temática da educação que contava com um caráter nacionalista, limitando em certa medida a atuação dos estados.

A partir de 1937, com a instauração do Estado Novo, período ditatorial do governo varguista, pode-se constatar o início do movimento de instauração de um organizado sistema de ensino, com a delimitação de obrigações do Estado e dos entes federativos.

4.3.2 Segunda República, Ditadura Militar e Redemocratização 1946 até dias atuais

Logo após o fim do governo de Vargas, em 1946 é promulgada uma nova constituição no início do governo Dutra onde, pela primeira vez, a educação aparece como um direito para todos. Evidenciam-se os movimento de educação popular com foco na alfabetização de adultos e, embora durante o regime militar as iniciativas populares tenham sido talhadas e a evolução do desenvolvimento educacional tenha sofrido dado retrocesso por conta de constantes intervenções. O caminho da

solidificação legislativa e, relativamente prática de um sistema de ensino organizado e eficaz continuariam sendo trilhados. A constituição federal de 1988 converge com esse objetivo. Além disso, pode-se mencionar nos três períodos citados, a elaboração e vigência da LDBEN, dos anos de 1961, 1971 e 1996, respectivamente.

5. SISTEMA EDUCACIONAL DO JAPÃO:

5.1 Organização escolar

O shogakko (equivalente ao fundamental I no Brasil), chugakko (equivalente ao fundamental II no Brasil) e as escolas para as pessoas com necessidades educacionais especiais são instaladas pelas secretaria municipal de educação de cada região, e são elas as responsáveis por estes ensinos, já o kotogakko (equivalente ao ensino médio no Brasil) geralmente são de responsabilidade da secretaria provincial de educação. O órgão responsável pela educação no governo é o MEXT (Ministério da Educação, cultura, esporte, ciências e tecnologia).

5.1.1 Ano letivo

O ano letivo nas escolas é dividido em 3 períodos, o primeiro deles é o Ichigakki (de abril a julho). O que marca esse período é a cerimônia de ingresso, a medição corporal e exames periódicos de vista, audição, eletrocardiograma, urina e parasitas.

Há também atendimentos feitos pelo médico residente escolar em clínica geral, oftalmologia, otorrinolaringologia e odontologia. Diante disso, é importante ressaltar que as escolas japonesas se preocupam muito com a saúde e segurança de seus estudantes, assim, é comum ter em seus estabelecimentos uma enfermaria e um médico. Além disso, nesse começo de ano são realizadas excursões de atividades experimentais e visitas, onde geralmente os alunos são divididos em grupos , escolhem

o local que desejam explorar e fazem as suas pesquisas. Outro evento relevante no Ichigakki é a visita dos pais a sala de aula, sendo que a proposta para esse dia é que os responsáveis, junto com e os seus filhos, possam assistir às aulas e conversar sobre a rotina escolar com os professores.

Após as férias de verão (final de julho a final de agosto), inicia-se o segundo período letivo das escolas japonesas, o Nigakki (de setembro a dezembro), sendo característico dessa fase a cerimônia de início das atividades, a gincana (torneio estudantil), apreciação de peças musicais ou teatrais e apresentação artística e cultural dos estudantes. Assim, os educando entram nas férias de inverno (final de dezembro a início de janeiro) com duração de duas semanas.

O último período é o sangakki (de janeiro a março) que tem início com a

cerimônia de abertura das atividades. Posteriormente é organizada a cerimônia de formatura em março e, por fim, a cerimônia de encerramento no mesmo mês.

5.1.2 Rotina escolar

A rotina pode variar dependendo do estabelecimento escolar mas, no geral, os educandos costumam chegar as 08 horas da manhã com pouca tolerância para atrasos, sob o risco do registro de falta pelo professor se passar desse horário. Após a chegada, os alunos fazem uma leitura que não seja gibi ou mangá e, aproximadamente às 08:20 é feito o asa no kai que é a verificação se alguém da sala de aula está doente ou se não tomou café da manhã em casa, já que esta refeição não é oferecida na

escola. Além disso o professor faz as orientações do dia aproveitando também para passar informações que julgue necessárias.

Depois da quarta aula é servido o almoço com duração aproximada de 30 minutos, sendo considerado uma parte importante da educação, tanto que é feito em sala de aula e tudo é organizado pelos alunos, isto é, eles preparam a sala para receber a comida, servem, retiram os utensílios utilizados e limpam a sala, diferente de como acontece no Brasil, em que os alunos muitas vezes não tem a autonomia nem de

servir o próprio prato. Ao terminar eles vão para o intervalo que dura também mais ou menos meia hora, logo depois tem a 5° e a 6° aula, mas nem sempre ocorre a 6° aula, principalmente para as turmas do primário.

Ao término da última aula, cada estudante tem a responsabilidade de limpar algum setor da escola, assim, desde o início do ano a escola orienta os educandos sobre essa questão e eles já sabem o dia e o local que vão limpar durante todo o ano letivo. Por fim, é feito o kaerino kai tempo destinado para que o professor faça algumas observações do dia.

Após o período de aula tem-se o bukatsu que são as diversas

atividades esportivas e artísticas. Não é obrigatório permanecer no bukatsu, entretanto muitos alunos tendem a participar..

5.2 Etapas da escolarização

5.2.1 Jardins de infância (yochien) e creches (hoikuen)

Nesta etapa da escolarização há crianças de 1 a 5 anos de idade e de acordo com o site da embaixada do japão no Brasil a frequência total de crianças é de 95%.

Há escolas públicas e particulares, no entanto existem mais estas do que aquelas e a pedagogia nesses estabelecimentos pode variar muito, isto é, tem tanto as escolas que reconhecem a importância das brincadeiras na formação educacional dos pequenos, quanto as que são focadas desde de cedo na alfabetização e no treinamento mental.

Dessa forma, não há uma orientação do governo na implementação de um currículo padrão, por isso cada escola tem uma certa liberdade para moldá-la de acordo com que acreditam e acham necessário.

5.2.2 Escola primária de 6 anos (Shogakko)

Na escola primária onde a matrícula é obrigatória, frequentam crianças de 6 à 12 anos de idade e há uma professora que leciona todas as disciplinas exceto artes e música. Geralmente as turmas são de 30 a 40 alunos no máximo e as aulas duram 45 minutos, com intervalo de 10 minutos entre as aulas.

Já o currículo escolar inclui as matérias; língua japonesa, estudos sociais

(Estuda a forma de vida na sociedade, território, geografia e história japonesa), matemática, ciências, vida cotidiana (esta matéria é da 1° e 2° série e estuda os costumes e a natureza, sendo uma mistura de estudos sociais com ciências), música, marcenaria e desenho, educação física, tarefas domésticas, educação moral (estuda a história do país, seus heróis, princípios, o respeito à cultura e ao próximo), atividades

de idioma estrangeiro (que normalmente é o inglês), estudos gerais (pode ser uma grande variedade de assuntos como por exemplo estudos internacionais, meio ambiente, atividades voluntárias, etc.) e atividades extracurriculares (a maioria dos alunos as realizam após o período de aula, sendo atividades esportivas ou artísticas).

5.2.3 Ensino fundamental de 3 anos: (chugakko)

No Chugakko que também é um ensino obrigatório, as aulas duram geralmente 50 minutos com intervalo de 10 minutos entre as aulas sendo um professor para cada matéria. O currículo inclui língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciências, música, artes, educação física, educação domésticas (O estudante aprende técnicas que visa uma melhor qualidade de vida através de atividades de cozinha, costura e

outras necessidades básicas), língua estrangeira, educação moral, estudos gerais e atividades extracurriculares. Por fim, um aspecto importante a ser frisado é que no ensino obrigatório não têm reprovações e os alunos cursam as séries em concordância com a idade.

5.2.4 Ensino médio de 3 anos: (Kotogakko)

O kotogakko não é obrigatório, entretanto a maioria das escolas são públicas e grande parte dos (as) japoneses (as) continuam os estudos. Além disso, é preciso fazer uma prova de desempenho para entrar no Kotogakko, considerada bastante concorrida e difícil para ingressar no caso das escolas consideradas as melhores. Para os estudantes que frequentam escolas integradas com ensino fundamental e médio o

teste não é necessário, no entanto, essas escolas são poucas comparadas com o total.

Assim como no Brasil, no Japão existem os cursos comuns e profissionalizantes. Dessa forma, o currículo padrão nessa fase inclui as seguintes matérias; língua japonesa, matemática, ciências, geografia e história, artes, educação civil, uma língua estrangeira (quase sempre inglês), educação física e saúde, técnicas de tarefa doméstica, informática, estudos gerais e atividades extra curriculares, sendo que os

profissionalizantes ministram as matérias de acordo com a sua área de atuação tendo a possibilidade de diminuir a carga horária do currículo comum.

5.2.5 Escolas especiais

Essas escolas são gratuitas e existem tanto as que são apenas para as pessoas deficientes (as tokubetsu shien gakko), quanto as escolas com salas de apoio parcial (tsuukyuu shido shitsu) e as escolas fundamentais shogakko e chugakko com classes para alunos que necessitam de cuidados especiais (tokubetsu shien gakkyu), ou seja, diferente do Brasil que está caminhando para uma educação mais inclusiva, no Japão

ela é excludente e não enxerga vantagens na inclusão de pessoas com necessidades especiais nas salas de aulas comuns, porque se tem em mente, não só no japão mas na maioria dos países, que essas pessoas atrapalham o desenvolvimento das aulas e consequentemente de todos os estudantes, porém as pessoas deficientes são invisibilizadas e este é um assunto pouco debatido.

Dessa forma, para que estas sejam incluídas em uma escola “normal”, é preciso transformá-la estruturalmente, já que não é as pessoas deficientes que tem que se adaptar aos espaços escolares, mas sim as escolas se adaptar às diversidades da população, como se argumenta nas discussões entre integração e inclusão:

Muito se tem escrito sobre as diferenças entre “integração” e “inclusão”

(Correia, 2001; Rodrigues, 2001, 2013). Afigura-se, consensualmente,

que a integração pressupõe uma “participação tutelada” numa estrutura

com valores próprios e aos quais o aluno “integrado” tem de e adaptar.

Diferentemente. a EI [Educação Inclusiva] pressupõe uma participação

plena numa estrutura em que os valores e práticas são delineados tendo

em conta todas as características, interesses, objetos e direitos de todos

os participantes no ato educativo. (TORGA, 2006, p. 303)

5.3 Universidade de 2 a 4 anos:

De acordo com o site da embaixada do Japão no Brasil, em 2012 a maioria dos estudantes eram do sexo feminino e 77% das universidades e 93,1% das faculdades eram privadas. Diante disso, o site da embaixada ressalta também que em 2004 99 universidades nacionais foram reorganizadas em 87 instituições.

Além disso, neste mesmo ano essas universidades que eram de

responsabilidade do Ministério da educação, cultura, esportes, ciências e tecnologia foram transformadas em instituições administrativamente independentes com a finalidade de torná-la mais competitiva para que pudesse desenvolver pesquisas voltadas para o mercado de trabalho e assim estreitar as suas relações com as empresas. Por fim, a pós graduação dura de 2 a 5 anos e é realizada em instituições

próprias para a pós graduação.

5.4 Recursos necessários para os estudos

Os pais ou responsáveis dos alunos tem que arcar com as despesas dos

materiais escolares como a mochila padrão recomendada pela direção escolar, o estojo, lápis, borracha, apontador, uniforme, instrumentos musicais caso a escola solicite, excursões escolares, a refeição da escola, entre outras coisas.

No japão as taxas de inscrição e das aulas no shogakko e no chugakko são gratuitas, entretanto no jardim de infância, no ensino médio e nas universidades, mesmo sendo instituições públicas, elas são pagas, porém são muito mais baratas comparadas às do setor privado.

No caso em que os pais não conseguem arcar com as despesa escolares,

mediante a comprovação na secretaria municipal de educação e comarcas, eles receberão auxílio financeiro. Além do mais, os livros didáticos são gratuitos e as escolas utilizam os livros que são avaliados e aprovados pelo MEXT, visando a padronização do ensino, a objetividade e neutralidade em questões políticas e religiosas. Com isso, o governo os avalia e envia os recomendados para a diretoria de educação local que escolhe os livros a ser distribuídos às escolas.

6. A PEDAGOGIA NO jAPÃO

As escolas japonesas valorizam muito a disciplina, a obediência às regras, o trabalho em grupo, a cultura tradicional japonesa e uma educação prática, ou seja, uma educação apoiada em atividades que são consideradas relevantes e que são utilizadas no cotidiano das (os) japoneses (as). Para isso, os estabelecimentos escolares no Japão são bem estruturados, com salas ambientes e variados recursos, apesar do

ensino ainda ser considerado rígido e “tradicional”, como enfatiza a Nilta:

Em muitas escolas, as aulas ainda seguem práticas pedagógicas

bastante tradicionais e centradas na transmissão de conhecimentos. Por

outro lado, as escolas públicas japonesas possuem uma infraestrutura

que viabiliza a efetivação das atividades pedagógicas exigidas e/ou

propostas como metas para a educação. Além das dependências

comuns, normalmente a escola pública possui uma “sala-cozinha” [para

as aulas de culinária], um ginásio coberto, uma piscina e uma área

poliesportiva [um grande pátio de terra arenosa]. (DIAS, 2017, p.612)

Dessa forma, as escolas japonesas apresentam muitas contradições, pois ao mesmo tempo que tem uma pedagogia que dialoga com a vida dos estudantes e práticas que estimulam a autonomia destes, existe um controle muito rigoroso de suas atitudes e pouca margem para as suas participações em sala de aula, seus erros, dúvidas e questionamentos, isto é, tem uma pedagogia baseada na autoridade do professor. Com isso, também tem muitas regras que devem ser seguidas com relação

às vestimentas e acessórios, como por exemplo não poder pintar as unhas, fazer sobrancelhas, pintar o cabelo, passar maquiagem, colocar brincos, pulseiras, colares, objetos coloridos e entre outras coisas que destoam do grupo de estudantes, ou seja, que fuga da homogeneidade (DIAS, 2017).

De acordo com Nilta Dias (2017), essas questões mencionadas acima são decorrentes da influência da filosofia confucionista que tem como princípio a “primazia do grupo sobre o indivíduo” (NILTA apud ZHOU, 2001, p. 259) e ao sistema hierárquico senpai–333;hai, que define o comportamento de um indivíduo ou grupo nas relações sociais de acordo com a posição hierárquica dos sujeitos, criando desigualdades sociais e um sistema de subordinação com base nos sujeitos considerados superiores, o que gera violências, como enfatiza Gleicione;

O atual sistema educacional vem enfrentando problemas em sua

estrutura, algumas mudanças já estão sendo introduzidas mediante

propostas governamentais, e questões sociais emergentes: o aumento

dos níveis de violência nas escolas, o número crescente dos índices de

evasão escolar e aumento de idosos desamparados. O sistema atual é

hierárquico, voltado para o rendimento acadêmico, onde a transmissão

dos conhecimentos acontece de forma unilateralmente, sendo o

professor, o detentor do conhecimento. “A política educacional ainda

está pautada pelo nacionalismo e pelo sistema de mérito, onde a

competição baseada em exames, avaliações e maratonas são bastante

incentivados” (Id. Ibid.). (SOUZA, 2007, p.76).

Diante disso, o professor exerce um papel muito importante e é bastante

valorizado na sociedade japonesa, sendo o responsável pela educação integral dos (as) alunos (as) em todos os aspectos como o comportamental, moral, ético e o pedagógico, diferente de como acontece no Brasil em que é comum ouvir dos professores que a educação do ponto de vista do comportamento se aprende em casa.

Assim, a escola no geral exerce um certo controle sobre a vida dos educando, até mesmo fora da escola, que por sua vez, também está sob controle do governo:

O professor, no processo educacional japonês, tem a missão de educar

o aluno de forma geral, ou seja, ele intervem na educação dada pela

família e exige obediência. Além dessa atitude ser acatada pela

sociedade japonesa, o professor tem status, prestígio social e

conseqüentemente é uma figura de destaque, o que evidencia a alta

remuneração em relação aos demais profissionais japoneses - é alto

também em relação a outros países- (Okamoto apud Kawamura, 2000).

Por outro lado, há um acentuado controle governamental sobre a

formação e prática docente, com os reflexos da política

nacional-militarista da era Meiji, tendo o domínio sobre o conteúdo e

método de ensino, como também o controle do Estado sobre a

capacitação de professores, os livros didáticos e a filosofia da educação.

(SOUZA, 2007, p.74) .

7. INFLUÊNCIAS DO NEOLIBERALISMO NO SISTEMA EDUCACIONAL

JAPONÊS

Laval (2004) argumenta que as agências internacionais criam discursos que influenciam a educação de todos os países, visando a padronização do ensino, a eficácia produtiva e a escola como espaço importante na inserção profissional, o que quer dizer adaptar as instituições escolares às necessidades do mercado de trabalho e para essa nova organização do capitalismo criar trabalhadores flexíveis que estejam aptos a lidar com as diversas situações que se apresentam nessa estrutura capitalista.

Desse modo, as empresas exercem uma determinada influência nas escolas japonesas, criando um ambiente muito competitivo em que a eficácia e o bom desempenho escolar são altamente valorizadas. Algumas escolas funcionam até como centro de pesquisa para os interesses do setor privado, sendo que estudantes japonesas criam produtos para as empresas em uma parceria com as instituições

escolares, como destaca Souza quando discute a formação de professores no Japão:

Kawamura (2000) afirma que a formação do professor vem enfatizando

os métodos, pois os conteúdos já se encontram preestabelecidos pelo

governo (Monbusho), com uma abordagem tecnicista e conservadora,

prejudicando a formação crítica do professor no sentido de educar para

a emancipação humana, para a defesa dos direitos sociais e mudança

política. Isso torna clara a necessidade da escola não ficar alheia às

questões sociais, e mudar o foco, já que tem ocorrido um estreitamento

articulado com os interesses empresariais. A escola tem sido

fornecedora de mão-de-obra para as indústrias. No Japão não existe

agência de trabalho, é através da escola, com um bom nível, que as

empresas irão recrutar os trabalhadores, ficando as mães na luta para

matricular os filhos nas melhores escolas.. (SOUZA, 2007, p. 76).

Logo, o japão aderiu a lógica neoliberal que se apropria das produções dos conhecimentos científicos tanto nas escolas como nas universidades para satisfazer as necessidades das empresas e gerar mais lucro, o que exige da população aumentar a sua escolaridade.

Essa profissionalização da educação como um todo atém-se a um

duplo imperativo formulado pelas empresas desde os anos de 1980: de um lado o conhecimento deve estar no centro da reorganização do trabalho, o que passa pelo aumento do nível escolar de todos os assalariados enquanto de um outro lado uma maior eficácia e uma maior flexibilidade são esperadas dos assalariados. (LAVAL, 2004, 80).

O país em questão, durante toda a sua história colocou a educação em um lugar central da sua organização, assim, com a influências dos Estados Unidos e seu alto desenvolvimento tecnológico/industrial, a escola passou a caminhar junto com essa questão do desenvolvimento e da modernização, sendo diretamente atingida pela

posição que o país ocupa no mundo globalizado.

8. EDUCAÇÃO DO BRASIL E DO JAPÃO: CAMINHO E CONTRASTES

Após a apresentação do desenvolvimento do sistema educacional dos dois países, sob uma perspectiva social, política e histórica, torna-se evidente a discrepância dos caminhos tomados para obtenção desse fim.

Dessa forma, foram elencadas as principais características dos dois sistemas e a posterior consequência

delas no tocante aos níveis educacionais dos países em questão. Para melhor compreensão e organização, tais características serão apresentadas em tópicos:

8.1 Japão

- Difusão de conhecimentos

- Cultura de estudos

- Educação como prioridade governamental

- Sistema de ensino organizado e unificado

- Políticas públicas

- Investimento do governo com gasto em educação foi de 3,6%*1 do PIB em 2014

- O índice de desenvolvimento humano foi de 0,909 em 2017 *2

- A taxa bruta de matrículas para todos os níveis de ensino é de 89,15659 % *3

- Valorização do professor com prestígio social e um bom salário

- Igualdade e obrigatoriedade

- Altos índices de escolarização

1 Informações retiradas do site paises do IBGE 2 Informações retiradas do site paises do IBGE 3 Informações retiradas do site paises do IBGE

-Respeito às regras e a disciplina

- Pedagogia baseada na transmissão do conhecimento e na autoridade do professor

- Estimula o trabalho em grupo e a autonomia dos estudantes

8.2 Brasil

- Educação que teve origem religiosa

- Caráter elitista

-Omissão do Estado

- Descentralização da educação

- Desigualdade regional

- Gasto com a educação de 5,9% do seu PIB em 2014 4

- O índice de desenvolvimento humano foi de 0,759 em 2017 5

- A taxa bruta de matrículas para todos os níveis de ensino em 2015 foi de 90,66216 6

- Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos os mais é de 92,0479 7

- Desvalorização da educação e do professor

- Desvalorização das culturas populares brasileiras

- Sistema de ensino organizado tardio, assim como sua universalização

- Analfabetos funcionais

- Baixa escolarização

4 Informações retiradas do site paises do IBGE 5 Informações retiradas do site paises do IBGE 6 Informações retiradas do site paises do IBGE 7 Informações retiradas do site paises do IBGE

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a conclusão da pesquisa foi possível perceber as diferenças e

semelhanças existentes entre os sistemas de ensinos mencionados, tanto no tocante ao desenvolvimento histórico e político, quanto a prática educacional oferecida por eles. Deve ser considerado nesse contexto, as devidas diferenças quanto a formação política e social de cada país mencionado.

O desenvolvimento do sistema de ensino brasileiro pautou-se em um caráter elitista e descentralizado, além uma tardia universalização. O Japão por sua vez se adiantou na escolarização de seus habitantes, sobretudo nas décadas finais do século XIX, durante a Era Meiji e suas reformas, chegando a marca de quase 100% de população alfabetizada.

Além disso, temos como prova incontestável os índices educacionais, apontados por organismos nacionais e internacionais, demonstrando a disparidade nas escalas de educação, onde o Brasil ocupa posições inferiores diferente do Japão que aparece nos primeiros lugares.

Podemos citar semelhanças como práticas pedagógicas, número de alunos por classe, etapas e anos da educação básica, quantidade de anos de educação compulsória, influência de administração escolar e práticas pedagógicas estado unidenses, dentre alguns outros fatores de aproximação.

Porém, quando citamos educação Brasil e Japão é evidente que a tônica são as diferenças, principalmente quanto a questão cultural atribuída aos estudos fomentada pelos japoneses, fato que na nossa sociedade de aculturação indígena, escravocrata, e colonizada, não foi possível, senão de maneira tardia, muito mais pela pressão de movimentos sociais pela educação do que pela boa vontade pública.

10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Washington Lair Urbano. A história da educação no Brasil: da descoberta à lei de diretrizes e bases de 1996. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium. Lins, 2009.

COSTA, Messias. O desenvolvimento educacional do Japão. Fórum educativo, Rio de Janeiro, p. 67-73, jan./mar. 1985.

DIAS, Nilta. Crianças e jovens brasileiros no Japão: educação, cultura e inquietudes.

Quaestio, Sorocaba, SP, v. 19, n.3, p. 607-629, dezembro, 2017.

EMBAIXADA DO JAPÃO NO BRASIL. Página de divulgação e cultura. Japan Fact Sheet- Educação. Disponível em:

<https://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/educacao.html> Acesso em: 25 de novembro de 2019

HIROSHI, Kida (1988). Característica da educação japonesa. [Documento PDF].

IBGE. Site paises. Disponível em: <https://paises.ibge.gov.br/#/>. Acesso em: 25 de novembro de 2019.

LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: O neo-liberalismo em ataque ao ensino público. Tradução de Maria Luiza M. de Carvalho e Silva - Londrian: Editora Planta, 2004.

MELLO, Valéria Maria Sampaio. Intervenção e influência norte americana sobre a cultura educação japonesa e brasileira no pós-guerra mundial: o despertar da memória pela oralidade. Tese de doutorado apresentada pela faculdade de educação na universidade federal do ceará (UFC). Fortaleza, 2006.

Ministério da educação, cultura, esportes, ciÊncias e tecnologia do Japão. Guia escolar: procedimentos para a matrícula em escola japonesa. Edição abril de 2015.

Disponível em

<http://www.mext.go.jp/component/english/__icsFiles/afieldfile/2016/06/24/1303764_01

3.pdf>. Acesso em: 25 de novembro de 2019

SOUZA, Gleicione Aparecida Dias Bagne de. Contributo para o estudo da formação inicial do professor: um estudo comparativo em torno da inovação curricular. Tese de doutorado no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. Braga, p.73-80, 2007.

TORGA, Miguel. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva / David Rodrigues (org.). - São paulo : Summus, 2006.

UNESCO. Membros das escolas associadas. Relato da viagem pedagogia ao Japão. Disponivel em http://espacoabertocedi.com.br/wp-content/uploads/2018/01/BoletimJapao.pdf>

ZAMPIERON, Marilete; MURASSE, Celina Midori. A educação pública no processo de construção do estado moderno: Brasil e Japão, 1868 a 1878. Revista Histedbr online, Campinas, n.17, p. 33 - 42, mar. 2005.

Cristina Barcelos Rodrigues Pinto
Enviado por Cristina Barcelos Rodrigues Pinto em 12/02/2020
Reeditado em 12/02/2020
Código do texto: T6864447
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