"Batman: a piada mortal" com roteiro de Alan Moore e arte de Brian Bolland: pode um único dia ruim transformar um homem bom em um psicopata?
"Batman: a piada mortal", aquela que é considerada uma das melhores HQs da história, com roteiro de Alan Moore e ilustrado por Brian Bolland. Publicada originalmente em 1988, a HQ é provavelmente a melhor versão já feita do personagem Coringa. Aqui, sua origem é contada, mostrando como um homem de bem pode, após um único dia ruim, se transformar num psicopata lunático. Essa é a melhor história para a origem do personagem e um mergulho profundo em seu desenvolvimento. Embora Batman esteja no título, trata-se de uma HQ do Coringa, onde o homem-morcego atua como coadjuvante. Destaque para o excelente roteiro de Moore (a divagação sobre loucura é genial) e a bela arte de Bolland, principalmente nos flashbacks em preto e branco, com tons vermelhos destacando objetos importantes na construção de cada quadro. Um trabalho primoroso, que ganha ainda mais destaque na edição de luxo que tenho em mãos, com capa dura, e que traz ainda uma boa história de Bolland chamada "Sujeito inocente", bem como a primeira aparição do Coringa em uma história roteirizada e ilustrada pelo próprio Bob Kane, criador do Batman, na década de 40, além de prefácio, posfácio, biografia dos autores e textos sobre o desenvolvimento da arte. Uma excelente edição!
(VÁRIOS: arte, cores e roteiro de Bob Kane; arte, capa, cores, posfácio e roteiro de Brian Bolland; letras de Denise Araújo; prefácio de Tim Sale; roteiro de Alan Moore; tradução de Art & Comics/DVL. Batman: a piada mortal: edição de luxo. Barueri: Panini Books (DC Comics), 2011, 90 páginas)
P.S.: Crítica escrita em 2014.