"Homem-Aranha: Azul" com roteiro de Jeph Loeb e arte de Tim Sale: uma das melhores histórias do aracnídeo
"Homem-Aranha: Azul", HQ com história dividida em 6 partes (3 revistas, na edição de 2002, da Panini), com roteiro de Jeph Loeb e arte de Tim Sale. Trata-se de uma das melhores histórias já escritas para o aracnídeo e, sem dúvida, é a melhor que já li!
A história começa com Peter Parker diante da ponte de Manhattan, onde o romance dele com Gwen Stacy, sua primeira namorada, terminou tão abruptamente. Peter joga uma rosa no mar homenageando-a. O ritual se repete todo ano, sempre no dia dos namorados. Peter, diante dessa tristeza, resolve gravar uma mensagem para Gwen, como se ela estivesse diante dele, falando tudo aquilo que ele não pôde dizer pra ela. Ele relembra de como se conheceram, fala das pessoas que fizeram parte da história dos dois, lembra das batalhas com inimigos que o impediram de dedicar um tempo maior para ela. Peter ainda fala de Mary Jane, de como a conheceu, da rivalidade que ela tinha com Gwen e como chegou a ficar dividido entre ambas. Enfim, Peter, falando consigo próprio, tenta amenizar a culpa de não ter dito para Gwen o quanto a amava.
O grande mérito do roteiro está no bom desenvolvimento dos personagens. Por ser uma HQ, isso é um mérito considerável. A arte de Tim Sale é ótima. Como um todo, a obra possui um tom nostálgico, o que se deve principalmente ao fato da HQ ser também uma homenagem a Stan Lee e Steve Ditko (criadores do Homem-Aranha), além de John Romita Jr. (responsável por histórias notáveis do personagem). Leitura obrigatória!
(LOEB, Jeph; SALE, Tim: argumento e arte de Jeph Loeb e Tim Sale; cores de Steve Buccellato; design de John Roshell; letras de Daniel de Rosa; tradução e adaptação de Helcio de Carvalho e Jotapê Martins. Homem-Aranha: azul # 1-3. São Paulo: Panini Comics (Marvel Comics), 2003, 52 páginas em média)
P.S.: Resenha escrita em 2014.