"Constituição do sujeito, Subjetividade e Identidade"
Esse texto é, na verdade, um RESUMO de um artigo:
MAHEIRIE, Kátia. *Constituição do sujeito, Subjetividade e Identidade.* 2002
O artigo "Constituição do sujeito, Subjetividade e Identidade", da doutora em Psicologia Social pela USP-SP, Kátia Maheirie, trata-se da busca por compreender o conceito de subjetividade e identidade. Nesse sentido, a autora trabalha com a noção de consciência e define: "Compreender a consciência como relação ao objeto, ela se faz sempre consciência daquilo que ela não é, como relação efetiva a esse objeto" (página 33)
Fundamentando em Sartre, nesse sentido da consciência, a autora entende a objetividade como ser em-si; o ser é em-si mesmo sua existência, pois não está em relação a. Já a subjetividade, que só existe em relação a, é ser para-si: "o para-si é o tipo de ser que é para si mesmo, ou seja, é um tipo de ser que estabelece sentidos, significados para o mundo e também para si mesmo" (página 33)
Nessa compreensão, consciência e subjetividade são conceitos que levam a mesma noção de que o sujeito é capaz de negar o em-si, a objetividade como "dimensão absoluta".
A subjetividade compreendida nesse sentido, são as experiência e significados que o próprio sujeito, em constante construção de si, da a sua existência, objetividade.
Dizer que a subjetividade nega a objetividade não é separar os conceitos, mas entendê-los como significado e existência, respectivamente. A objetividade é a compreensão da existência do ser dentro de determinada realidade e a subjetividade é a experiência dessa existência, é como se significa a vida, o ser, tudo. Negar a objetividade é dizer que a percepção da existência pode ser uma única e decretada devido a fatores biológicos, genéticos, corporal, etc., mas que na verdade se é possível afastar-se desses fatores e ser o que e como se significa individualmente, pessoalmente e coletivamente a existência.
Subjetividade e objetividade não são a mesma coisa, mas uma necessária a outra: para que exista subjetividade é preciso necessariamente da objetividade, haja vista que só se pode significar uma existência se ela de fato existir.