NISEKOI volume 1: o romance impossível
NISEKOI volume 1: o romance impossível
Miguel Carqueija
Um dos mais divertidos mangás que já tenho lido, conta um entrecho colegial que equivale a um curioso triângulo amoroso. O adolescente Raku Ichijou guarda uma nebulosa lembrança da infância, quando uma menina cujo nome ele não lembra deu-lhe um cadeado e ficou com a chave, como sinal do reconhecimento quando se reencontrassem um dia — e então se casassem.
Dez anos depois Ichijou está no primeiro ano colegial e tem uma queda pela colega de classe Onodera e suspeita que ela seja a menina da promessa. Um dia porém algo inacreditável acontece: uma nova estudante, uma loura chamada Chitoge Kirisaki, vinda dos Estados Unidos, chega atrasada, esbarra com o portão fechado e numa demonstração espantosa de agilidade dá uma cambalhota e num impulso cai sobre o muro e cai do outro lado... em cima de Ichijou, amssando o coitado. Ela pede desculpas de qualquer maneira e sai correndo. A partir daí eles só brigam com ofensas mútuas e logo na primeira discussão, ao chamá-la de troglodita Ichijou leva um soco pela cara.
Mas o destino vai brincar com esses dois que se dão tão mal. Ambos são filhos de mafiosos (no Japão são conhecidos como “yakuza”) cujas gangues estão prestes a iniciar uma guerra. Os dois chefes porém são amigos e para evitar que os mais jovens iniciem o conflito decidem que Ichijou e Kirisaki serão namorados pelos próximos três anos. Para evitar a guerra entre a Yakuza e a gangue Behine, do pai de Kurisaki (ele é americano e a mãe da menina, japonesa) os dois jovens vêem-se constrangidos a concordar... e a fingir que são namorados, mesmo se detestando.
Resenha do volume 1 do mangá “Nisekoi”, de Naoshi Komi. Editora Panini, São Paulo-SP. 2017. Editora Shueisha, Tóquio, Japão, 2011.
“Meu cotidiano era um problema atrás do outro. Mas neste dia... o meu destino mudou.”
(Raki Ichijou)
“Não chega perto de mim. Não quero ser contagiada por tanta frescura!”
(Chitoge Kirisaki)
“O que tem de mais um marmanjo perder um pingentinho? Você também não ia conseguir dormir se o seu ursinho sumisse?”
(Chitoge Kirisaki)
“Qual é a dessa garota? É a primeira vez que eu vejo uma tão violenta e irritante!”
(Raku Ichijou)
Como mangá de estudantes, “Nisekoi” chega a ser hilário. As reações de hostilidade mútua entre Ichijou e Chitoge são exageradas inclusive pelo traço tornado horripilante nas cenas de nervosismo, pânico e embaraço, as expressões caricatas. As situações de constrangimento mútuo vão se acumulando e a gente se pergunta como é que dois jovens podem se ver numa complicação dessas. Para piorar o pseudo-namoro acaba sendo conhecido na escola, quiçá pela Onodera, e só um dos membros da máfia da família da garota desconfia de algo errado.
Ichijou sente-se pisando em ovos. Ele e Chitoge têm que ir juntos ao cinema e entre um filme do gosto dele, ou um do gosto dela, acabam tentando uma terceira opção. E como ele vê Chitoge como uma “gorila” ou uma “troglodita” (nota: ela é muito bonitinha) e ela o vê como uma “ameba”, já se vê que o relacionamento entre os dois não é fácil. Todavia há rasgos de um melhor entendimento mútuo, até porque ela é posta para ajudá-lo a cuidar dos animais da escola.
Um mangá que realmente promete.
Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2017.
NISEKOI volume 1: o romance impossível
Miguel Carqueija
Um dos mais divertidos mangás que já tenho lido, conta um entrecho colegial que equivale a um curioso triângulo amoroso. O adolescente Raku Ichijou guarda uma nebulosa lembrança da infância, quando uma menina cujo nome ele não lembra deu-lhe um cadeado e ficou com a chave, como sinal do reconhecimento quando se reencontrassem um dia — e então se casassem.
Dez anos depois Ichijou está no primeiro ano colegial e tem uma queda pela colega de classe Onodera e suspeita que ela seja a menina da promessa. Um dia porém algo inacreditável acontece: uma nova estudante, uma loura chamada Chitoge Kirisaki, vinda dos Estados Unidos, chega atrasada, esbarra com o portão fechado e numa demonstração espantosa de agilidade dá uma cambalhota e num impulso cai sobre o muro e cai do outro lado... em cima de Ichijou, amssando o coitado. Ela pede desculpas de qualquer maneira e sai correndo. A partir daí eles só brigam com ofensas mútuas e logo na primeira discussão, ao chamá-la de troglodita Ichijou leva um soco pela cara.
Mas o destino vai brincar com esses dois que se dão tão mal. Ambos são filhos de mafiosos (no Japão são conhecidos como “yakuza”) cujas gangues estão prestes a iniciar uma guerra. Os dois chefes porém são amigos e para evitar que os mais jovens iniciem o conflito decidem que Ichijou e Kirisaki serão namorados pelos próximos três anos. Para evitar a guerra entre a Yakuza e a gangue Behine, do pai de Kurisaki (ele é americano e a mãe da menina, japonesa) os dois jovens vêem-se constrangidos a concordar... e a fingir que são namorados, mesmo se detestando.
Resenha do volume 1 do mangá “Nisekoi”, de Naoshi Komi. Editora Panini, São Paulo-SP. 2017. Editora Shueisha, Tóquio, Japão, 2011.
“Meu cotidiano era um problema atrás do outro. Mas neste dia... o meu destino mudou.”
(Raki Ichijou)
“Não chega perto de mim. Não quero ser contagiada por tanta frescura!”
(Chitoge Kirisaki)
“O que tem de mais um marmanjo perder um pingentinho? Você também não ia conseguir dormir se o seu ursinho sumisse?”
(Chitoge Kirisaki)
“Qual é a dessa garota? É a primeira vez que eu vejo uma tão violenta e irritante!”
(Raku Ichijou)
Como mangá de estudantes, “Nisekoi” chega a ser hilário. As reações de hostilidade mútua entre Ichijou e Chitoge são exageradas inclusive pelo traço tornado horripilante nas cenas de nervosismo, pânico e embaraço, as expressões caricatas. As situações de constrangimento mútuo vão se acumulando e a gente se pergunta como é que dois jovens podem se ver numa complicação dessas. Para piorar o pseudo-namoro acaba sendo conhecido na escola, quiçá pela Onodera, e só um dos membros da máfia da família da garota desconfia de algo errado.
Ichijou sente-se pisando em ovos. Ele e Chitoge têm que ir juntos ao cinema e entre um filme do gosto dele, ou um do gosto dela, acabam tentando uma terceira opção. E como ele vê Chitoge como uma “gorila” ou uma “troglodita” (nota: ela é muito bonitinha) e ela o vê como uma “ameba”, já se vê que o relacionamento entre os dois não é fácil. Todavia há rasgos de um melhor entendimento mútuo, até porque ela é posta para ajudá-lo a cuidar dos animais da escola.
Um mangá que realmente promete.
Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2017.